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terça-feira, 15 de janeiro de 2019

CNN-Brasil vem ai pra brigar com Globo News


A iniciativa é vista como uma estratégia de enfrentamento às Organizações Globo, em especial à Globo News, e teria as bênçãos do presidente Jair Bolsonaro. No meio publicitário, especula-se que serão volumosas as verbas publicitárias federais para manter o projeto em pleno funcionamento.



Por Chico Sant'Anna, com base em publicações do Infomoney, Blog Edgar Lisboa/Meio & Mensagem

  
A construtora MRV decidiu entrar no ramo das Comunicações. O presidente e fundador do grupo imobiliário mineiro, Rubens Menin, anunciou o lançamento da CNN Brasil, um canal 24 horas de notícias em português. A iniciativa é vista como uma estratégia de enfrentamento às Organizações Globo, em especial à Globo News, e teria as bênçãos do presidente Jair Bolsonaro. No meio publicitário, especula-se que serão volumosas as verbas publicitárias federais para manter o projeto em pleno funcionamento.
O canal brasileiro CNN, que vai operar como franquia e não estará sujeito à linha editorial da CNN Internacional, será liderado por Douglas Tavolaro, ex-vice-presidente de Jornalismo da TV Record, emissora que tem se mostrado, ao lado do SBT, bastante alinhada com o novo governo. O novo canal de notícias será distribuído na TV paga e via multiplataforma e é fruto de licenciamento da CNN International.
A redação principal, cabeça de rede como é chamado no jargão televisivo, será em São Paulo. A nova estrutura planeja contar com 400 jornalistas e 400 profissionais de outras áreas, distribuídos por Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo. O canal deve estar disponível para os assinantes a partir do segundo semestre de 2019.
Franquia
Essa não é a primeira vez que a CNN tenta criar um canal no Brasil. Isso foi tentado antes, no ano 2000, mas não prosperou. Também a CBS já experimentou um projeto de produzir conteúdos em português especialmente para o Brasil. Em 1997, o CBS Telenoticias  foi lançado pela rede americana de televisão com transmissões a partir da Florida. O CBS Telenoticias tinha um telejornal homônimo CBS Telenotícias, veiculado pelo SBT e ancorado pelo casal Eliakim Araújo e a jornalista Leila Cordeiro. O projeto durou três anos.
A CNN já opera no Brasil com dois canais, o Internacional, com conteúdos em inglês, e o Espanhol, voltado à América Latina. Agora a iniciativa acontece não diretamente pela emissora dos EUA, mas sim, por meio de um acordo de licenciamento de marca, semelhante a esses que cadeias de lanchonetes realizam.
O acordo com a CNN International Commercial (CNNIC), permite o uso de conteúdo internacional produzido pela CNN. O novo licenciamento não tem a ver com as operações da CNN International e CNN em Español, que continuarão disponíveis no Brasil.
A notícia da nova operação da CNN foi divulgada à imprensa dia 14/1, poucos minutos depois de a Record anunciar a saída de Tavolaro do grupo, que será substituído na vice-presidência de jornalismo por Antonio Guerreiro.
A estrutura do canal, bem como a contratação de equipes de jornalismo e produção e a construção da identidade da marca serão realizadas nos próximos meses. A CNN Brasil terá abrangência em todo o território nacional e contará com agências de notícias em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e correspondentes no exterior.
No novo negócio, Douglas Tavolaro ocupará a posição de CEO da CNN Brasil, enquanto Rubens Menin será presidente de administração do conselho de administração da CNN Brasil.

quarta-feira, 15 de novembro de 2017

TV Globo pode ir ao banco dos réus no Brasil por ser concessionária de serviço público

A timidez em relação à TV Globo, talvez derivada do poderio comunicativo da emissora, não se limita aos grandes jornais.


Por Dorgil Silva, jornalista

Com a força das publicações nas redes sociais, blogs e sítios da Internet, dificilmente a Globo escaparia de ir ao banco dos réus esclarecer uma série de dúvidas que pairam sobre a lisura da empresa e de seus donos, os irmãos Marinho.
Entre as dúvidas, estão a sonegação fiscal, a criação e manutenção de empresas de fachada no exterior, além de operações escusas em contratos que envolvem organizações do futebol. Como concessionária de um serviço público, pode ter de dar explicações à sociedade não apenas por meio de seus veículos, mas também ante a Justiça.
O Jornal noturno da própria emissora noticiou nesta terça (14)  que a TV Globo fora acusada de pagamento de propinas para transmissão de jogos de futebol internacionais. A revelação constava em depoimento do empresário argentino Alejandro Burzaco à Justiça dos Estados Unidos, prestado ontem.
Mas o assunto não é novo. Por ocasião do depoimento do ex-ministro Antonio Palloci, há meses, já se comentava essa possibilidade de delação, que reiteradamente aparece em blogs e outras criações na Internet há anos.

A timidez do jornalismo brasileiro em relação à acusação contra a TV Globo

Enquanto o principal jornal norte-americano, The New York Times, fez matéria sobre a delação de Burzaco, o jornalismo comercial brasileiro é supertímido quanto ao tema. Os jornais de amplitude nacional que publicaram hoje na capa a notícia da delação de ontem são apenas o Globo, da mesma organização da TV Globo, e a Folha de S. Paulo.  
Nada trazem sobre o assunto as capas desta quarta (15) dos jornais Correio Braziliense, O Estado de S. Paulo, Estado de Minas, Zero Hora, Correio do Povo, Correio da Bahia, Diário de Pernambuco, Meia Hora, O Dia, Correio da Bahia.

As instituições investigativas oficiais também são tímidas em relação à Globo

A timidez em relação à TV Globo, talvez derivada do poderio comunicativo da emissora, não se limita aos grandes jornais.
A operação Lava-Jato, os procuradores da força-tarefa, integrantes do Ministério Público Federal, até agora não divulgaram qualquer iniciativa para verificar alguma responsabilidade da emissora, cuja apuração parece limitada a órgãos internacionais. Pode ser discutido o cabimento de uma ação popular, mas ninguém tomou a iniciativa de solicitar.

O Jornal da Globo divulgou que a emissora patrocinou uma investigação “interna” e constatou que não houve pagamento de propinas. É esperado que as redes sociais, blogs e sítios não se deem por satisfeitos com a declaração e acompanhem e divulguem com muito interesse cada passo da investigação de esfera internacional. 

segunda-feira, 21 de março de 2016

Crise, que crise? Lucro das Organizações Globo cresceu 30% em 2015

Embora tenha apresentado uma queda na receita líquida, o lucro líquido do grupo aumentou significativamente em relação a 2014. Foi de R$ 3,06 bilhões, 30% maior do que no ano anterior. 

