Caros leitores e leitoras.

domingo, 30 de novembro de 2014

Sest-Senat seleciona Comunicador Social

O Serviço Social dos Transportes e o Serviço Nacional de Aprendizagem de Transporte - Sest/Senat estão contratando um bacharel em Comunicação Social. 

O profissional deverá possuir as seguintes expertises:

  • Experiência comprovada na criação de peças publicitárias;
  • Experiência em Diagramação e na formatação de relatórios e publicações;
  • Experiência em produção gráfica e arte final; e
  • Experiência na criação de projeto gráfico.
As inscrições estão abertas até 03/12.Os interessados devem preencher com dados do currículo vitae o formulário disponível em rhcurriculos.sestsenat.org.br 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

EBC apresenta proposta para burlar jornada de 5 horas de jornalistas

Da Fenaj

Nova proposta de
 plano de carreira
da direção da EBC
 quer burlar CLT
 e dividir trabalhadores.


A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) manifesta perplexidade com a postura da direção da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) que, através de sua última proposta de tabela salarial para o Plano de Carreiras, desrespeita a carga horária de jornalistas (5h) e radialistas (6h) e tenta dividir o conjunto dos trabalhadores da empresa.
Na proposta da direção da EBC, jornalistas e radialistas receberão salários menores que as demais categorias. Grosso modo, um jornalista passaria a receber o piso de R$ 3.750,00 por mês e um radialista de R$ 3.960,00, contra um piso de R$ 4.400,00 para os demais profissionais de nível superior. Já na área técnica, um radialista receberia o piso de R$ 2.610,00 contra um piso de R$ 2.900,00 para as demais categorias de nível médio. Como não existe formação de nível médio em jornalismo, não há proposta para esta faixa.

Essa foi a maneira que a EBC encontrou para burlar a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que estipula a jornada de trabalho de jornalistas e radialistas. A carga horária diária de 5 horas e de 6 horas é uma conquista histórica de jornalistas e radialistas, respectivamente, e só existe devido à natureza desgastante da atividade cotidiana destes profissionais, que lidam diariamente com horários rígidos de fechamento de noticiários e programas, que forçam-nos a trabalharem cotidianamente sob forte estresse. Além disso, o exercício cotidiano das atividades destes profissionais exige a organização de turnos, escalas e plantões para dar conta de programação e produção 24 horas por dia, 7 dias por semana, desconhecendo feriados e finais de semana.

A direção da empresa tenta, ainda, jogar jornalistas e radialistas contra os demais profissionais que atuam na EBC, na medida em que propõe salários diferenciados para profissionais de mesmo nível de formação. Afinal, não é justo que um advogado de nível superior ganhe mais que um jornalista de nível superior da mesma empresa. Da mesma maneira que um técnico em radialismo não deve ganhar menos que um técnico em eletrônica, também dentro da mesma empresa.

Na tentativa de esgotar todas as possibilidades de diálogo, a FENAJ espera ser recebida pela direção da empresa na tentativa de colaborar com o debate e chegar a uma proposta que contemple razoavelmente a expectativa de valorização desses profissionais, que atuam na produção e disseminação de informações de informações de interesse público e no fortalecimento de uma empresa pública como a EBC.

Confiante na unidade dos trabalhadores, a direção da FENAJ se soma à mobilização dos empregados da EBC que realizam assembleia nacional nesta quinta-feira (27/11) para discutir a proposta apresentada pela direção da empresa sobre o Plano de Carreiras dos trabalhadores da Casa.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Brasil tem a quinta maior base de smartphones do mundo

Por Fernando Paiva, da Mobile Time


O Brasil tem a quinta maior base de smartphones do mundo, com 89,5 milhões de unidades ao fim de setembro deste ano. O País está atrás apenas de China, EUA, Índia e Indonésia, nesta ordem. Essa quantidade de smartphones representa 32,4% do total de acessos móveis no Brasil. A penetração entre usuários únicos, porém, deve ser muito maior, já que o número total de conexões inclui múltiplas linhas de posse de uma mesma pessoa e módulos de comunicação entre máquinas. A previsão é de que em 2020 a proporção de smartphones sobre a base total do País alcance 72,2%. Os dados constam de estudo da GSM Association (GSMA) sobre a América Latina divulgado nesta terça-feira, 25, durante encontro da entidade em Quito, no Equador.
A base brasileira corresponde a quase a metade da latino-americana, estimada em aproximadamente 200 milhões de smartphones em setembro. A quantidade de smartphones na região deve alcançar 605 milhões em 2020, passando de 31% para 68% de penetração. Em 2020, a América Latina será o segundo continente com a maior base de smartphones do mundo, atrás apenas da Ásia. Em termos de proporção sobre a base total de linhas móveis, a líder na América Latina é a Venezuela, com 45,1%.

3G e 4G

A popularização dos smartphones é acompanhada pela migração de terminais 2G para 3G e 4G na América Latina. Em 2016, a base de celulares 3G e 4G pela primeira vez vai superar aquela de 2G na região. E em 2020, 3G e 4G representarão 80% da base latino-americana de terminais móveis. Para se ter uma ideia, hoje elas somam cerca de 40%. Entre 2013 e 2020, enquanto a base 2G vai cair, em média, 12,2% ao ano, as bases 3G e 4G aumentarão 11% e 85%, respectivamente, em média por ano na América Latina.
Consequentemente, o tráfego de dados móveis por mês na região vai aumentar bastante, exigindo maiores investimentos das operadoras em capacidade de rede. Em 2014, a média é de 177 mil TB por mês. Em 2020, será de 1,158 milhão de TB por mês. Ou seja: praticamente dez vezes mais.
"Isso reflete o desejo das pessoas de terem acesso à Internet de qualquer lugar e em qualquer momento. As pessoas veem o celular mais como um computador de mão do que um telefone", comenta Amadeu Castro, diretor da GSMA no Brasil.

