NO DIA MUNDIAL DA INTERNET, OS BRASILEIROS SE EXPRESSAM E CONTESTAM CADA VEZ MAIS O PRATO PRONTO QUE RECEBEM DOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO; DESAFIO É ACELERAR A INCLUSÃO DIGITAL NO BRASIL
Neste 17 de maio, o mundo comemora o Dia Mundial da Internet, data estabelecida pela Organização das Nações Unidas em 2005 a fim de representar a inclusão digital. Apesar de ainda ter grandes desafios nesta área, o Brasil certamente é um dos países que mais mais tem motivos para comemorar. Não é à toa que no Twitter, esta manhã, os usuários colocaram o termo em português "Dia Mundial da Internet" no Trending Topic mundial, tamanha repercusão que o assunto tá tomou nas redes sociais entre os brasileiros.
O poder inicial da internet, de colocar pessoas de diferentes lugares do planeta em conexão, hoje é indiscutivelmente muito maior. A rede mundial mudou o papel de espectador e leitor, que antes se via no "outro lado do balcão" dos veículos de imprensa, com o simples papel de ler e assistir. Hoje – e vemos isso crescer com grande força no Brasil – o cidadão tem o poder de opinar, colaborar e principalmente cobrar. Fatores vitais nessa revolução, as redes sociais – fundamentais em movimentos que levaram a quedas de governo na chamada Primavera Árabe, no Oriente Médio e no norte da África – são os principais meios para essas colaborações.
Neste cenário, o que era vertical tornou-se horizontal, como se o mesmo cenário pudesse ser visulizado por todos. Irregularidades no governo (como os temas que envolvem a CPI do Cachoeira e contratos com a Delta), relações suspeitas entre jornalistas e fontes (a exemplo do caso da Veja, alvo de vários protestos no Twitter recentemente) e mesmo um mau atendimento aos consumidores (veja-se o caso da Claro, repercutido com destaque pelo 247) não passam mais batido depois que leitores atentos passaram a protestar nesses ambientes virtuais. Não é para menos que a audiência da televisão no País já foi ultrapassada pela da internet. O estudo "Brasil Conectado – Hábitos de Consumo de Mídia", que investigou a importância crescente da web na rotina dos brasileiros, mostra que a internet é considerado o meio mais importante para 82% dos 2.075 entrevistados (leia mais).
Para tornar a revolução ainda mais completa, o Brasil precisa agora agilizar ações governamentais para reverter alguns números. Estudo elaborado pela Fundação Getulio Vargas e Fundação Telefonica, divulgado nesta quarta-feira 15, revela que apenas 33% dos domicílios do País têm conexão com a internet. Além da baixa porcentagem referente aos lares brasileiros, o acesso à rede ainda é muito desigual, o que apenas evidencia as diferentes situações econômicas e sociais de acordo com a região do País. Enquanto em Brasília a taxa de domicílios conectados é de 58,69%, no Maranhão o mesmo dado representa apenas 10,98% das casas. Em alguns lugares, há ainda um outro problema: alguns dos motivos para o não acesso à internet é a falta de interesse ou conhecimento, o que envolve também uma grande mudança na educação.
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