Por Samuel Possebon, do TelaViva News

O Grupo Globo divulgou nesta sexta, 18, o balanço da Globo Comunicações e Participação referente ao ano de 2015. A receita líquida das empresas do grupo foi de R$ 16,04 bilhões no consolidado (que inclui participações minoritárias) e R$ 11,16 bilhões na controladora. Foi uma queda de 6% na receita da controladora e pouco mais de 2% na receita líquida consolidada em relação a 2014 em valores nominais (sem contar a inflação). Os custos, incluindo vendas, publicidade e serviços, cresceram de R$ 8,5 bilhões para R$ 8,8 bilhões no resultado consolidado, mas tiveram uma pequena queda, de R$ 7,1 bilhões para R$ 7,06 bilhões, no resultado da controladora na comparação entre 2014 e 2015.
O resultado operacional, com isso, teve queda no ano passado. Na controladora foi de R$ 1,4 bilhão e no consolidado foi de R$ 3,4 bilhões, respectivamente 34% a menos e 16% a menos em relação aso resultados operacionais de 2014.

Aumento do lucro

O lucro líquido do grupo, contudo, aumentou significativamente em relação a 2014. Foi de R$ 3,06 bilhões, 30% maior do que no ano anterior.
A principal variação no balanço que pode justificar o aumento no lucro líquido foi um aumento expressivo nas receitas financeiras, que totalizaram R$ 2,1 bilhões no resultado consolidado em 2015, contra R$ 918 milhões em 2014.
O aumento se deve, entre outras coisas, à variação cambial e seu impacto sobre operações de hedge. O imposto de renda e contribuição social pagos em 2015 caíram de R$ 1,2 bilhão para RR 470 milhões no resultado da controladora e de R$ 1,995 bilhão para R$ 1,223 bilhão no resultado consolidado.
Ao mesmo tempo, houve um aumento das despesas financeiras do grupo, que passaram de R$ 875 milhões para R$ 1,47 bilhão no resultado consolidado e de R$ 760 milhões para R$ 1,4 bilhão na controladora.

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

New York Times: Escapando da realidade com a Tv Globo do Brasil

Publicado originalmente no The New York Times

No ano passado, a revista “The Economist” publicou um artigo sobre a Rede Globo, a maior emissora do Brasil. Ela relatou que “91 milhões de pessoas, pouco menos da metade da população, a assistem todo dia: o tipo de audiência que, nos Estados Unidos, só se tem uma vez por ano, e apenas para a emissora detentora dos direitos naquele ano de transmitir a partida do Super Bowl, a final do futebol americano”.
Esse número pode parecer exagerado, mas basta andar por uma quadra para que pareça conservador. Em todo lugar aonde vou há um televisor ligado, geralmente na Globo, e todo mundo a está assistindo hipnoticamente.
Sem causar surpresa, um estudo de 2011 apoiado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) apontou que o percentual de lares com um aparelho de televisão em 2011 (96,9) era maior do que o percentual de lares com um refrigerador (95,8) e que 64% tinham mais de um televisor. Outros pesquisadores relataram que os brasileiros assistem em média quatro horas e 31 minutos de TV por dia útil, e quatro horas e 14 minutos nos fins de semana; 73% assistem TV todo dia e apenas 4% nunca assistem televisão regularmente (eu sou uma destes últimos).
Entre eles, a Globo é ubíqua. Apesar de sua audiência estar em declínio há décadas, sua fatia ainda é de cerca de 34%. Sua concorrente mais próxima, a Record, tem 15%.
Assim, o que essa presença onipenetrante significa? Em um país onde a educação deixa a desejar (a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico classificou o Brasil recentemente em 60º lugar entre 76 países em desempenho médio nos testes internacionais de avaliação de estudantes), implica que um conjunto de valores e pontos de vista sociais é amplamente compartilhado. Além disso, por ser a maior empresa de mídia da América Latina, a Globo pode exercer influência considerável sobre nossa política.
Um exemplo: há dois anos, em um leve pedido de desculpas, o grupo Globo confessou ter apoiado a ditadura militar do Brasil entre 1964 e 1985. “À luz da História, contudo”, o grupo disse, “não há por que não reconhecer, hoje, explicitamente, que o apoio foi um erro, assim como equivocadas foram outras decisões editoriais do período que decorreram desse desacerto original”.
Com esses riscos em mente, e em nome do bom jornalismo, eu assisti a um dia inteiro de programação da Globo em uma terça-feira recente, para ver o que podia aprender sobre os valores e ideias que ela promove.
A primeira coisa que a maioria das pessoas assiste toda manhã é o noticiário local, depois o noticiário nacional. A partir desses, é possível inferir que não há nada mais importante na vida do que o clima e o trânsito. O fato de nossa presidente, Dilma Rousseff, enfrentar um sério risco de impeachment e que seu principal oponente político, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara, está sendo investigado por receber propina, recebe menos tempo no ar do que os detalhes dos congestionamentos. Esses boletins são atualizados pelo menos seis vezes por dia, com os âncoras conversando amigavelmente, como tias velhas na hora do chá, sobre o calor ou a chuva.
A partir dos talk shows matinais e outros programas, eu aprendi que o segredo da vida é ser famoso, rico, vagamente religioso e “do bem”. Todo mundo no ar ama todo mundo e sorri o tempo todo. Histórias maravilhosas foram contadas de pessoas com deficiência que tiveram a força de vontade para serem bem-sucedidas em seus empregos. Especialistas e celebridades discutiam isso e outros assuntos com notável superficialidade.
Eu decidi pular os programas da tarde –a maioria reprises de novelas e filmes de Hollywood– e ir direto ao noticiário do horário nobre.
Há dez anos, um âncora da Globo, William Bonner, comparou o telespectador médio do noticiário “Jornal Nacional” a Homer Simpson –incapaz de entender notícias complexas. Pelo que vi, esse padrão ainda se aplica. Um segmento sobre a escassez de água em São Paulo, por exemplo, foi destacado por um repórter, presente no jardim zoológico local, que disse ironicamente “É possível ver a expressão preocupada do leão com a crise da água”.
Assistir à Globo significa se acostumar a chavões e fórmulas cansadas: muitos textos de notícias incluem pequenos trocadilhos no final ou uma futilidade dita por um transeunte. “Dunga disse que gosta de sorrir”, disse um repórter sobre o técnico da seleção brasileira. Com frequência, alguns poucos segundos são dedicados a notícias perturbadoras, como a revelação de que São Paulo manteria dados operacionais sobre a gestão de águas do Estado em segredo por 25 anos, enquanto minutos inteiros são gastos em assuntos como “o resgate de um homem que se afogava causa espanto e surpresa em uma pequena cidade”.
O restante da noite foi preenchido com novelas, a partir das quais se pode aprender que as mulheres sempre usam maquiagem pesada, brincos enormes, unhas esmaltadas, saias justas, salto alto e cabelo liso. (Com base nisso, acho que não sou uma mulher.) As personagens femininas são boas ou ruins, mas unanimemente magras. Elas lutam umas com as outras pelos homens. Seu propósito supremo na vida é vestir um vestido de noiva, dar à luz a um bebê loiro ou aparecer na televisão, ou todas as opções anteriores. Pessoas normais têm mordomos em suas casas, que são visitadas por encanadores atraentes que seduzem donas de casa entediadas.
Duas das três atuais novelas falam sobre favelas, mas há pouca semelhança com a realidade. Politicamente, elas têm uma inclinação conservadora. “A Regra do Jogo”, por exemplo, tem um personagem que, em um episódio, alega ser um advogado de direitos humanos que trabalha para a Anistia Internacional visando contrabandear para dentro dos presídios materiais para fabricação de bombas para os presos. A organização de defesa se queixou publicamente disso, acusando a Globo de tentar difamar os trabalhadores de direitos humanos por todo o Brasil.
Apesar do nível técnico elevado da produção, as novelas foram dolorosas de assistir, com suas altas doses de preconceito, melodrama, diálogo ruim e clichês.
Mas elas tiveram seu efeito. Ao final do dia, eu me senti menos preocupada com a crise da água ou com a possibilidade de outro golpe militar –assim como o leão apático e as mulheres vazias das novelas.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Documentos dos EUA apontam que Roberto Marinho (Rede Globo) foi principal articulador da Ditadura Militar





