O Jornalista Davi Emerich é o novo diretor da secretaria de Comunicação Social do Senado Federal - SECS. Ele substitui a Fernando César Mesquita, que deixou o cargo com a mudança na presidência daquela Casa legislativa.
Davi Emerich, 57 anos, é jornalista concursado dos quadros do Senado Federal. Desde 2001, quando Jáder Barbalho esteve à frente do Senado Federal, a secretaria de Comunicação Social não era comandada por um jornalista dos quadros do Senado. O último foi Carlos Setti, que deixou as funções quando da posse de Ramez Tebet, que nomeou para o cargo o jornalista Mario Marona, egresso das Organizações Globo.
Paulista de Martinópolis, Davi Emerich é formado em Comunicação Social pela Universidade de Brasília. Tem mestrado em Comunicação, também pela UnB, onde focou sua pesquisa em "O Jornalismo Político das colunas de notas" .
Sua trajetória jornalística é marcada pela atuação no jornal Correio Braziliense e na assessoria de imprensa da Liderança do antigo Partido Comunista Brasileiro, hoje PPS. De 1983 a 86, foi secretário-geral do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Distrito Federal.
Na política, foi dirigente do Partido Comunista Brasileiro desde 1974. Gosta de ressaltar que foi amigo de Giocondo Dias, um dos líderes da Intentona Comunista em Natal, no ano de 1935. Chegou a se candidatar a deputado distrital para uma vaga na Câmara Legislativa de Brasília.
Movimento Estudantil
Ao Jornal Eletrônico, de Natal, Davi afirmou que fez parte da turma que reogranizou em Brasília o Partido Comunista. "Os antigos militantes foram presos ou tinham sumido do mapa. Começamos a trabalhar no recrutamento de novos adeptos. Foi quando trouxemos o João Maia (ex-secretário do governo Vilma de Faria, no RN) para o partido, o irmão do Agaciel Maia (potiguar ex-diretor-geral do Senado)."
Na década de 1970, Davi Emerich foi dirigente do movimento estudantil, com atuação na Universidade de Brasília, de onde foi expulso pelo Capitão de mar e Guerra, José Carlos Azevedo, então reitor da UnB.
É o próprio Emerich que relata a experiência.
"Em 1975 eu era representante estudantil. Tinham dois grupos básicos na UnB: Unidade, do qual eu fazia parte, e o Oficina. Esses dois grupos lançaram chapas para concorrer ao Diretório Universitário. Eu era candidato a presidente, e João Maia era meu vice, pelo grupo Unidade. Dos 22 departamentos da UnB, tínhamos vencido em 19 na eleição das representações estudantis, um mês antes da data prevista para a eleição do Departamento. A campanha foi se desenrolando violentamente contra o regime militar. Então o vice-reitor José Carlos Azevedo suspendeu as eleições e iniciou processos de expulsão de membros das duas chapas. Na época eu já tinha levado três suspensões. A primeira, de 30 dias. Antes de cumprir esse tempo, levei mais 60 dias de suspensão. E antes ainda de pagar a primeira, fui suspenso por mais 120 dias. Resultado: perdi o semestre. Em 1976 fomos expulsos: eu, João Maia e um outro companheiro, o Beto. Do lado do Oficina foram expulsos quatro."
No Senado Federal, ocupava a direção de Jornalismo, segundo cargo na hierarquia da SECS. Na TV Senado. dividia a bancada do programa Agenda Econômica, inicialmente com o jornalista Helival Rios (foto) e, mais recentemente, com Beto Almeida.
No Senado, a expectativa agora é pela definição das direções das mídias legislativas: Rádio, TV, Jornal e Agência Senado.
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