América Latina

O total de conexões móveis na América Latina vai aumentar de 694 para 890 milhões, entre 2013 e 2020, segundo previsões da GSMA. E o número de usuários únicos passará de 320 para 390 milhões, com a penetração sobre a população subindo de 52% para 59%.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

TV Senado estréia multiprogramação ao vivo no You Tube

Por Aluisio Oliveira

A TV Senado começa a operar com multiprogramação ao vivo em dois canais no You Tube nesta terça-feira (25). No decorrer de 2015, serão implantados mais seis canais.  Segundo o Google, será a primeira emissora no mundo a fazer multiprogramação ao vivo no You Tube, sem edição e sem cortes.
O canal da TV Senado pode ser acessado aqui. 
Com a transmissão simultânea com o canal aberto, o internauta terá a vantagem de poder voltar até quatro horas na programação já exibida.  Assim, às 18h, será possível retornar a transmissão e assistir a sessão plenária desde o seu início às 14h.  




O canal TV Senado 1 exibirá a programação normal da emissora.O canal 2 veiculará outra atividade legislativa que esteja ocorrendo simultaneamente com a atividade veiculada no canal principal.  O canal 2 só permanecerá disponível no You Tube enquanto houver atividade ao vivo a ser transmitida.
Na terça feira, 25 a transmissão do canal um inicia-se às 9h com a veiculação ao vivo da reunião da Comissão de Ciência,  Tecnologia e Inovação que deverá votar, entre outros, o PLS 54/2014, do senador José Agripino, que deduz do imposto de renda investimentos em start-ups; e o PLS 18/2012, do senador Ciro Nogueira, que determina que os usuários devem ser alertados sobre fim de descontos em serviços de telecomunicações. 
Às 9h30, o canal 2 passa a transmitir ao vivo, do Auditório Petrônio Portela, a abertura da VII Semana de Valorização da Primeira Infância, que irá debater de 25 a 27 as neurociências e as ações na área da educação. 
Agora, será possível acompanhar debates e votações e compartilhar opiniões simultaneamente.
Além dos oito canais ao vivo, está previsto para 2015 a publicação no You Tube das íntegras das atividades legislativas (reuniões das comissões e sessões plenárias) no mesmo dia da gravação. E a TV Senado, em conjunto com o Prodasen e o CEDOC-Multimídia está trabalhando para que, até 2017, seja  disponibilizado todo o acervo legislativo gravado pela emissora desde a sua criação.  Todo o conteúdo será publicado com uma qualidade de imagem superior à que hoje é oferecida pelo site da TV Senado. 

A TV Senado já possui um canal de vídeos no You Tube, desde dezembro de 2010. Mas, só a partir de abril de 2014, com o início das negociações com o Google para a disponibilização da multiprogramação ao vivo, foi possível publicar o acervo de mais de 42 mil arquivos de vídeos disponíveis no site da emissora.  
Apenas no período de abril a novembro,  esse conteúdo já foi visualizado 936.294 vezes, com 4.702.378 minutos assistidos. Desse total, 90% dos vídeos referem-se a conteúdo legislativo. São vídeos com discursos de Senadores no plenário, debates e votações de matérias, entrevistas com parlamentares e matérias jornalísticas sobre as atividades legislativas.

Brasília: Seminário sobre Conteúdos Interativos na TV Digital é nesta terça, 25/11

Os recursos da interatividade, presentes na televisão digital brasileira pelo middleware Ginga, desenvolvido em software livre no país, proporcionam a sinergia e a expansão dos serviços públicos nas diferentes áreas de atuação, como saúde, educação, segurança, cultura, previdência social, assistência social, além do acesso à informação e ao entretenimento.
Essa oferta de informações e serviços públicos para a população de baixa renda por meio de programas interativos em linguagem televisiva é uma experiência pioneira no mundo. Desde seu domicílio, e com um simples toque no controle remoto, é possível ter acesso a serviços de saúde, emprego e cursos, benefícios sociais, direitos da mulher e serviços bancários, dentre outros .
Além de acessar informações e serviços públicos de graça pela TV, é possível atualizar a programação audiovisual do canal em multiprogramação, e acessar conteúdos criptografados, como saldo e extrato da conta corrente ou do FGTS.
Seminário

Nesta 3ª-feira, 25 de novembro, das 9h às 18h, a EBC, o FNDE e o IBICT realizam o seminário Conteúdos Interativos para a Produção de Conhecimento e o Desenvolvimento Social. O evento abre espaço para a discussão da comunicação interativa voltada para a inclusão sociodigital, com foco no projeto Brasil 4D, que oferece informações e serviços para a população de baixa renda, por meio da televisão digital pública interativa. 
A abertura acontece às 9h, no auditório do edifício sede do FNDE (SBS, Q. 2, blo. F, subsolo). Ao longo do dia, renomados especialistas em comunicação digital interativa de todo o país e representantes das empresas parceiras do projeto de TV digital pública interativa Brasil 4D debaterão os Modelos de Interatividade na TV Aberta, os Conteúdos Digitais Interativos Multiplataforma: programas para TVDi, celulares, jogos, etc., e o Brasil 4D: Perspectivas para o futuro, conforme programação, anexa e abaixo.

BRASIL 4D

A missão de incluir social e digitalmente milhares de pessoas moveu a Empresa Brasil de Comunicação - EBC a conduzir e desenvolver o projeto BRASIL 4D com o apoio de diferentes instâncias de governo, empresas, universidades e da sociedade civil. O Brasil 4D é um projeto de política pública de comunicação digital e interativa, balizado pelos conceitos de: Desenvolvimento, Democracia, Diversidade e Digital.
O reconhecimento do Brasil 4D como ferramenta de comunicação inovadora e eficaz para a inclusão social pode ser traduzido pelos prêmios SET 2014, na categoria melhor “Projeto de interatividade para televisão”, o prêmio Frida 2014 de inovação, a menção honrosa oferecida pela Cumbre TV Abierta 2013 por sua contribuição para a TV aberta e o SET 2013, na categoria “Interatividade desenvolvida para a televisão digital terrestre baseada no middleware GINGA”.
Com o Brasil 4D a TV pública cumpre o objetivo de proporcionar a todos os brasileiros o direito de participar da tecnologia digital, para que todos tenham acesso a toda forma de conhecimento, aproximando as pessoas da cidadania plena, independentemente de classe social ou idade.