Por Wagner Francesco*, publicado originalmente em JusBrasil.


Em telegrama ao Departamento de Estado norte-americano, embaixador Lincoln Gordon relata interlocução do dono da Globo com cérebros do golpe em decisões sobre sucessão e endurecimento do regime.



No dia 14 de agosto do 1965, ano seguinte ao golpe, o então embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Lincoln Gordon, enviou a seus superiores um telegrama então classificado como altamente confidencial – agora já aberto a consulta pública. A correspondência narra encontro mantido na embaixada entre Gordon e Roberto Marinho, o então dono das Organizações Globo. A conversa era sobre a sucessão golpista.
Documentos dizem que Roberto Marinho Rede Globo foi principal articulador da Ditadura MilitarSegundo relato do embaixador, Marinho estava “trabalhando silenciosamente” junto a um grupo composto, entre outras lideranças, pelo general Ernesto Geisel, chefe da Casa Militar; o general Golbery do Couto e Silva, chefe do Serviço Nacional de Informação (SNI); Luis Vianna, chefe da Casa Civil, pela prorrogação ou renovação do mandato do ditador Castelo Branco.
No início de julho de 1965, a pedido do grupo, Roberto Marinho teve um encontro com Castelo para persuadi-lo a prorrogar ou renovar o mandato. O general mostrou-se resistente à ideia, de acordo com Gordon.
No encontro, o dono da Globo também sondou a disposição de trazer o então embaixador em Washington, Juracy Magalhães, para ser ministro da Justiça. Castelo, aceitou a indicação, que acabou acontecendo depois das eleições para governador em outubro. O objetivo era ter Magalhães por perto como alternativa a suceder o ditador, e para endurecer o regime, já que o ministro Milton Campos era considerado dócil demais para a pasta, como descreve o telegrama. De fato, Magalhães foi para a Justiça, apertou a censura aos meios de comunicação e pediu a cabeça de jornalistas de esquerda aos donos de jornais.
Documentos dizem que Roberto Marinho Rede Globo foi principal articulador da Ditadura MilitarNo dia 31 de julho do mesmo ano houve um novo encontro. Roberto Marinho explica que, se Castelo Branco restaurasse eleições diretas para sua sucessão, os políticos com mais chances seriam os da oposição. E novamente age para persuadir o general-presidente a prorrogar seu mandato ou reeleger-se sem o risco do voto direto. Marinho disse ter saído satisfeito do encontro, pois o ditador foi mais receptivo. Na conversa, o dono da Globo também disse que o grupo que frequentava defendia um emenda constitucional para permitir a reeleição de Castelo com voto indireto, já que a composição do Congresso não oferecia riscos. Debateu também as pretensões do general Costa e Silva à sucessão.
Lincoln Gordon escreveu ainda ao Departamento de Estado de seu país que o sigilo da fonte era essencial, ou seja, era para manter segredo sobre o interlocutor tanto do embaixador quanto do general: Roberto Marinho.
O histórico de apoio das Organizações Globo à ditadura não dá margens para surpresas. A diferença, agora, é confirmação documental.
Wagner Francescoteólogo e acadêmico de Direito.
Página no Facebook: https://www.facebook.com/escritor.wagnerfrancesco

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Opinião: Desoligopolizar a Globo, via PPPs, para salvar cultura alienada-americanizada por ela

