Caros leitores e leitoras.

terça-feira, 31 de março de 2009

Internet atinge US$ 23 bilhões nos EUA

IAB aponta que, mesmo com crise, a terceira maior mídia daquele país teve alta de 10,6% nos investimentos publicitários recebidos em 2008

Felipe Turlão do M&M Online - 30/03/2009 - 13:21

Os investimentos em publicidade na internet nos Estados Unidos atingiram US$ 23,4 bihões em 2008, o que representa um crescimento de 10,6% em relação ao período anterior e marca o quinto ano consecutivo de recordes nesta área.
O resultado poderia ter sido ainda melhor se não fosse o último trimestre, onde a alta foi um pouco menor, de 2,6% na comparação com os mesmos meses de 2007, já por causa dos efeitos da crise internacional. Mas vale ressaltar que este último período marcou a primeira vez que as receitas passaram da barreira de US$ 6 bilhões em um tempo de três meses. Todos os dados são coletados em parceria pelo Internet Advertising Bureau (IAB) e a Nielsen, e foram informados na manhã desta segunda-feira, 30, em conference call.
A internet, que é a terceira mídia naquele país, atrás de televisão e jornais, destacou-se na relação de investimentos de 2008 com 2007, se comparado com os outros setores. Segundo a Nielsen, enquanto o online obteve o crescimento de 10,6% já citado, as revistas de circulação nacional decaíram 7,6% e os jornais locais 10,2% (a métrica da Nielsen divide os veículos em sub-grupos, como jornais locais e nacionais).
"Em tempos de dificuldade, os anunciantes buscam uma mídia que oferece mensuração de resultados", aposta Sherrill Mane, vice-presidente de serviços para a indústria do IAB. Para ela, o grande destaque da publicidade na internet foram os vídeos digitais, que dobraram o faturamento entre 2007 e 2008, saltando de US$ 324 mi para US$ 724 mi.
A busca paga foi a modalidade que recebeu mais investimentos em 2008, com mais de US$ 10 bilhões deste bolo. Na sequência vieram banners (com cerca de US$ 5 bi), classificados (com quase US$ 4 bi) e Videos Digitais (Rich Media), que já bate nos US$ 3 bi). Se os números forem comparados com os 2004, pode-se notar nitidamente o grande salto das buscas, que saíram de 15% do total das receitas para 45%. Quem perdeu mais espaço foram os Banners, que tinham 30% e agora 20%. Mas o professor Fader diz que isso não representa o fim deles, pois o que ocorreu foi uma "adequação", e que as taxas dos últimos anos demonstram estabilidade.
"O setor não está salvo da recessão, mas já é tempo de reconhecer que a publicidade na internet cresce de maneira consistente ano pós ano e que ela ganha representatividade e já é uma mídia muito madura", analisou em conference call Peter S. Fader, que é co-diretor do projeto de Mídia Interativa na Universidade da Pennsylvania.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Cinco vagas para o departamento de Comunicação da UFRN

Encerram-se na próxima sexta, dia 03 de abril, as inscrições do concurso público para professor efetivo da UFRN. São cinco vagas para o departamento de Comunicação.
As provas ocorrerão de 04 a 29 de maio de 2009.
O edital está disponível no site: http://www.prh.ufrn.br/Legislacao_2009/Edital005_Efetivo_2009.pdf
As vagas são:
Marketing em Publicidade e Propaganda, Dedicação Exclusiva, Requisitos: Graduação em Comunicação Social e Doutorado em Comunicação Social ou em áreas correlatas
Mídia em Publicidade e Propaganda, Dedicação Exclusiva. Requisitos: Graduação em Comunicação Social e Doutorado em Comunicação Social ou em áreas correlatas
Redação para Mídia Impressa, Eletrônica e Digital em publicidade e propaganda, Dedicação Exclusiva. Requisitos: Graduação em Comunicação Social e Doutorado em Comunicação Social ou em áreas correlatas
Ética e Legislação no Radialismo, 20h. Requisitos: Graduação em Comunicação Social e Mestrado em Comunicação ou em áreas correlatas
Atendimento e Planejamento em Publicidade e Propaganda, Dedicação Exclusiva. Requisitos: Graduação em Comunicação e Doutorado em Comunicação ou áreas correlatas

domingo, 29 de março de 2009

Park Way: quem não conhece a região não pode confiar na sinalização.

A taxa de IPTU é uma das mais caras de Brasília, conseqüentemente, a Taxa de Limpeza Urbana também não fica a dever nada. O que falta é o retorno do Estado. No Park Way, não há limpeza pública, nem captação de águas pluviais. O mato invade as vias que não contam com meio-fios. Sem passeios públicos, os moradores também são obrigados a invadir a área dos carros. Mas isso poderia ser uma realidade normal de qualquer área mais distantes do centro da cidade. O problema é chegar lá, já que a sinalização é falha. Além de terem tamanhos mínimos, elas nem sempre estão certas ou completas. No detalhe das fotos, uma placa faz mistério e não informa em qual quadra está se entrando. Já a outra, diz: acesso a Quadra 27. O problema é que o acesso é a Quadra 28.