Informações essenciais

O Brasil 4D além de propiciar acesso a jogos educativos e filmes nacionais, aproxima o cidadão, a seus direitos. É uma janela de entrada dos serviços públicos à casa dos cidadãos. Na prática é o acesso a serviços públicos a um toque do controle remoto. Ele aproxima os beneficiários do programa Bolsa Família às informações essenciais para o seu dia a dia, tais como:


  • Benefícios Sociais: acesso aos programas ligados ao Cadastro Único, Bolsa Família, BPC Loas, cursos do Pronatec e muito mais;
  • Saúde: encontre a farmácia popular, campanhas de vacinação e aleitamento materno, médico da família ou hospital mais perto de sua casa;
  • Trabalho: ofertas de emprego e cursos de qualificação, informações sobre seguro desemprego, trabalhador autônomo, Programas de Microcrédito e Empreendedorismo;
  • Direito da Mulher: conheça a lei Maria da Penha, encontre a delegacia da mulher mais próxima, programas de saúde, educação e empreendedorismo voltado para as mulheres;
  • Educação financeira: acesse o extrato e saldo da sua conta corrente, poupança e FGTS, encontre as agências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal mais próximas e saiba como usar melhor seu dinheiro.

Mais informações, clique aqui.

Programação do Seminário Conteúdos Interativos para a Produção de Conhecimento e o Desenvolvimento Social

25 de novembro de 2014
9h -18h
9H - Abertura 
Exposição do objetivo final: construção da plataforma do conhecimento
- Drª Cecília Leite Oliveira, diretora do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT
- Wellington Mozarth Moura Maciel, Assessor de Educação Corporativa do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação - FNDE
- André Barbosa Filho, coordenador geral do projeto Brasil 4D, Empresa Brasil de Comunicação, EBC

9h15 - 10h30
Estado da Arte da TV Digital  Interativa 
Palestrante: André Barbosa Filho - EBC

10h30 - 12h
Brasil 4D: Perspectivas para o futuro
Palestrantes: 
Rodrigo Mulinari (BB) - A experiencia de interatividade no BB
Helder Santos (TOTVS Software) - Possibilidades interativas no Brasil 4D
Paulo Iasbeck (INCOD-UFSC) - Design interativo e usabilidade
Ricardo Nascimento (HMA TV/Visent) - Novas formas de medir as audiências
Prof. Marcio Wolers (Unicamp) - Brasil 4D, economia e desenvolvimento
Mediação: André Barbosa Filho - EBC 

12h
Mostra de Conteúdos Digitais Interativos multiplataforma produzidos por empresas públicas e privadas

14h - 15h30
Modelos de Interatividade na TV Aberta  - Análise de projetos existentes 
Palestrantes: 
- Prof.ª Drª Cosette Castro (PUC-DF) - Panorama da produção de conteúdos digitais interativos:expertise, modelos produção.
- Wellington Maciel (FNDE) - Demanda por conteúdos interativos para a assistência técnica do FNDE

15h30 às 17h30
Conteúdos Digitais Interativos Multiplataforma: programas para TVDi, celulares, jogos, etc.
- Prof. Guido Lemos - Interatividade plena do Ginga,Tecnologia 4K (LAVID/UFPb)
- Prof. Marsal Ávila Alves Branco (FEEVALE-RS, games interativos)
- Prof. Gilson Barreto - Aplicativos par tablets (UFG)
- Mediação: Drª Cecília Leite Oliveira (IBICT)

17h30 - 18h
Apresentação da Plataforma do Conhecimento
 - Cecília Leite, diretora do IBICT
Lançamentos de livros e revistas 

domingo, 23 de novembro de 2014

Livro analisa radiojornalismo em rádio comunitária

Rádio comunitária é a rádio da comunidade - todo mundo é “dono” dela. É uma rádio diferente. Qualquer pessoa do lugar pode ocupar o microfone e fazer programas, botar música para tocar, fazer jornalismo.
Ao fazer seu mestrado em Comunicação na Universidade de Brasília, Dioclécio Luz colocou duas perguntas: numa rádio diferente como essa existiria um jornalismo diferente? Existiria um radiojornalismo que fosse característico desse tipo de emissora? 

Leia também:

Livro sobre rádio é finalista do Prêmio Jabuti

No Livro "Radiojornalismo nas rádios comunitárias" o autor também quis saber como fazer jornalismo neste veículo se ele é perseguido pelo Estado, a legislação em vigor poderia ser assinada por Mussolini, emissoras poderosas querem o seu fim, líderes oportunistas impedem que ele cresça, religiosos, políticos e empresários querem se apossar dele?
As respostas estão no livro, resultado de dois anos de pesquisa, quando o autor estudou as concepções teóricas e as práticas de rádios comunitárias da Bahia, Pernambuco, Distrito Federal e São Paulo.
Ao final temos uma obra destinada aos estudiosos do tema e também para todos que atuam com rádios comunitárias, independente da formação escolar.
"Radiojornalismo nas rádios comunitárias", de Dioclécio Luz, já está disponível nas livrarias na forma impressa ou em e-livro, no portal da Editora Kiron.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

EUA: Eleição ao Senado mostra como internet pode servir para análisar perfil do eleitor

Avaliação do especialista em marketing Gabriel Rossi, que compara o uso das redes sociais entre os dois países

As eleições para o Senado nos Estados Unidos pegaram o presidente Barack Obama de surpresa, com a “vitória” do Partido Republicano, que conseguiu maioria no Congresso Nacional. E serviram para provar que o uso de redes sociais na internet pode ir além da tentativa de contato direto com o eleitor, que se traduz em uma guerra entre militantes. “Nos Estados Unidos existe uma orientação para o uso da internet como ferramenta de análise do comportamento do consumidor. Aqui no Brasil estamos longe disso”, afirma o estrategista em marketing Gabriel Rossi.
O especialista explica que na mais recente eleição presidencial brasileira as redes sociais foram inundadas de ataques e comentários preconceituosos, sem apresentação de plano de governo. “Nos Estados Unidos as equipes responsáveis pelas campanhas se preocuparam em monitorar e identificar o provável eleitor. 
O comportamento do internauta é avaliado constantemente e há interface direta com ele. Tudo sobre uma pessoa que pode ser medido é medido. Se ela ‘curte’ certos apresentadores de TV considerados mais à esquerda, ou compartilha mensagens a favor do casamento gay, é considerada um democrata potencial. Após esta identificação, o internauta recebe uma ligação personalizada do partido político. Uma aproximação muito mais eficaz.”
O Big Data – como é chamado o grande armazenamento de dados – sabe o que o eleitor precisa ouvir, quais argumentos o fariam sair de casa para votar. A espionagem norte-americana nas redes sociais dos hábitos políticos, culturais e de consumo dos eleitores cresce há seis anos, quando Chris Hughes, um dos fundadores do Facebook, pilotou a campanha de Barack Obama nessas mídias.