Por César Fonseca, publicado originalmente em Independência Sul-americana

Em nome do interesse público, o oligopólio midiático privado teria ou não que ser combatido pelo seu oposto, de igual potência, um oligopólio público, para, então, promover a desconcentração do poder midiático vigente ao modo das parcerias público privadas?
Está em jogo na tarefa do novo ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, politicamente oriundo das forças sindicais petistas, a tarefa de combater o maior câncer contra a cultura brasileira, a oligopolização dos meios de comunicação, expressa, fundamentalmente, na Rede Globo, nascida, durante o golpe militar de 1964, para apoiar a supressão da democracia, em nome dos interesses contrários à nacionalização da economia, combatida, especialmente, pelos Estados Unidos e todo o aparado imperialista que comandam. Nova Lei de Mídia viria para isso, ou seja, democratizar a oferta de informação para a sociedade brasileira, sufocada pela oligopolização midiática posta a serviço dos mesmos interesses que patrocináram o golpe contra a democracia há 50 anos.
Talvez uma Lei de Mídia, em disseminação na América do Sul, atualmente, tão esperada pelo espírito democrático brasileiro,  tenha que desembocar na nacionalização do oligopólio praticado pela Rede Globo, para que seja possível trabalhar o espírito desenvolvimentista implícito à política das parcerias público privadas, no campo das comunicações.
Em “Tacão de Ferro”, o grande escritor norte-americano Jack London descreve a lógica do desenvolvimento dos oligopólios como a normalidade do mundo capitalista, em que as atividades econômicas, como um todo, caminham para superconcentração da riqueza e do poder em escala global.
Nesse processo inexorável de expansão incontrolável, o resultado, para London, na descrição da anarquia que a organização oligopólica vai produzindo e determinando, semelhante ao que aconteceu no crash capitalista de 2007/8, até que a bolha imploda, é a natural supressão do interesse público.
Tal prejuízo imposto à sociedade somente pode ser reparado por uma força de igual poder ao do oligopólio privado, capaz de colocar a prioridade do interesse público em cena: o oligopólio público.
Por que Joaquim Levy, ministro da Fazenda indicado pela presidenta Dilma Rousseff, já está pregando o fim da dualidade para a taxa de juros, afirmando que ela desvirtua o bom funcionamento da economia?
A dualidade se instalou porque a unidade, antes vigente, sob domínio oliogopólico privado, sufocava – como ainda sufoca – as forças produtivas.
Quando emergiu o crash, o que aconteceu?
O presidente Lula veio a público pedir o apoio dos bancos privados para que continuassem ofertando crédito à população, a fim de impedir interrupção do desenvolvimento econômico com expansão do desemprego.
Qual foi a resposta que obteve dos grandes banqueiros privados? NÃO, NÃO e NÃO.
Preferiram continuar praticando a agiotagem, ou seja, a aposta nos títulos da dívida pública, onde multiplicam seu capital sem fazer força.
Lula, então, lançou mão dos bancos públicos, que passaram a praticar taxas de juros mais baratas, para manter o crédito direto ao consumidor funcionando: o BNDES cuidando dos investimentos às grandes empresas; a Caixa Econômica Federal acelerando programas como o MINHA CASA MINHA VIDA e o Banco do Brasil, idem, mandando ver no financiamento dos bens e serviços.
Não tivesse adotado essa estratégia, a taxa de desemprego, no Brasil, hoje, estaria, certamente, na casa dos 20%, como acontece, hoje, nos países emergentes europeus.
Até nos Estados Unidos, Obama lamentou, no auge da crise, não existir por lá um banco de desenvolvimento, do qual pudesse lançar mão, de modo a sair da prisão da banca privada, que o obrigou a capitalizá-la, sem que obtivesse dela a compensão da aplicação nos setores produtivos, preferindo continuar comprando títulos do tesouro etc.
Mas, os Estados Unidos são os Estados Unidos: lá o BC encharcou a praça de moeda a custo zero, a taxa de juro desabou e o setor produtivo recuperou, graças ao dirigismo econômico obamista.
O poder oligopolizado, por aqui, não quis analisar esse intervencionismo claro, quando Tio Sam, claramente, fugiu das leis do mercado.
Voltando ao raciocínio de Jack London de que emerge o oligopólio público para fazer valer o interesse público violado pelo oligopólio privado, vale lembrar, também, Lenin.
Ele pregou nacionalização bancária como antídoto à anarquia econômica advinda das crises do capitalismo especulativo, cuja lógica descreveu genialmente em “O imperialismo, fase superior do capitalismo”.
Sem o controle do Estado sobre as finanças públicas financiadas pelo espírito especulador privado, o déficit público jamais será controlado, disse.
Quando Levy defende o fim da dualidade das taxas, como argumento para promover o ajuste fiscal, é possível ler o oposto do que o novo ministro pretende: ou seja, a intensificação do oligopólio financeiro privado que levou à anarquia econômica global.
A dualidade seria suprimida para restabelecer a unidade que se traduz na anarquia capitalista, como demonstraram os impasses que emergiram como resultado do crash.
O apelo levyano à unidade das taxas favoreceria ou contribuiria para o aprofundamento da oligopolização privada, cujas consequências tem sido trágicas para o consumidor?
O raciocínio poderia ser levado para o plano da comunicação.
A falta de dualidade na oferta de informações, capazes de refletir a diversidade de pontos de vista, natural no processo democrático, como demanda da própria sociedade, indispensável a sua evolução cultural, traduz-se, atualmente, na esterilização da cultura nacional.
Por que?
Simples.
Porque predomina, amplamente, a oligopolização da oferta de informação sob o predomínio do conceito da unidade-homogeidade cultural, como se o Brasil não fosse um continente.
Por que vigorar tão somente uma mensagem cultural unitária oligopolizada para as diferentes características culturais vigentes no sul, no norte, no nordeste, no centro-oeste, bem como para diversidades existentes no interior de cada região, todas deixadas de lado, eliminando uma efervescência cultural diversificada e multifacetada?
Foi levada, para a cultura, a unidade que Levy que restabelecer para as taxas de juros, eliminando as dualidades – ou melhor, variedades -, adequadas, naturalmente, às necessidades de flexibilização para o funcionamento da economia.
Não seria necessária, também, flexibilidade no tratamento da informação, em vez de vigorar, à custa de imposição de interesses de classe, apenas um ponto de vista unitário, acrítico, como o que é oferecido pela Rede Globo e suas associadas e, também, às congêneres, à sociedade, prisioneira dessa ditadura midiática oligopolizada, monitorada pelo capital financeiro especulativo?
Contra o oligopólio privado, por que não o seu antídoto, como disse Jack London, ou seja, o oligopólio público, em defesa, justamente, do interesse público?
Já existiu, no Brasil, um oligopólio cultural público.
A Rádio Nacional, criada por Getúlio Vargas, responsável por gerar efervescência cultural nacionalista, desembocaria, por exemplo, no Cinema Novo, na Bossa Nova, depois da revolução maior da cultura nos anos 1930 e 1940, especialmente, na música popular, como destaca Sérgio Cabral.
Tudo fruto da revolução nacionalista de 1930.
Qual foi, mesmo, no plano da cultura, o trabalho patrocinado pelos golpistas de 1964, que derrubaram a democracia, com apoio dos Estados Unidos?
Justamente, o de destruir a dualidade cultural, como deseja Levy destruir a dualidade das taxas de juros, para instaurar as sementes da oligopolização, isto é, os pressupostos da unidade cultural fascista, por meio da Rede Globo, cuja função histórica foi propagar e apoiar o golpe militar, como condição do seu nascimento.
Nesse sentido, a Rede Globo, historicamente, se ergueu, poderosa, como um câncer anti-cultural, contra o interesse público.
Não será fácil, portanto, a tarefa primordial que o novo ministro das Comunicações, Berzoini, terá que desenvolver, para restabelecer a democratização dos meios de comunicação.
Trata-se do maior desafio do novo governo dilmista.

Chega da banalização da cultura brasileira, no ambiente da oligopolização total da informação, caracterizada pelo predomínio exclusivo de um ponto de vista ideólogico, adequado aos interesses anti-nacionais, promotor da esterilidade cultural!

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Após 36 anos, Globo tira da TV o Telecurso. Agora, só na web

Com base no texto der Bárbara Sacchitiello, no Meio & Mensagem

Desde o dia 15 de novembro, o programa Telecurso não pode mais ser assistindo na televisão. Ele saiu do ar. Depois de 36 anos fornecendo apoio educacional e formação técnica por meio da TV, o projeto migrará integralmente para a internet, em uma plataforma da Globo.com. 
A dúvida que surge, é se os cidadãos brasileiros que precisam aprender as primeiras letras e algarismos terão condições de interagir com a internet.
A presença de computadores nas residências brasileiras mais do que triplicou na primeira década de 2.000. Ainda assim, menos da metade da população, segundo o censo de 2010, tinha um PC em casa. Em 2013, segundo estudos Marplan/EGM da Ipsos, a internet chegava a 57% dos brasileiros. Já a televisão, neste mesmo ano, se fazia presente em 95,1% dos lares
Apesar de a televisão ainda ser o meio de maior penetração entre todas as classes e em todas as regiões do Brasil, Hugo Barreto, secretário-geral da Fundação Roberto Marinho, diz que “o portal representa um movimento de expansão do Telecurso, já que amplia as possibilidades de acesso, a qualquer hora e de qualquer lugar, às teleaulas e aos conteúdos, seja via computador, celular ou tablet”, diz ele.
O Telecurso, desenvolvido entre a Globo e a Fundação Roberto Marinho, ficou na TV até 14 de novembro; Ele e o Globo Rural — exibido na sequência, vai aposentar a edição diária — serão substituídos por séries até o final do mês e, a partir de dezembro, por um novo telejornal, o Hora Um, apresentado por Monalisa Perrone.
Para divulgar a mudança do Telecurso, a Globo criou uma série de filmes, destacando o histórico do Telecurso, que já atendeu sete milhões de estudantes e teve parceria com 1,5 mil instituições de ensino. 

