Das quatro posições satelitais brasileiras licitadas pelo governo, duas ficaram com a Embratel, controlada pelo capital mexicano, e duas pela norte-americana Hughes. Embora o Brasil não possua nenhum satélite de comunicações em mãos do Estado ou, pelo menos de empresas nacionais, nem mesmo a recém ressucitada Telebrás entrou na disputa. O setor estratégico das comunicações satelitais no Brasil, inclusive as de caráter militar, estão sob controle estrangeiro.
Empresa do grupo Embratel compra dois espaços para lançamentos de satélites
A Star One pagou R$ 37 milhões por cada espaço, com ágio de 837,7% sobre o preço mínimo estipulado pela Anatel, de R$ 3,9 milhões.
A Star One, subsidiária da Embratel, venceu hoje a disputa por duas posições orbitais para lançamento de satélites que foram leiloados pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). A empresa pagou R$ 37 milhões por cada espaço, com ágio de 837,7% sobre o preço mínimo estipulado pela Anatel, de R$ 3,9 milhões.
O primeiro e o quarto espaços foram arrematados pela empresa HNS Americas Comunicações, do Grupo Hughes. Na primeira posição, o preço vencedor foi por R$ 145,2 milhões, com ágio de 3.579,82% sobre o preço mínimo. Já para o quarto espaço a HNS Americas ofereceu R$ 35,2 milhões, com ágio de 792,58%. Depois de perder a primeira posição licitada, a empresa SKY do Brasil desistiu de participar da disputa.
Os quatro espaços licitados pela Anatel totalizaram R$ 254,4 milhões. As posições poderão ser exploradas por 15 anos e as empresas que vencerem a licitação poderão usar os satélites para oferecer serviços de telefonia, televisão, radiodifusão e transmissão de dados, inclusive na área rural. Os satélites deverão cobrir 100% do território nacional e dedicar parte da capacidade para atender o mercado brasileiro.
As outras empresas que apresentaram documentos para participar do leilão foram a Eutelsat do Brasil, a Hispamar Satélites, a Intelsat Brasil Serviços de Telecomunicações, a SES DTH do Brasil e a Star One. Uma mesma empresa poderá obter até dois dos quatro direitos licitados.
Segundo a Anatel, a licitação vai possibilitar o aumento da capacidade satelital brasileira para atender às atuais demandas no setor e àquelas antecipadas em função de grandes eventos, tais como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, entre outros projetos.
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