“A orientação para o uso da internet como ferramenta de análise do comportamento das pessoas contribui para melhor uso de recursos e mensagens. Por outro lado, pode colocar em xeque a privacidade do internauta. Porém, no Brasil continuamos a usar as redes sociais como um campo de batalha de militantes. Ou o Brasil começa a pensar neste modelo de precisão de pesquisa ou viverá sempre na margem de erro”, finaliza Rossi.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Após 36 anos, Globo tira da TV o Telecurso. Agora, só na web

Com base no texto der Bárbara Sacchitiello, no Meio & Mensagem

Desde o dia 15 de novembro, o programa Telecurso não pode mais ser assistindo na televisão. Ele saiu do ar. Depois de 36 anos fornecendo apoio educacional e formação técnica por meio da TV, o projeto migrará integralmente para a internet, em uma plataforma da Globo.com. 
A dúvida que surge, é se os cidadãos brasileiros que precisam aprender as primeiras letras e algarismos terão condições de interagir com a internet.
A presença de computadores nas residências brasileiras mais do que triplicou na primeira década de 2.000. Ainda assim, menos da metade da população, segundo o censo de 2010, tinha um PC em casa. Em 2013, segundo estudos Marplan/EGM da Ipsos, a internet chegava a 57% dos brasileiros. Já a televisão, neste mesmo ano, se fazia presente em 95,1% dos lares
Apesar de a televisão ainda ser o meio de maior penetração entre todas as classes e em todas as regiões do Brasil, Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, diz que “o portal representa um movimento de expansão do Telecurso, já que amplia as possibilidades de acesso, a qualquer hora e de qualquer lugar, às teleaulas e aos conteúdos, seja via computador, celular ou tablet”, diz ele.
O Telecurso, desenvolvido entre a Globo e a Fundação Roberto Marinho, ficou na TV até 14 de novembro; Ele e o Globo Rural — exibido na sequência, vai aposentar a edição diária — serão substituídos por séries até o final do mês e, a partir de dezembro, por um novo telejornal, o Hora Um, apresentado por Monalisa Perrone.
Para divulgar a mudança do Telecurso, a Globo criou uma série de filmes, destacando o histórico do Telecurso, que já atendeu sete milhões de estudantes e teve parceria com 1,5 mil instituições de ensino. 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Opinião: Quem não se comunica se trumbica

Por Beto Almeida, publicado anteriormente em Independência Sul-americana


Em matéria de comunicação pública, a esquerda brasileira, nos últimos doze anos de governo petista, dormiu no ponto. Acreditou que, no poder, seria tratada, pelo poder midiático neoliberal, de forma diferenciada em comparação com os partidos tradicionais, serviçais do conservadorismo, da preservação do status quo que eterniza a desigualdade social.
O petismo tem compromisso com a história. A chegada de Lula em 2003 ao centro do comando político nacional representou movimento histórico que mudou correlação de forças políticas no Brasil. Até então, os trabalhadores jamais tiveram em tal posição. Eram, isto sim, tratados com massa de manobra, bucha de canhão, para organizar o movimento para as forças conservadoras.
Ao chegar ao poder o PT, imediatamente, adotou políticas sociais distributivistas de renda por força do próprio movimento social que o levou ao poder. Movimento dialético. Pela primeira vez, os miseráveis tiveram garantidos, como política pública, três pratos de comida por dia. Acabou a fome. A miséria está sendo eliminada. Por isso,  o capitalismo tupiniquim não se sucumbiu à crise mundial.
O PT deu a ele mercado interno seguro e os empresários correram atrás dos consumidores. Os pobres estão cada vez mais dentro do orçamento da União, querendo mais recursos para saúde, educação, transporte, segurança, infraestrutura. O salário mínimo é reajustado com a inflação mais um plus de ganho real. Os programas sociais garantem a estabilidade social contra a instabilidade social. Acirram-se as contradições de classe, porque os pobres e remediados querem mais quanto mais percebem que podem alcançar o que têm direito no contexto de um poder republicano onde o direito de consumo é estabelecido constitucionalmente.
Mas, falta uma coisa fundamental: a comunicação dessas conquistas. O que adianta a galinha botar o ovo, mas não anunciá-lo, cacarejando. O PT não cacarejou. Não cuidou de adotar uma política de comunicação democrática, para anunciar as conquistas sociais democráticas. Essa tarefa ficou por conta do poder midiático oligopolizado, cujos patrões são os poderes financeiros e econômicos internacionais.
 Evidentemente, estas são forças contrárias ao avanço dos pobres no orçamento. Do total do OGU de 2014, de R$ 2,83 trilhões, 44,02% destinam ao pagamento de juros e amortizações da dívida. Somente as migalhas, relativamente, falando, vão para o povo, que, ainda, assim, melhorou ee vida nos últimos doze anos. O governo quer legalmente mudar as metas da Lei de Diretrizes Orçamentárias, porque o cumprimento delas, no contexto do status quo conservador tornou-se impossível em razão do avanço da consciência social por mais direitos às forças populares.
A oposição trata essa conquista, esse direito, como rombo orçamentário etc. Como se o avanço social fosse uma ilegalidade política. A razão de a presidenta Dilma Rousseff ter ganhado a eleição por margem apertadíssima para uma oposição vendilhão da pátria se explica porque os petistas e seus aliados não se ligaram na comunicação pública ampla, deixando-se dominar, amplamente, pelo oligopólio antidemocrático neoliberal. Sem comunicação, não há solução. Ou como dizia Chacrinha, quem não se comunica se trumbica. O PT não se trumbicou dessa vez por milagre. Da próxima, não tem salvação, se nada fizer, como não se fez até agora, no campo da comunicação pública, proporcionando expansão das rádios, tevês e imprensa comunitária etc.
Nas eleições recentes, viu-se como o governo possui enorme dificuldade para informar adequadamente sobre todas as suas próprias realizações. Até militantes do PT, muitas vezes, registram desconhecimento sobre obras e programas de governo, consequentemente, têm dificuldade de defendê-los. As forças conservadoras, sim, possuem uma comunicação destrutiva organizada e conseguiu confundir boa parte do eleitorado que, mesmo beneficiado pela distribuição de renda, pelo crescimento do trabalho formal e pelos programas sociais, aceitava a tese marota da alternância de poder, porque, argumentava, “um partido não pode ficar muito tempo no poder, tem que mudar”.
Mas, transformar uma sociedade com monstruosas injustiças sociais acumuladas, que ainda tem marcas do escravagismo, não é tarefa para um curto período, especialmente em se tratando de  governo que não conta com maioria de esquerda no Congresso. Mais difícil ainda se este governo é sem comunicação. O PT não organizou mídia própria para defender as conquistas de Lula e Dilma dos ataques conservadores. TVs e Rádios públicas, comunitárias e universitárias continuam fragilizadas, sem sustentação e baixa audiência. No entanto, o governo pratica uma política de sustentação financeira de toda a logística da mídia conservadora, especialmente da Rede Globo que, em 10 anos, recebeu 5 bilhões de reais em publicidade oficial. Desperdício de recursos públicos, mau uso, altíssimo custo social e político negativo.