domingo, 29 de junho de 2014

Opinião: Globo é a grande derrotada da Copa

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

A Copa do Mundo de Futebol no Brasil deveria ter sido vista como uma oportunidade rara para as empresas de mídia fazerem bons negócios. Poderiam aproveitar a visibilidade e o interesse no Brasil pelo evento esportivo de maior popularidade do planeta para vender ao mundo reportagens, documentários sobre cada região no entorno das cidades-sede e ampliar os canais de exportação para produtos jornalísticos e obras audiovisuais.
Mas estas empresas, quase todas "filhotes da ditadura", perderam esta oportunidade histórica por visão pequena, provinciana, e pelo vício de tratar seu próprio negócio como se fosse um partido político, daqueles obrigados a contestar qualquer ação de um governo o qual querem derrubar nas urnas ou sabe-se lá como.
Até o início do Mundial, as tevês, jornalões, revistas e portais alinhados ao pensamento demotucano detonavam a Copa no Brasil. Óbvio que essa corrente de pensamento do contra influiu na imprensa estrangeira. Mesmo empresas de comunicação que tenham correspondentes no Brasil acabam contaminadas pelo que ouvem e veem nas telas de TV, nas capas de revistas e nas páginas dos jornais de maior circulação.
Com a chegada da Copa, cerca de 19 mil profissionais de mídia de diversos países do mundo desembarcaram no Brasil. Por si só, esse número já mostra o fracasso da imprensa tradicional brasileira. Quase ninguém quis comprar suas reportagens e matérias por falta de confiança na narrativa. Todos quiseram ver com seus próprios olhos, fazendo suas próprias reportagens, tanto esportivas como sobre outros acontecimentos.
E o aconteceu é que essa multidão de jornalistas estrangeiros passou a produzir matérias de todos os tipos com uma visão positiva, sem deixarem de ser realistas, sobre o Brasil – e suas narrativas foram muito diferentes do que havia sido propagado até antes da Copa.
As minorais barulhentas, que protestavam com quebra-quebras localizados e ganhavam grande destaque na pauta do principal telejornal brasileiro, passaram a ser retratadas com sua verdadeira dimensão no exterior: sem serem desprezadas, mereceram notas na imprensa internacional proporcionais à sua relevância.
E a maioria do povo brasileiro, até então silencioso, explodiu em festa com a chegada da Copa.
Pois bem. Na quinta-feira (27), o Jornal Nacional da TV Globo fez uma longa matéria mea culpa, mas disfarçada, com o título "Clima festivo e sucesso da Copa conquistam manchetes internacionais".
O apresentador William Bonner abriu dizendo "Durante meses, os atrasos e os problemas de organização da Copa do Mundo foram assunto de muitas reportagens no Brasil e no exterior. Existia no ar uma preocupação generalizada com as consequências dos atrasos, das obras não concluídas. E os jornais estrangeiros eram especialmente ácidos nas críticas. Mas o fato é que, aos poucos, desde o início desse Mundial, isso tem mudado." Em seguida, citou algumas reportagens de revistas e jornais europeus e estadunidenses, comparando o conteúdo antes da Copa, que era negativo, e agora, francamente positivo.
O que o telejornal fez foi jogar no colo da imprensa estrangeira o que a própria TV Globo, junto com revistas como Veja e Época, e jornais como Folha de S.Paulo e O Estado de S.Paulo propagaram incessantemente e que acabou repercutindo no exterior.
É a inversão das coisas. É como dizer: "Caros e ingênuos telespectadores, nada do que nós falamos durante meses sobre um suposto fracasso da Copa era verdade, como vocês estão percebendo, mas 'existia no ar uma preocupação generalizada' de que o seria, respaldada na imprensa estrangeira."
Como se vê, o 'tucanismo' da Globo está levando-a à decadência

terça-feira, 20 de maio de 2014

Telejornalismo perde o repórter-cinematográfico Paulo Guerra


Por Chico Sant'Anna


Hoje, 20/5, um grande amigo se foi.
Um amigo de mais de 35 anos.
Paulo Guerra, repórter-cinematográfico, de primeira linha.
Foi-se, sem avisar, sem deixar um adeus.
Foi-se, apenas com um curto aviso de sua companheira, Meire, no facebook.
Os rins, lhe falharam.
Poucos sabem, mas antes de ingressar no jornalismo, ele trabalhou numa boutique masculina: A Paranoá, que vendia ternos e camisas finas, ainda na W.3 Sul.
Era abril de 1979, ainda estudante de Comunicação, fui fazer minha primeira reportagem na TV Globo. Paulo Guerra era o cinegrafista. A filmadora ainda operava com filmes 16mm. Era uma modelo CP. Não tinha mais do que 12 minutos de autonomia de filmagem.
A matéria, um torneio de tenis no Motonáutica - não sei se ainda existe.
Foi Paulo Guerra quem primeiro me ensinou em como postar diante das Câmeras, em frente ao entrevistado, enfim, as dicas que só quem tem a experiência sabe e só quem tem a solidariedade profissional aos colegas, repassa.
Pelas lentes de Paulo Guerra passaram os principais repórteres deste Brasil: Marilena Chiarelli, Álvaro Pereira, Ricardo Pereira, Leilane Neubarth, Amália Rocha, Ana Paula Padrão, Cecília Maia, Mônica Waldvogel, Márcia Peltier, Anna Terra, Heraldo Pereira...., a lista é infindável.
Com Paulo Guerra trabalhei 11 anos na TV Globo. Fui reencontrá-lo depois na Central de Vídeo do Senado Federal, predecessora da TV Senado.
Com certeza, Paulo Guerra irá fazer belas imagens para onde foi. Quem sabe, mandará as perimeiras imagens de Elis com Jair Rodrigues, cantando no céu.
Vai em paz, amigão.

sábado, 2 de novembro de 2013

Senador Requião requer informações sobre dívidas das Organizações Globo

Pedido de informações inclui
explicações sobre multas, impostos,
empréstimos junto a bancos oficiais e
débitos do maior grupo midiático do país.