Ciberfocas




O Parlamento Europeu considera a pessoa que não tem conhecimento de informática um analfabeto eletrônico, ou se prefereirem um e-analfabeto.


Não sei quanto aos demais colegas, mas nesta etapa me senti um e-foca, pois ralei pra transformar a radioreportagem em MP3 e ainda por cima não consegui veiculá-la. A ferramenta de Fazer Upload de Arquivo (ícone com pagina e uma seta preta), conforme informado no material de apoio não estava visivel em meu bloguer. Tive que pedir socorro aos universitários, ou melhor, à Vanessa.


A edição de fotografia foi mais fácil e,diríamos, prazerosa. A foto ao lado,certamente não foi feita nesta semana. Tirei-a em outubro passado numa reserva marinha nas águas do Pacífico Peruano. Já a foto anterior da flor - não sei o nome dela - fiz na manhã deste domingo, pois ela acabava de florecer. É certo que fiz só o "arroz com feijão" nesta edição. É preciso aprender mais e praticar mais

Internet gratuita: um direito do cidadão?

As parabólicas naturais




Não tem nada com a comunicação, pelo menos com as telecomunicações, mas como parabólicas procurando se conectar com o mundo esta flor se abriu em quatro. Haverá receptores? Codificadores e decodificadores?


domingo, 22 de março de 2009

Buscadores na web: quem procura nem sempre acha

O texto que se segue é decorrente de uma das atividades do curso Jornalismo 2.0, mas seu resultado certamente será de interesse de vários internautas, principalmente os que atuam na área da informação e comunicação.
As ferramentas de pesquisa na Internet são importantes para os jornalistas, mas este não pode se habituar em ter este instrumental como sua principal fonte de informação. Pesquisa realizada em torno do temo “cura do stress” em oito buscadores de informação demonstrou em primeiro lugar uma baixa pluralidade informativa. Dentre os cinco linques mais recomendados, muitos se repetem de buscador a buscador, mesmo que a busca tenha ocorrido em diversos idiomas, como foi o nosso caso.
Nos buscadores Google e Yahoo foram habilitados os idiomas português, espanhol, francês e inglês. Idiomas que domino. Nos demais não foi possível fazer a mesma configuração. Nos demais, não foi possível fazer tal configuração, mas a pesquisa se deu em português e em inglês na web como um todo. Nove referências sugeridas por estes buscadores se repetiam entre as mais presentes. Num universo máximo de 40 endereços potenciais, 22 eram repetidos, ou seja, mais de 50%.
Além disso, dezesseis dos sites sugeridos eram patrocinados. Ou seja, o provedor do buscador é remunerado pela apresentação do linque. No Radar UOL, Ask.com, DogPile os cinco primeiros sites referenciados o são de forma remunerada. O fato da priorização hierarquicamente da vizualização de tais linques ser fruto de uma relação comercial coloca em dúvida a neutralidade do critério seletivo. Os jornalistas não devem, portanto, se limitar a consultar os primeiros sites sugeridos pelos buscadores, pois poderão ser levados ao engano. Engano que poderá trazer lucratividade para os mantenedores dos portais beneficiados. O Google, pelo fato de separar à direita e à esquerda da tela os linques patrocinados favorece a quem consulta a nãom incorrer em erros.











A falta de pluralidade informativa propiciada pela repetição dos sítios sugeridos é outro inconveniente que poderá levar o profissional de imprensa e mesmo estudantes e pesquisadores acadêmicos a cometerem erros. A Internet não pode ser colocada assim acima de qualquer suspeita. O fato de um texto, uma informação, um dado estatístico estar publicizado na web não significa que ele é verdadeiro. Esta posição se reforça pelo fato de muitos dos sítios sugeridos serem blogs de caráter pessoal, e tais bogs, embora devam se pautar pela divulgação da correta informação, pelo dado preciso, nem sempre estão preocupados com isto. Com eles também se confundem os gêneros de informação e opinião presentes nos textos. Por exemplo, o Alta Vista remete o leitor ao site 'Desciclopédia que, sem caráter científico, afirma que “ o stress é como câncer, AIDS, virgindade de mulher feia e a própria feiúra: não tem cura...”

Os buscadores Googles e Yahoo se mostraram um pouco mais plurais, diversificados e com menos interferência econômica na relação dos sítios, mas esta diversificação também leva o internauta a muitos endereços desnecessários. Ele pode cair num blog, num vídeo ou mesmo numa tese de doutorado. A primeira vista, isto pode parecer prejudicial, mas cremos que isto incentiva o internauta a não ser preguiçoso e a fazer uma pesquisa mais ampla.