Ao contrário, na Argentina, Venezuela, Equador e Bolívia, além do fortalecimento,  expansão e qualificação da rádio e tvs públicas, investiu-se pesado em jornais populares impressos, com distribuição militante e comercial massivas, a preços módicos ou gratuitamente, que fazem a disputa ideológica com a direita. Há vigorosa expansão do parque gráfico e da leitura de jornal e livros. Aqui, mesmo alertado, o prefeito Haddad não usou, até a agora, a prerrogativa que lhe dá a lei (12485) para ter um canal de tv a cabo na maior cidade do país, sem precisar mudar a Constituição. Organizar um poderoso jornal cooperativo popular, impresso e digital, também não exige mudanças na Constituição, para o que não há maioria. Medidas que exigem apenas decisão política, como houve ao se fundar a Cut, o PT. Como tiveram as forças de esquerda nos países vizinhos.

sábado, 15 de novembro de 2014

Opinião: Uruguai - quem tem medo da lei de mídia?

O processo de elaboração de marco jurídico regulamentador
das mídias no Uruguai teve início em 2010.
Por D, publicado originalmente na Carta Capital

Não foi apenas no Brasil que o debate sobre lei de mídia despontou durante as eleições. No Uruguai, o tema ganhou força após a divulgação dos resultados do primeiro turno, em 26 de outubro, quando ficou definido que Tabaré Vázquez, candidato oficialista da coalizão Frente Ampla, disputaria a presidência com Luis Lacalle Pou, do Partido Nacional.
Vázquez, 74 anos, foi presidente do Uruguai entre 2005 e 2010, e é conhecido por representar a ala mais conservadora na Frente Ampla. Esta foi a primeira vez que ele se comprometeu a implementar e fazer cumprir a lei de mídia, despertando críticas da oposição.
Lacalle Pou, 41 anos, é crítico à lei. Alega que nela existem “inconstitucionalidades”, e que para ter uma legislação “típica de regime autoritário”, é melhor não ter nenhuma. Disse também que Vázquez fora pressionado pelos frente amplistas para dar a declaração citada acima.
Vázquez ao anunciar que implementar a lei 
Embora tenha entrado com mais força no debate nesta segunda fase da campanha presidencial, a discussão sobre uma medida que regulamente as mídias no Uruguai não começou em 2014. O processo de elaboração do texto teve início em 2010, com a formação de um Comitê Técnico Consultivo convocado pela Direção Nacional de Telecomunicações, vinculada ao Ministério da Indústria, Energia e Mineração e responsável por formular, coordenar e supervisionar políticas de telecomunicações.
A “Ley de Servicios de Comunicación Audiovisual” (LSCA) foi apresentada pelo Poder Executivo em maio de 2013 e aprovada pela Câmara dos Representantes (99 deputados) em dezembro de 2013. Para entrar em vigor, aguarda a aprovação do Senado (30 senadores) e voltará ainda à Câmara para, por fim, receber sanção definitiva. A pressão por parte da Frente Ampla e dos setores favoráveis é para que a lei seja aprovada o quanto antes, ainda em 2014.
Para acessar o texto aprovado pela Câmara, clique aqui.
Lacalle Pou, candidato da direita, é crítico à lei. 
Sua aprovação é polêmica porque mudaria completamente o panorama de concentração da mídia no Uruguai. Tem por objetivo garantir condições mais justas de acesso ao espectro. Ou seja: o Estado pretende fazer com que mais organizações, inclusive da sociedade civil, tenham possibilidade de ter um canal no rádio ou na televisão. No país vizinho, os grupos Romay, De Feo-Fontaina e Cardoso-Scheck controlam 95% do mercado de televisão aberta do país.
Se a lei for aprovada como está, uma pessoa física ou jurídica não poderá ter mais de três autorizações para prestar serviços de radiodifusão aberta de rádio e televisão, nem mais de dois canais para prestar serviços de rádio na mesma frequência (AM ou FM) em todo o território uruguaio. A única iniciativa antecedente semelhante no Uruguai aconteceu em 2007, quando foi aprovada uma norma obrigando o Estado a promover e garantir a existência de canais e rádio e de televisão comunitários.
O texto da LSCA já passou por algumas modificações, como por exemplo a criação de um Conselho de Comunicação Audiovisual, que seria integrado por cinco pessoas: três escolhidas pelo presidente, uma pelo ministério da Indústria e o outro pela Educação. Após inúmeras críticas, acordou-se mudar o projeto, estabelecendo que esta instituição terá apenas um indicado do presidente, enquanto os outros quatro membros serão escolhidos pela Assembleia Geral legislativa. O mandato deles terá duração de seis anos, renováveis por mais três. O texto ainda pode sofrer mais modificações no Senado.
Coalición por una Comunicación Democrática, coletivo de comunicação social uruguaio que participa ativamente deste debate, sugere, por exemplo, que pelo menos um dos cinco membros do Conselho seja indicado pela sociedade civil.
Tabaré Vázquez e Lacalle Pou disputam o segundo turno
para presidente no Uruguai
O projeto em discussão diz respeito basicamente aos canais que utilizam o espectro eletromagnético. Não regulamenta a imprensa escrita nem serviços de comunicação na internet; não trata dos conteúdos; estabelece garantias expressas da liberdade de expressão nos artigos 14 a 18 (proibição de toda forma de censura, inclusive a indireta e garante a independência editorial).
A regulamentação proposta se limita à violência extrema e à incitação ao consumo de drogas, nos horários de proteção à infância (todos os dias, das 6h às 22h).
A lei determinará também que litígios graves, como por exemplo nos casos de violação da legislação, serão resolvidos na Justiça. Se for votada e aprovada pelo Senado, deve ainda voltar à Câmara para por fim receber sanção definitiva.
Uma das maiores resistências à lei de mídia vem da Andebu (Asociación Nacional de Broadcasters Uruguayos), que afirma que apenas “regimes autoritários são os que têm lei de mídia”. A Andebu é uma instituição que reúne e representa empresas privadas de radiodifusão e de televisão.
“Acredito que o país não precise de uma lei de regulamentação da mídia, o que o país precisa é que outras coisas sejam regulamentadas, como crimes que acontecem na rua todos os dias”, disse o presidente da Andebu, Pedro Abuchalla, ao jornal uruguaio El País.
Vale lembrar que, em 2013, o governo uruguaio promoveu uma concorrência pública em que seis novos interessados em prestar serviços de TV aberta comercial puderam levar suas propostas porque o país está fazendo transição do sistema analógico para o digital. Trata-se de um acontecimento histórico porque as autorizações sempre foram outorgadas de maneira arbitrária e sem concorrência. Para acessar o marco regulatório da TV Digital no Uruguai clique aqui.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Câmara aprova regulamentação da profissão de DJ