O senador Roberto Requião, PMDB/PR, encaminhou na sexta-feira (1/11) dois requerimentos de informações a ministros da presidente Dilma. Do ministério da Fazenda, o senador quer saber a quanto montam as dívidas tributárias das Organizações Globo e o valor das  multas aplicadas pelo fisco  ao grupo.  Já do  ministro Fernando Pimentel, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Requião  quer informações sobre pedido de empréstimos da Globo ao BNDES.
Em relação ao primeiro assunto, Requião cita reportagem do Portal R7, dando conta de que as Organizações Globo foram multadas em um bilhão de reais, a valores de hoje, em decorrência de uma manobra fiscal proibida.
Já quanto aos empréstimos, o senador quer saber se, apesar da elevada dívida para com União, as empresas dos Marinho seriam contempladas com novos créditos públicos.
Veja na sequência os dois pedidos de informações feitos pelo senador Roberto Requião aos  ministros Guido Mantega e Fernando Pimentel.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

PRB quer CPI contra Rede Globo, na Câmara

Do Portal R7


A bancada do PRB (Partido Republicano Brasileiro) na Câmara dos Deputados fez um ato na quarta-feira (7/8), na liderança do partido na Casa, para assinar o pedido de criação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra a Rede Globo. A emissora é ré em um processo de sonegação fiscal que exige o pagamento de R$ 615 milhões em impostos, juros e multa.  
No processo, a emissora é acusada de simular operações para fugir de cobrança fiscal na compra dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002. O projeto para a abertura da CPI é do deputado federal Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), que coleta as assinatuas para a abertura da comissão.  
O deputado George Hilton (MG), líder do PRB na Câmara dos Deputados, confirmou que a bancada do partido vai receber o deputado Protógenes para assinar o pedido de abertura da CPI da Globo. Para a abertura da CPI são necessárias assinaturas de 171 dos 513 deputados.  
— Nós, do PRB, vemos que os indícios que levaram o deputado Protógenes a requerer essa CPI são gravíssimos, vão de fraude a uso de paraísos fiscais para sonegação, e a suspeita de que uma funcionária pública da Receita teria sido cúmplice, o que agrava mais ainda. Ela [Globo] ainda contou com uma funcionária do Estado para tentar eliminar provas de  um processo. 
Recentemente, documentos vazados na internet divulgaram que a Rede Globo teria sonegado um total de R$ 183,14 milhões da Receita Federal.  

O processo, porém, desapareceu da Receita no final de 2006. A Rede Globo afirmou que, na ocasião, a empresa "agiu de forma voluntária", fornecendo às autoridades competentes todos os documentos para colaborar com a "restauração e prosseguimento" da ação.  
A ex-agente administrativa da Receita Cristina Maris Ribeiro, responsável pelo sumiço do documento, foi condenada pela Justiça a quatro anos e onze meses de prisão em janeiro deste ano pelo desaparecimento do processo.  
A investigação do Ministério Público mostrou que ela agia para beneficiar empresas devedoras do fisco por meio de fraudes no sistema eletrônico. No caso da Globopar, Cristina foi até a repartição em que trabalhava, quando estava de férias, e saiu levando em uma sacola os milhares de páginas do processo.  
Além do deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP), estão confirmadas as presenças na reunião dos parlamentares Acelino Popó Freitas (PRB-BA), Antonio Bulhões  (PRB-SP), Cleber Verde (PRB-MA), George Hilton (PRB-MG), Johnathan de Jesus (PRB-RR), Márcio Marinho (PRB-BA), Oliveira Filho (PRB- PR-Suplente), Otoniel Lima (PRB-SP), Vilalba (PRB-PE) e Vitor Paulo (PRB-RJ).

domingo, 21 de julho de 2013

Rede de televisão Globo sob suspeita de sonegação fiscal

Da Agência Brasil e do Portugal Digital

A Procuradoria da República no Distrito Federal (PR-DF) confirmou que abriu apuração criminal preliminar para investigar suspeitas de sonegação de impostos envolvendo a Rede Globo, suspeita de lavagem de dinheiro, e crimes contra órgãos da administração direta e indireta da União.
A Procuradoria da República no Distrito Federal (PR-DF) confirmou terça-feira (16) que abriu apuração criminal preliminar para investigar suspeitas de sonegação envolvendo a Rede Globo. O procedimento foi iniciado na segunda-feira (15), com a distribuição do caso para um procurador responsável.
A apuração foi solicitada na última sexta-feira (12) por 17 entidades da sociedade organizada, entre elas, o Centro de Estudo das Mídias Alternativas Barão de Itararé, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação. Eles alegam que o Ministério Público deve agir porque há indícios de lesão a bens federais.
De acordo com o grupo, as apurações tornaram-se necessárias devido a divulgação recente de documentos, até então sigilosos, sobre multa de mais de R$ 600 milhões à Rede Globo pela tentativa de sonegar impostos relativos à exibição da Copa do Mundo de 2002. Ainda segundo o grupo, também há suspeita de lavagem de dinheiro, de crimes contra órgãos da administração direta e indireta da União e de estelionato.
Com a abertura de procedimento preliminar, o Ministério Público tem prazo de 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo tempo, para apurar as informações. Se houver indícios suficientes de crime, é aberto inquérito. Caso negativo, o procedimento é arquivado. A Procuradoria do DF ainda poderá encaminhar os documentos para o Rio de Janeiro, onde fica a sede da empresa.
Na semana passada, o Ministério Público Federal no Rio de Janeiro divulgou nota informando que acompanhava o caso desde 2005 e que não pediu abertura de inquérito policial por impeditivos legais relativos à restituição de valores fiscais. "Quanto aos demais tipos criminais aventados na mídia, o MPF entende que o enquadramento não seria aplicável por ausência de indícios". O órgão também confirmou que documentos do caso foram extraviados por uma servidora da Receita Federal, que já foi processada e condenada pela Justiça.
Em nota, a Rede Globo disse que já não tem qualquer dívida em aberto com a Receita e que apenas optou, na época, por "uma forma menos onerosa e mais adequada no momento para realizar o negócio, como é facultado pela legislação brasileira a qualquer contribuinte". A empresa informou que, após ser derrotada nos recursos apresentados à Receita, decidiu aderir ao Programa de Recuperação Fiscal da Receita Federal e fazer os pagamentos.
A empresa ainda destacou que desconhecia os fatos relativos a desvios de documentos no processso fiscal, pois não figurava como parte no processo. Segundo a Globo, os documentos perdidos foram restituídos com a colaboração da própria empresa, que desconhece os motivos que levaram a servidora a agir dessa forma. Agência Brasil

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Rede Globo admite fraude fiscal e multa milionária da Receita