Por fim, damos duas demonstrações do uso de vídeos nos portais. A primeira de caráter mais científico, estava disponível no sitio da http://www.panicaway.com/ que pode ser vizualizado em
http://www.panicaway.com/testimonials/video.htm


O segundo, mais humorístico, estava postado no blog Cura do Stress by Bernie Alexander está em http://www.vimeo.com/2386508

A Web 2.0

As diferenças existentes entre as duas gerações tecnológicas da WEB, a 1.0 e 2,0, são muitas, mas podem ser destacadas pelo fato da geração mais moderna ser mais aberta à participação dos usuários enquanto produtores e provedores de conteúdos. O usuário deixa a função de mero consumidor para assumir também o papel de criador.[1] Os utilizadores se mostram cada vez mais presentes e cada vez mais produtores de conteúdos. Desta forma, pode se dizer que a web 2.0 se apresenta como um movimento que traz um novo conceito para a rede mundial de computadores. Este novo conceito tem como base a noção de que quanto mais simples a programação, melhor, valorização do conteúdo colaborativo e da inteligência coletiva: o conteúdo deve ser produzido e consumido por qualquer um, de forma.[2]

Os recursos técnicos do modelo 2.0 permitem maior interatividade e se notabilizam pelo fato de, embora mais evoluídos em termos de especialização, estar cada vez mais acessível ao público em geral de forma quase instantânea.[3] Daí a noção de haver uma maior democratização na Web 2.10 do que na sua antecessora, 1.0.

O modelo anterior se notabilizou por posicionar o usuário como consumidor, fato que permitiu um desenvolvimento de serviços comercias, como o bancário e o comercio eletrônico. As redes de os negócios viram na internet a possibilidade de expandir seus negócios, de trocar informação de forma rápida, econômica e ágil.[4]

Isto não significa dizer que o comércio eletrônico esteja perdendo seu espaço, pelo contrário. De acordo com a revista eletrônica e-bit, o faturamento nominal do ano de 2008 cresceu 30%, em relação ao ano anterior, chegando às cifras de R$ 8,2 bilhões em negócios. Nos Estados Unidos, as estatísticas apontam para um faturamento, no mesmo período, de U$ 136 bilhões. Esses valores são ainda mais relevantes se considerada a crise financeira que abateu o mundo no final do ano que passou.[5]

A exemplo das duas gerações de web, o comércio eletrônico também vivenciou suas fases. No início, 1996 a 1999, o foco institucional recaiu sobre os serviços. Nesta fase a preocupação era de estar presente na web sem se preocupar com os motivos. No triênio de 1997 a 2000, as empresas começaram a perceber que a internet se tornava uma ferramenta útil para pesquisa de qualquer tipo. E mais, que poderiam levar a disponibilizar informações internas a todos os funcionários uma rede menor, a chamada intranet. Em seguida, 1998 a 2003, as empresas começam a investir em Extranets, que disponibilizam informações a usuários cadastrados, seguindo o mesmo padrão das intranets, mas agora podendo acessá-las de qualquer lugar, tendo somente um usuário e senha para isso. Somente no início deste novo século é que o e-comércio ganha mais investimento pelas empresas.[6]

Junto à noção de democratização proposta pela web.2.0 verifica-se um concreto crescimento da penetração da Internet. Entre 2000 e 2008 o crescimento foi de 336%, chegando a 23% da população mundial, cerca de 1,6 bilhão de pessoas que usam a internet em suas casas ou no trabalho, não considerados ai os cibercafé, lan house e semelhantes. A China é a líder com 180 milhões de internautas. No Brasil, um entre cada três brasileiros tem acesso a internet, totalizando 67,5 milhões de pessoas.[7] Mais gente operando e sistemas e programas mais amigáveis propiciam uma riqueza de diversidade de produtos que se notabilizam pela produção do usuário,como são os casos dos produtos Wikipédia, Youtube, Orkut e assemelhados e pela diversificação e crescimento das redes sociais. Desta forma,pode-se sintetizar que a web 2.0 é tanto uma plataforma que permite o uso e a construção de tecnologias inovadoras e um espalo onde o usuário ganha a condição de alvo principal.[8]

Notas:
[1] Cf KRISHNAMURTHY, Balachander, Key differences between web 1.0 and web 2.0. Disponível em http://www.uic.edu/htbin/cgiwrap/bin/ojs/index.php/fm/article/view/2125/1972
[2] Cf. O Legado da Web 1.0 e as Perspectivas da Web 2.0. Disponível em http://espig.blogspot.com/2007/10/web-20-mdulo-2-o-legado-da-web-10-e-as.html
[3] Cf. Web 2.0, disponível em http://eduspaces.net/scarr/files/6472/14565/Web+2.0.doc
[4] Cf. O Legado da Web 1.0. op cit.
[5] Cf. Comércio na internet fatura R$ 8,2 bi em 2008, Jornal Correio do Brasil, disponível em 12/2/2009 17:18:24 in: http://www.correiodobrasil.com.br/noticia.asp?c=149706
[6] Cf. Comércio na Internet. Disponível em http://imasters.uol.com.br/artigo/8196/ecommerce/comercio_na_internet/
[7] Cf. The Internet Big Picture - World Internet Users and Population Stats. Internet usage statistics, disponível em http://www.internetworldstats.com/stats10.htm#spanish
[8] Cf KRISHNAMURTHY, op. cit.