A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou, em caráter conclusivo, um projeto que regulamenta a profissão de DJ. O texto, que segue para o Senado, exige curso de 800 horas para exercer a profissão, exceto para quem atua na área há mais de cinco anos.
A regulamentação da profissão de DJs já havia sido aprovada em 2010, mas o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a lei. No projeto anterior, a atividade de DJ havia sido incluída entre as carreiras de artistas.
O projeto define o DJ como aquele que “cria seleções de obras fixadas e de fonogramas, impressos ou não, organizando e dispondo seu conteúdo, executando essas seleções e divulgando-as ao público”.
O curso de capacitação para a profissão deverá ser realizado em instituição credenciada ao Ministério da Educação por cidadãos acima de 16 anos e com Ensino Médio ou em curso. Com a diplomação, o DJ poderá pedir o registro profissional junto à Superintendência Regional do Trabalho.

O projeto prevê carga horária máxima de seis horas diárias para o profissional e 30 semanais, ficando assegurado intervalo para a refeição e descanso de pelo menos 45 minutos.

Opinião: Meios de Comunicação, formas, conteúdos e dominação

El noticiero de TV, por Diego Oliveira, publicado originalmente em Barometro Internacional

La mejor forma de mostrar (mostrarnos) como esto es así, es realizar el análisis de los formatos utilizados por los medios y percibir que se oculta detrás de ellos. El espacio necesario para hacerlo con todos los formatos y con la profundidad necesaria, excede con mucho la extensión de este trabajo. Limitémonos entonces a realizar una investigación somera de uno de esos formatos, como ejemplo de lo que queremos decir.

Por supuesto que consideraremos la televisión. Este es hoy el medio de mayor penetración y de mayor influencia. Sólo en los Estados Unidos, el 15% de la población lee libros, el 20% lee periódicos, y casi el 70% de la población utiliza la televisión como único medio de “informarse, entretenerse y educarse”[1]. En nuestros países periféricos, donde el analfabetismo es mayor, los porcentajes deben ser aún más intimidantes. De ella vamos a considerar el formato del noticiero, intentando un análisis que desentrañe su estructura[2].

Supongamos que venimos del espacio exterior, conocemos a los seres humanos, pero sabemos poco de su cultura. Queremos estudiarla investigando sus telecomunicaciones. Escaneamos sus transmisiones de televisión. Constatamos que la mayor parte de las señales, transmiten sistemática y periódicamente un espacio de duración limitada (entre media y una hora) de formato repetitivo.

En este formato asombra el mantenimiento de patrones muy similares. En general el espacio comienza con una presentación donde se despliegan todos los medios tecnológicos de generación de imágenes (caracteres e ideogramas en volumen, en movimiento, en transformación) acompañados por sonidos armónicos de gran similitud.

Inmediatamente aparecen en escena unos extraños personajes. Parecen ser seres humanos, pero sólo aparecen unos medios cuerpos. Estos medios cuerpos pueden ser uno o dos (nunca más). También puede variar el género, la hembra o el macho de la especie humana, o en caso de ser dos, las combinaciones posibles. Estos “bustos parlantes” miran la cámara fijamente, alternando sus miradas con papeles, o con un computador portátil que tienen debajo. Los planos de cámara son notoriamente los mismos, planos medios dónde nunca aparece un primer plano, pocas veces se realiza un zoom y si existe algún plano abierto es al principio o al final de su discurso.