Publicado originalmente no Correio do Brasil
O dinheiro depositado em paraísos fiscais circulam o mundo em questão de segundos, sem pagar impostos
Rede Globo de Televisão admitiu, na noite passada, em nota divulgada após denúncias publicadas no blog O Cafezinho, do jornalista Miguel do Rosário, e reproduzidas aqui no Correio do Brasil, que a Receita Federal multou a empresa após constatar uma fraude milionária na contabilidade. Em comunicado oficial, a Globo Comunicação e Participações confirmou a multa de mais de R$ 270 milhões à Receita Federal, em 2006.
O motivo da multa, segundo a Receita Federal, foram as irregularidades na operação de compra dos direitos exclusivos de transmissão da Copa do Mundo de 2002. No total, a emissora teve de desembolsar entre multa (R$ 274 milhões) , juros de mora (R$ 157 mi) e imposto não pago (R$ 183 milhões) um total de mais de R$ 615 milhões.
A fraude foi dissimulada em uma compra dos direitos sobre a rubrica “investimentos e participação societária no exterior”, com transferência de dólares para o paraíso fiscal nas Ilhas Virgens. A Receita Federal descobriu a estratégia contábil e aplicou a multa, que já teria sido paga, segundo a emissora.
Ao responder às insistente perguntas dos jornalistas, a assessoria de Comunicação Social da empresa responde pela Globo, contratada com exclusividade para este assunto (e não a CGCom) tentou tergiversar.
“A Globo Comunicação e Participações esclarece que não existe nenhuma pendência tributária da empresa com a Receita Federal referente à aquisição dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de Futebol de 2002. Os impostos devidos foram integralmente pagos”, disse.
Questionada novamente por não haver respondido à pergunta sobre a multa da Receita, a assessoria enviou outra nota, na qual esclarece que a Globo foi, de fato, multada.
“Todos os procedimentos de aquisição de direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002 pela TV Globo deram-se de acordo com as legislações aplicáveis, segundo nosso entendimento. Houve entendimento diferente por parte do Fisco. Este entendimento é passível de discussão, como permite a lei, mas a empresa acabou optando pelo pagamento”, informava uma segunda nota oficial enviada neste sábado ao colunista do site UOL, Ricardo Feltrin.
“A Receita Federal entendeu que houve erro ou sonegação, não aceitou as justificativas contábeis e fez a cobrança. ‘A pessoa jurídica realizou operações simuladas, ocultando as circunstâncias materiais do fato gerador de imposto de renda na fonte’, afirma página do processo 0719000/0409/2006, obtida pelo blog de Rosário”, conclui Feltrin.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

No ano do "pibinho", Globo cresce 16%

Por Samuel Possebon, publicado em Pay-TV News


Grupo Globo cresce 16% em receitas em 2012 
e registra R$ 12,7 bilhões de receita líquida

As Organizações Globo publicaram nesta quarta, 27, seus resultados financeiros referentes a 2012. O grupo teve crescimento de 16% em sua receita líquida no ano, chegando a R$ 12,7 bilhões. O EBITDA cresceu 10%, totalizando no final de 2012 R$ 3,13 bilhões, o que significa uma margem de 25%. Em caixa, o grupo Globo tem R$ 7 bilhões, e uma dívida de R$ 1,7 bilhão. O lucro bruto do grupo foi de R$ 5,7 bilhões e o resultado líquido foi de R$ 2,9 bilhões. Em janeiro fevereiro, a Globo distribuiu R$ 947 milhões em dividendos aos acionistas.
O resultado é significativo sobretudo se considerarmos que o mercado publicitário, que é a principal fonte de receitas da Globo, cresceu 6% em 2012, totalizando R$ 30 bilhões, dos quais R$ 20,8 bilhões foram para o segmento de TV (aberta e paga).
O balanço também destaca o desempenho de audiência da TV Globo, com 45% do share de televisores ligados em 2012 considerando-se o período das 7 da manhã à meia noite (em 2011 eram 46%) e 53% do share  considerando-se apenas o horário nobre, das 6 da tarde à meia noite (em 2011 era os mesmos 53%). esses dados, contudo, excluem a audiência de outros dispositivos ligados à TV, como DVDs, videogames e dispositivos de TV conectada.

Fontes de receita

Em termos de diferentes fontes de receita, o grupo Globo (que controla a Globosat e tem participações nos canais Telecine e NBC Universal) viu o segmento de conteúdo e programação crescer em relação à receita meramente com publicidade. Em 2011, o percentual de receitas proveniente da rubrica "conteúdos e programação" (que inclui os canais pagos e também as vendas internacionais e conteúdos vendidos pela Internet) representava 22% do total, e em 2012 esse percentual passou a 25%, o que significa R$ 3,2 bilhões. As receitas publicitárias (tanto na TV aberta quanto na TV paga e nos veículos impressos e de Internet) ainda representam quase R$ 9 bilhões do faturamento do grupo, ou 71% do total. Outras fontes de receita representam apenas 4% do total, ou pouco mais de R$ 533 milhões. O segmento de programação e conteúdo cresceu em receitas 34% no ano passado, contra 10% do crescimento de receitas com publicidade.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Opinião: Audiência da TV Globo está definhando


Por Altamiro Borges, publicado anteriormente no Blog do Miro

A jornalista Keila Jimenez, da coluna “Outro Canal” da Folha, publicou no dia 12/2 mais uma notícia que confirma a queda de audiência da TV Globo. A emissora perdeu 20% do seu público matinal em dois anos. O artigo deveria ser analisado com cuidado pela Secretaria de Comunicação (Secom) da presidenta Dilma, que continua garantindo milionários anúncios publicitários oficiais para a famiglia Marinho com base na chamada “mídia técnica”. A audiência definha, mas o governo ajuda a manter o faturamento das Organizações Globo.

Segundo Keila Jimenez, “em 2010, a média de audiência anual da TV Globo das 7h ao meio-dia foi de 8,2 pontos no Ibope. Cada ponto equivale a 62 mil domicílios na Grande SP. Em 2011, esse número caiu para 7,6 pontos. Em 2012, veio o tão esperado ‘Encontro com Fátima Bernardes’. Mas a grande aposta da emissora não estancou a queda de ibope pela manhã. A atração registrou menos audiência que os desenhos que a antecediam na faixa, e a Globo encerrou o ano com média de 6,6 pontos”.

Ainda segundo a jornalista, diante da persistente queda da audiência, a direção da Rede Globo pretende fazer novas mudanças na sua programação matinal – já que as implantadas em 2012 “não surtiram o efeito desejado. Pelo contrário, fizeram a rede perder público no horário”. Um em cada cinco telespectadores abandonou a programação matinal do canal. A nova reforma, porém, também pode dar zebra. Há uma acelerada queda de audiência da TV aberta no país, decorrente da sua péssima qualidade, do crescimento da tevê por assinatura e da chamada revolução da internet.

Outras emissoras também sentem os efeitos desta nova realidade, mas de forma menos dolorosa. Em 2010, por exemplo, a TV Record registrou uma média de 5,6 pontos no Ibope na faixa da manhã; em 2012, ela baixou para 5,4; já o SBT caiu de 4,5 para 4,3% pontos de média. Os telespectadores, principalmente os mais jovens, estão fugindo das telinhas. Segundo recente estudo do Ibope, o número de televisores ligados aos domingos na Grande São Paulo despencou de 46,3%, em 2002, para 41,5%, no ano passado.

No caso da TV Globo, a situação é ainda mais dramática. Ela perdeu quase metade da sua audiência aos domingos. “Em 2002, a média diária (das 7h à meia-noite) dos domingos na Globo foi de 20,3 pontos. Em 2011, esse índice caiu para 14,6 pontos. Em 2012, foi para 12,9 pontos”, relata Keila Jimenez em outra reportagem. Para o desespero da famiglia Marinho, a rival TV Record até que se saiu melhor. Em 2002, ela marcou 4,3 pontos aos domingos; subiu para 8,9 em 2009; e ficou em 7,3 pontos no ano passado. 

