A partir da zero hora da próxima terça-feira, 10/11,
empregados da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) entrarão em greve. A EBC é a
holding que opera em todo o País a TV Brasil, a Rádio Nacional e a Agência
Brasil de Notícias. Está sob responsabilidade dela a produção, edição e
apresentação da primeira meia hora do programa radiofônico A Voz do Brasil.
A decisão de paralisação foi aprovada na quinta-feira, 5/11,
em assembleia nacional dos trabalhadores das quatro praças da empresa
(Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e São Luís). Essa não é a primeira vez que a empresa enfrenta um movimento paredista. Em 2013 os profissionais de comunicação também tiveram que fazer greve.
O principal motivo que levou
os empregados a decidirem parar foi a proposta de apenas 2,5% de aumento salarial. O mesmo
índice seria aplicado sobre todas as cláusulas econômicas do Acordo Coletivo de
Trabalho (ACT) para este ano e para o ano de 2016.
Mordomia
Mordomia
Nas redes sociais, a Comissão de Empregados da Estatal
afirma que “os empregados e empregadas da EBC estão sendo pressionados a
abrirem mão de parte de seu salário, em função da perda inflacionária, enquanto
cargos comissionados, vindos de indicações políticas, chegam a receber quase R$
35 mil por mês na empresa.”
Essa elite de servidores da EBC contaria, ainda segundo a
nota da Comissão de Empregados, de apartamento funcional, auxílio moradia,
motorista e uma série de privilégios, tudo custeado com dinheiro do
contribuinte.
“Nós acreditamos na importância de uma comunicação que não
sirva aos interesses comerciais e nem partidários e, por isso, pedimos que você
se junte a nós na defesa da EBC. O fim dos privilégios não vai ajudar só aos
trabalhadores, mas vai garantir autonomia e moralidade para nossa comunicação
pública. Com muitas assinaturas, podemos pressionar o Governo Federal a acabar
com o aparelhamento da EBC!” conclui a nota.
Os trabalhadores de Brasília também analisaram todas as
demais cláusulas não econômicas e decidiram aprovar o que já foi acordado pela
mesa e manter a pauta dos empregados para divergência e propor novas redações
pontuais.
Moção
Os trabalhadores aprovaram também uma moção contra a
utilização da comunicação institucional da empresa pública para difundir falsas
informações sobre a negociação do ACT e um abaixo assinado contra os
privilégios na EBC e pela valorização dos empregados do quadro permanente.
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