Extrañamente, no importa de dónde provenga la transmisión, la vestimenta de estos seres es muy similar (incluidos los maquillajes de las hembras). El escenario en que se encuentran es curiosamente repetitivo en su distribución espacial. Sets cerrados, con paredes decoradas de estética muy análoga, o con muchas pantallas que transmiten diferentes imágenes. En algunos casos aparecen de fondo otros medios cuerpos, como si se encontraran en una sala con múltiples escritorios con computadores.

El discurso de estos medios cuerpos (que nunca va acompañado de sonidos de apoyo) se alterna a lo largo del espacio con la transmisión a pantalla completa de imágenes descriptivas de lo que parecen ser acontecimientos diversos. En algunos casos aparece (a partir de la segunda mitad del espacio o cerca del final) un nuevo protagonista. Puede ser otro medio cuerpo, o sorpresivamente a veces aparece por primera vez un ser humano completo de pie, también tomado a plano fijo.

El espacio se cierra con nuevas proezas en generación de imágenes o en algunos casos con planos medios abiertos, y nuevamente acompañados con sonidos y caracteres móviles o fijos que se insertan en la imagen.

Esta breve descripción estructural, nos permite ahora, siendo seres humanos que vivimos en el mundo, realizar algunas apreciaciones. En primer término, el noticiero de TV es un escenario, un “teatro de la objetividad noticiosa”. Como toda representación exige de la creación de un guion, una puesta en escena, una actuación y una dirección. Es una representación que está basada en la credibilidad que el receptor tenga del mensaje que transmite. Esto explica los medios cuerpos y la mirada fija en la cámara. Se trata de generar, simulando una conversación, confianza y credibilidad en el espectador. Así tenemos la sensación que están conversando con nosotros. Quien me habla me mira casi constantemente, apenas baja su mirada hacia los papeles en la mesa o hacia su laptop. Aún ese desvío de mirada (que técnicamente no sería necesario, ya que existe el telepromter), me dice que no me endilga un discurso aprendido de memoria, sino que sabe de lo que me habla pero que a veces necesita una guía para su discurso. Es un “interlocutor cercano a mí”, de allí los planos constantes. Es muy serio, con voz muy trabajada (es un profesional del manejo de la voz), establece un discurso sin emocionalidad (mantiene un tono de voz constante), que me dice de su “objetividad”.

¿Para qué es necesario todo esto? Para que quien recibe el mensaje no ponga en duda la “realidad de la información”. La representación simula que una elección intencionada y arbitraria de eventos, así como su forma de presentación, que tienen una alta carga de subjetividad o intencionalidad, es una “realidad objetiva” de la cual el medio sólo es un vehículo para llevarla a nuestros hogares.

Pero llega aún más allá, el análisis semiótico que tomamos como referencia concluye diciendo que sería bueno que el formato mostrara al espectador también la forma como se elabora, el proceso de trabajo de quienes crean el noticiero. Pero en el mundo en que vivimos, dónde la comunicación masiva tiene sus intenciones e intereses, eso no será nunca así. Si nos mostraran como se elabora el noticiero, quedaría a la vista cuánto éste tiene de creación con objetivos propios, y haría transparente que no es una “ventana al mundo”, sino una visión parcializada de sus productores.

Algo de historia

El formato actual del noticiero de TV nace a fines de los años cincuenta en los EE.UU. Las transmisiones de la BBC de Londres, que fueron pioneras, mantenían un formato diferente, que era el de los noticieros cinematográficos creados a fines de la década de los veinte (que también sería interesante estudiar). No fue una casualidad la estructuración de este nuevo formato, respondía al cambio de centro hegemónico dentro del cual se gestaba. La cultura norteamericana generó un formato para la comunicación muy asociado al show y a la teatralidad que venían desarrollando desde la revista musical y desde Hollywood. Este formato ha ido perfeccionándose durante todo el siglo XX y hoy constituye un bloque cerrado que ha conseguido imponerse a nivel global.

Y lo que muestra hasta qué punto es una hegemonía impuesta, es esa homogeneidad de formato, de estéticas escenográficas, de vestuario y aspecto de los presentadores, que se da para difusores y receptores del mensaje, de culturas, lenguas y visiones del mundo diferentes.

Conclusiones

¿Son o no entonces los formatos comunicacionales que nos bombardean constantemente, una herramienta más de la dominación?

Creemos que sí, y que es una labor fundamental desentrañar estos mecanismos de control, para ser capaces de generar los sistemas propios para liberarnos. Vernos y comunicarnos con nuestros propios ojos[3] y nuestros propios valores, y nuestra propia visión del mundo.

Como las capas de la cebolla, vamos descubriendo que la batalla por llegar a ser nosotros mismos tiene varios niveles de complejidad, y que solo podremos darla si logramos tener en cuenta y combatir en todos los frentes.


[1] Documental “Zeigeist”, Tercera Parte, Google Vídeo, http://video.google.com/videoplay?docid=8883910961351786332
[2] Utilizamos como base para el análisis, actualizándolo y determinando los “contenidos ocultos” del formato, el análisis semiótico del libro “El objeto Cultural y sus Sentidos”, capítulo “Apuntes para una análisis del tele informativo”, de Roco Mangieri, ULA, 1998
[3] Parafraseando a “Vernos con nuestros propios ojos”, Aram Aharonian, Fondo Editorial Question, Caracas, 2007

Universalização da banda larga no Brasil custará R$ 50 bilhões

Do Portugal Digital, com Agência Brasil

"Universalizar a internet em quatro anos é [meta] factível e realizável. Mas é importante frisar que universalizar não significa que 100% das pessoas estarão conectadas", diz ministro.


