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sexta-feira, 6 de novembro de 2015

Empregados da EBC apontam greve para terça-feira, 10/11

A partir da zero hora da próxima terça-feira, 10/11, empregados da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) entrarão em greve. A EBC é a holding que opera em todo o País a TV Brasil, a Rádio Nacional e a Agência Brasil de Notícias. Está sob responsabilidade dela a produção, edição e apresentação da primeira meia hora do programa radiofônico A Voz do Brasil.
A decisão de paralisação foi aprovada na quinta-feira, 5/11, em assembleia nacional dos trabalhadores das quatro praças da empresa (Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro e São Luís). Essa não é a primeira vez que a empresa enfrenta um movimento paredista. Em 2013 os profissionais de comunicação também tiveram que fazer greve.

O principal motivo que levou os empregados a decidirem parar foi a proposta de  apenas 2,5% de aumento salarial. O mesmo índice seria aplicado sobre todas as cláusulas econômicas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) para este ano e para o ano de 2016.

Mordomia

Nas redes sociais, a Comissão de Empregados da Estatal afirma que “os empregados e empregadas da EBC estão sendo pressionados a abrirem mão de parte de seu salário, em função da perda inflacionária, enquanto cargos comissionados, vindos de indicações políticas, chegam a receber quase R$ 35 mil por mês na empresa.”
Essa elite de servidores da EBC contaria, ainda segundo a nota da Comissão de Empregados, de apartamento funcional, auxílio moradia, motorista e uma série de privilégios, tudo custeado com dinheiro do contribuinte.

“Nós acreditamos na importância de uma comunicação que não sirva aos interesses comerciais e nem partidários e, por isso, pedimos que você se junte a nós na defesa da EBC. O fim dos privilégios não vai ajudar só aos trabalhadores, mas vai garantir autonomia e moralidade para nossa comunicação pública. Com muitas assinaturas, podemos pressionar o Governo Federal a acabar com o aparelhamento da EBC!” conclui a nota.

Os trabalhadores de Brasília também analisaram todas as demais cláusulas não econômicas e decidiram aprovar o que já foi acordado pela mesa e manter a pauta dos empregados para divergência e propor novas redações pontuais. 


Moção
Os trabalhadores aprovaram também uma moção contra a utilização da comunicação institucional da empresa pública para difundir falsas informações sobre a negociação do ACT e um abaixo assinado contra os privilégios na EBC e pela valorização dos empregados do quadro permanente.

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