As opiniões aqui expressas são deresponsabilidade de seus autores]

sábado, 5 de janeiro de 2013

Por que o público foge da TV aberta?

Por Eduardo Guimarães, anteriormente publicado no Brasil 247 e no Blog da Cidadania
Conforme notícia divulgada pela Folha de São Paulo nesta semana, a Rede Globo fechou o ano passado com a pior audiência de sua história. Segundo dados do Ibope, em 2012 ela teve, em média, 14,7 pontos (cada ponto equivale a 60 mil domicílios).
A emissora ainda amarga o pior índice em seu principal programa jornalístico, o Jornal Nacional, que, ano passado, teve média de 28,1 pontos contra o pico de audiência, que ocorreu em 2006, de 36,4 pontos.
Todavia, é equivocada a percepção de muitos de que se trata de um problema isolado da Globo. Houve queda de audiência de todas as TVs abertas no ano que passou em relação a 2011.
Apesar de a Globo ter fechado 2012 com 14,7 pontos contra 16,3 em 2011, a Record teve 6,2 pontos contra 7, 2, o SBT 5,6 pontos contra 5,7, a Band 2,5 pontos contra 2,5 e a Rede TV! liderou a queda, tendo perdido 37% de sua audiência no ano passado, tendo cravado 0,9 pontos contra 1,4 em 2011.
E não foi só. O número de aparelhos ligados em televisões abertas caiu perto de 5%. O resultado negativo mais “vistoso”, claro, foi o da Globo, que, ao longo da última década, vem perdendo mais audiência do que as concorrentes, sobretudo devido ao avanço da Record e à forte perda de audiência do Jornal Nacional.
Sobre o ainda mais assistido telejornal do país, a perda de audiência acima da média  certamente se deve, em boa parte, à utilização do informativo como arma na incessante guerra da Globo contra o governo federal e o PT.
A cobertura do julgamento do mensalão, por exemplo, irritou profundamente até o público que não gosta do PT. Tentando influir a qualquer preço na eleição municipal do ano passado, sobretudo na de São Paulo, o núcleo de jornalismo da Globo, às vésperas do segundo turno, produziu um dos maiores absurdos que se viu na televisão brasileira.
Em 23 de outubro,  a uma semana do segundo turno, logo após o horário eleitoral gratuito, o Jornal Nacional levou ao ar uma matéria que teve duração só comparável às coberturas de grandes catástrofes como a de 11 de setembro de 2001 em Nova Iorque, nos Estados Unidos, quando terroristas derrubaram as Torres Gêmeas do World Trade Center
Dos 32 minutos de duração da edição do JN naquele dia, 18 minutos foram gastos com o julgamento. E o que é pior: não houvera absolutamente nada de especial, naquele dia. Assim, o telejornal se limitou a importunar o telespectador com “melhores momentos” do julgamento.
Aliás, o ineditismo do tempo gasto na reportagem foi de tal monta que virou até matéria de jornal no dia seguinte, na Folha de São Paulo, e ainda gerou representação da ONG Movimento dos Sem Mídia ao Ministério Público Eleitoral acusando a emissora de fazer uso político de uma concessão pública em período eleitoral, contrariando a legislação.
O julgamento do mensalão foi tão martelado por toda a programação da Globo que passou a ser comum ouvir pessoas comentando que não agüentavam mais o assunto. Contudo, a queda mais pronunciada de audiência da Globo e do JN se deve a um processo mais amplo.
Outras emissoras não se beneficiaram da queda de audiência da Globo porque também incorrem em manipulação de notícias, mas, acima de tudo, porque todas as emissoras abertas insistem em uma programação que qualificar de medíocre soa até benevolente.
O público que pode, foge para a televisão a cabo. Quem não pode, recorre à internet. Sobretudo para se informar.
Agora, por exemplo, está sendo anunciado que o Brasil voltará a ser assolado por nada mais, nada menos do que a DÉCIMA TERCEIRA edição do Big Brother Brasil, com bebedeiras, promiscuidade e mediocridade invadindo nossos domicílios.
Alternativa ao BBB? A Record apresenta algo ainda pior, uma cópia malfeita, mais brega, ainda que menos promíscua: o reality show A Fazenda.
Novelas? Apesar de Globo e Record, acima de todas, reunirem bons elencos, as tramas são sofríveis, repetitivas. As histórias são sempre as mesmas, com pequenas variações. Ainda que o público para essas porcarias ainda se mantenha, vem diminuindo percentualmente em relação ao conjunto da população.
O progressivo aumento do nível de escolarização e cultura do brasileiro vai provocando fuga de uma programação cuja produção chega a ser cara só para produzir lixo cultural em estado puro.
Para que se informar pelos telejornais se, pela internet, você fica sabendo antes das notícias e ainda pode ter acesso a diversos ângulos delas?
No Jornal Nacional, por exemplo, o espectador sofre tentativa de manipulação, com notícias distorcidas sob interesses políticos e econômicos e, em geral, não fica sabendo do outro lado da moeda.
Há cada vez mais gente, portanto, produzindo seus próprios informativos pela internet. Hoje você pode montar uma rede de sites e blogs nacionais e internacionais e se informar em muito maior profundidade.
Claro que ainda é restrito o contingente de pessoas que montam seu portfólio informativo com base em critérios mais racionais e via internet, mas esse contingente cresce de forma exponencial.
O que ocorre no Brasil é uma tendência mundial. Nos EUA, por exemplo, a televisão aberta tem baixa audiência, muito mais baixa do que no Brasil, percentualmente.
Agora, a cereja do bolo: nos próximos anos, as operadoras de telefonia deverão começar a produzir conteúdo para transmitirem via TV digital ou internet, inclusive em celulares. E sem uma regulação das comunicações eletrônicas, a Globo e congêneres estarão ferradas.
Explico: as teles vêm aí com arcas incontáveis de dinheiro para investir em conteúdo, com seus faturamentos dez vezes maiores do que das emissoras tradicionais, inclusive da Globo. Sem regulação do setor, até ela será engolida.
Talvez por conta disso vemos o governo Dilma impassível diante do clamor de setores da sociedade por uma “lei da mídia”, pois a tecnologia deverá levar Globo e companhia limitada a baterem na porta do governo pedindo regulação, por incrível que pareça.
Muitos – entre os quais me incluo – estão contrariados com a postura da presidente Dilma de renegar qualquer intenção de dar ao Brasil uma legislação moderna para esse setor tão crucial, até porque há medo de que os barões da mídia arranquem de um governo aparentemente acovardado uma regulação feita sob medida para os interesses deles.
Todavia, apesar de também ter essa preocupação, penso que a passividade do governo federal pode – apenas pode – ser uma estratégia para negociar em posição de força quando a própria família Marinho, entre outros, bater-lhe à porta pedindo uma “lei da mídia”.
A ver.