A universalização da banda larga, promessa de campanha da presidente Dilma Rousseff para o próximo mandato, custará R$ 50 bilhões. Como não pretende cobrir todo esse gasto sozinho, o governo buscará parcerias com a iniciativa privada, disse, qurat-feira (12), o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo. Atualmente, 47% dos municípios já têm fibra ótica.
"Universalizar a internet em quatro anos é [meta] factível e realizável. Mas é importante frisar que universalizar não significa que 100% das pessoas estarão conectadas porque nem a tevê aberta faz isso. Imagino que já se pode começar a falar em universalização quando esse percentual de acesso estiver na faixa dos 90%", disse o ministro.
Dos R$ 50 bilhões a serem investidos, R$ 10 bilhões serão destinados a levar a rede de fibras óticas às cidades. "Para a fibra ótica chegar aos 45% de domicílios restantes, serão necessários mais R$ 40 bilhões", acrescentou Paulo Bernardo. Este valor pode cair, caso a tecnologia adotada seja outra, que não fibra ótica (rádio ou satélite, por exemplo). "Não pensamos pagar isso sozinhos, mas sim via parcerias. Para isso, faremos leilões. Vencerá a empresa que pedir menos subsídios", acrescentou. Segundo ele, esses leilões devem ocorrer em meados de 2015.
As declarações do minsitro foram dadas durante encontro sobre políticas públicas de Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), no próprio ministério. Na oportunidade, foi apresentada pesquisa sobre como tem sido a experiência dos centros públicos de acesso à internet.
A pesquisa apresentou apenas dados relativos a 2013, obtidos a partir de consultas a 5.012 telecentros públicos de internet. Há, ao todo, 9.514 telecentros no país. De acordo com a pesquisa, 78% dos telecentros encontravam-se em funcionamento em 2013. Dos 22% que não funcionavam, 22% era por falta de instalação dos computadores; 19% por falta de manutenção ou assistência técnica; 15% por problemas com o espaço físico ou com a infraestrutura.
Entre os telecentros que encontram-se funcionando, 94% têm monitores e, em 72% deles, são oferecidos cursos de informática e de internet. Isso, na opinião do ministro, é muito válido porque é justamente nesses ambientes públicos que as pessoas aprendem a fazer uso da grande rede, bem como dos equipamentos de computadores. Em 74% dos telecentros são oferecidos serviços de impressão.
Dos cerca de 5 mil telecentros pesquisados, 26% estavam localizados em escolas; 24% em prefeituras; e 19% em bibliotecas. Em 39% deles, a conexão era via satélite; em 27%, via linha telefônica; em 24%, via cabo; e em 17%, a conexão era via rádio.
A pesquisa mediu também a percepção que os usuários têm dos telecentros. Para 12%, a conexão foi considerada ótima; e 38% a avaliaram como aceitável. Para 53% dos usuários desses ambientes públicos de internet, os telecentros são o principal local de acesso à internet.
Entre os motivos citados para justificar a ida aos telecentros, 71% alegaram não ter internet em casa; 59% disseram não ter computador; e 57% disseram que vão aos telecentros na busca pelo auxílio de monitores. Além disso, 69% do público dizem que usam os telecentros para fazer pesquisas escolares, enquanto 53% dizem que usam os telecentros para o envio e recebimento de e-mails; e 50% dizem que buscam informações sobre serviços.

sábado, 8 de novembro de 2014

Em crise financeira, Folha de São Paulo se vale do tradicional passaralho


Com base no texto de José Seabra, editado originalmente em naredecomjoseseabra.com.br

Folha de São Paulo, em crise, demitiu cerca de 25 profissionais e cortou as cabeças dos colunistas Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues

A Folha de São Paulo, da família Frias, está mal das pernas. Em crise financeira, decidiu conter gastos. E cortou a cabeça de dois ícones do jornalismo brasileiro. Eliane Cantanhêde e Fernando Rodrigues não escrevem mais as colunas mais que semanais da página 2. Além deles, após 20 anos, o fotógrafo Joel Silva também foi demitido. 
Quem sai perdendo são os leitores da Folha. Catanha assinava sua coluna às terças, quintas, sextas e aos domingos. Fernando às quartas e aos sábados. 
Em seu blog no UOL, Rodrigues não abriu os motivos para a sua saída, informando apenas ter encerrado sua “colaboração” após 27 anos no matutino.
A debandada começou quando, na reta final da eleição, estrela Xico Sá foi proibido de escrever em sua própria coluna que votaria em Dilma Rousseff.
Posicionamentos políticos individuais, economia de custos e mão pesada de Otavinho Frias, diretor da empresa, se somam para emperrar rotativas. A Diretoria de Redação procurou justificar as demissões sob o argumento de que a receita publicitária caiu muito, em função da crise econômica que o País vive.
Além de Eliane Cantanhêde, Joel Silva e Fernando Rodrigues, ao menos outros 13 profissionais de redação foram dispensados.Entre os demitidos estão os repórteres Flávia Marreiro, ex-correspondente do jornal em Caracas, Eduardo Ohata, de “Esportes”; Ana Krepp, de “Cotidiano”; Lívia Scatena, de “Gastronomia”; Euclides Santos Mendes, Editor do “Painel do Leitor”; Samy Charanek, pauteiro de “Cotidiano”; Gislaine Gutierre, “Ilustrada”; e Thiago Guimarães, coordenador adjunto da Agência Folha. Para anunciar a demissão, a direção do jornal disse aos funcionários que os cortes foram realizados por motivações econômicas.
“O jornal realiza no final deste ano desligamentos pontuais, além de um corte nas despesas de custeio, a fim de ajustar o seu orçamento ao mau desempenho das receitas publicitárias, fruto da estagnação prolongada da economia brasileira”, alegou a Folha.
Cantanhede, que estava no jornal da família Frias desde 1997, sequer escreveu seu texto de despedida na Folha. Para falar sobre o assunto, a jornalista publicou no Twitter uma mensagem. “Amigos, aviso geral: amanhã eu não escrevo mais a coluna na Folha. Foi bom enquanto durou”.
Já Fernando Rodrigues, informou sobre sua saída por meio de um post em sua página no Facebook. Lembrou os 27 anos de dedicação ao jornal que diz ter o rabo preso com o leitor. Mas continua no Uol, do mesmo grupo Frias.
A Folha de S.Paulo ainda é um grande jornal. Foi minha escola por muitos anos. Coletti, Falcão, Botelho, Rui, Leleco, Amália, Marizete, Aylê, Emerson, Helival… Coleguinhas, chefes e chefiados, que passaram por lá, a exemplo de Catanha e Fernando. O leitor pode migrar. E o jornal, sentir o baque.