Um espaço para os campos da Informação e da Comunicação e sobre eles abrir um debate com os leitores. Análises, artigos, avisos, concursos, publicações... Aqui você encontrará de tudo um pouco. Os textos poderão ser em português, espanhol, inglês ou francês.
sexta-feira, 1 de abril de 2016
[Opinião] Jornalismo Ambiental: entre a lama de Mariana e a lama da Política Nacional
quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Análise das mídias: imprensa ignora o desmatamento na Amazônia, em janeiro

quinta-feira, 29 de maio de 2014
EcoSenado melhor reportagem cinematográfica no 6º Prêmio Sebrae de Jornalismo
domingo, 27 de janeiro de 2013
Ministério do Meio-ambiente seleciona jornalista para contrato temporário
O selecionado atuará junto a secretaria de Biodiversidade e Florestas, no âmbito do programa a Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa).
O consultor deverá apresentar as seguintes qualificações:
• Formação na área de Jornalismo, Publicidade e propaganda ou áreas afins.
• Experiência comprovada na área de comunicação
• Experiência comprovada em criação e elaboração de material informativo
• Nível avançado em Inglês e Espanhol
Serão quatro as linhas deatuação do selecionado:
- Elaboração e implementação da Estratégia de Comunicação do Arpa
Estabelecer um mecanismo de comunicação para definir a abordagem que o Arpa terá frente ao públicoalvo (gestores, doadores, comunidade acadêmica, etc). Para o alcance desta ação será contratado um
consultor especialista no tema. O GT é responsável pela aprovação do produto e apoiará sua
implementação. A UCP é responsável pela gestão da implementação da estratégia.
- Manutenção do website do Arpa
Estabelecer um mecanismo de comunicaçãopara definir a abordagem que o Arpa terá frente ao públicoalvo (gestores, doadores, comunidade acadêmica, etc). O GT é responsável pela aprovação do produto
eapoiará sua implementação.
- Elaboração e produção de material informativo e promocional
Compreende a criação e elaboração de material para divulgação institucional do Arpa, tais como
folderinstitucional , material de escritório, pendrive e material parareuniões e encontros em geral que
sejam organizados e apoiados pelo Programa. Esta atividade será feita pelo consultor que elaborará a
estratégia de comunicação e seus produtos serão aprovados pela UCP
- Publicação dos Cadernos Arpa e Revista Arpa
A meta é a elaboração de um Caderno Arpa por ano, e uma Revista Arpa a cada dois anos. Estas
publicações serão produzidas com a contribuição de gestores das UCs e demais atores interessados em
divulgar seus trabalhos. O GT é responsável por apoiar a UCP na análisee aprovação dos artigos.
Os candidatos devem enviar os currículos e o valor proposto para a consultoria para daline.pereira@mma.gov.br, até o dia 31 de janeiro de 2013.
domingo, 3 de junho de 2012
"Jornalismo em Debate" analisa a mídia e a informação sobre meio ambiente e sustentabilidade
sexta-feira, 20 de abril de 2012
Bolsas para jornalistas cobrirem a Rio + 20
segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Rádio Senado transmite na web programa sobre plantas comestíveis
Jacatupé, mangarito, cubiu, jambu, ora-pro-nobis, peixinho, serralha, araruta, taioba, beldroega, capiçoba e bertalha são exemplos de plantas comestíveis de uso tradicional do povo brasileiro, mas que hoje estão esquecidas, algumas ameaçadas de extinção ou simplesmente são desconhecidas e consideradas mato ou planta daninha, sem nenhum valor ou que precisem ser exterminadas.
Mas está surgindo um movimento de resgate e de divulgação do cultivo e do consumo dessas hortaliças tradicionais. Um desses trabalhos está sendo desenvolvido pela Embrapa Hortaliças.
O Sintonia ambiental dessa semana entrevista o pesquisador da Embrapa Hortaliças Nuno Rodrigo Madeira. Ele está à frente de um projeto de resgate e disseminação das plantas comestíveis tradicionais do povo brasileiro.
Os objetivos são: ampliar a variedade de alimentos disponíveis na mesa da população, retirar da ameaça de extinção plantas tradicionais do Brasil e abrir novas oportunidades de produção e de geração de renda para os agricultores familiares.
O programa radiofônico Sintonia Ambiental é produzido pela Coordenação em Ondas Curtas da Rádio Senado. Atualmente, em função da não renovação do contrato de utilização dos equipamentos de transmissão entre o Senado Federal e a EBC - Empresa Brasileira de Comunicação, a Rádio Senado Ondas Curtas está fora do ar. No entanto, Sintonia Ambiental continua sendo disponibilizado na internet no endereço eletrônico www.senado.gov.br/radio Seguem os links dos áudios.
sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Jornalista que denuncia irregularidades em Belo Monte é ameaçado de morte

Em depoimento ao MPF, o jornalista Ruy Sposati disse que foi ameaçado de morte, ontem (12), por dois homens que estavam em uma caminhonete enquanto ele acompanhava um grupo de trabalhadores demitidos da obra.
No depoimento, o jornalista assinalou que a camionete prateada, de placas JUV-2118, de onde saiu o homem que fez as ameaças, foi identificada posteriormente como de propriedade da PM.
O Ministério Público Federal (MPF) em Altamira (PA) afirmou que vai pedir a investigação de uma denúncia de ameaça de morte sofrida por um jornalista do Movimento Xingu Vivo para Sempre, que reúne organizações sociais contrárias à construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu.
sexta-feira, 25 de novembro de 2011
Disputa política domina noticiário sobre o novo Código Florestal
Na reta final da tramitação do projeto de lei do novo Código no Senado Federal, pesquisa da Agência de Notícias dos Direitos da Infância - ANDI mostra que a mídia nem sempre consegue colocar em pauta aspectos técnicos e científico.
Veja abaixo as principáis conclusões das análises. O documento completo pode ser lido aqui.
- Fatores de ordem política e partidária foram o tema principal em 60% dos textos analisados na pesquisa Reforma do Código Florestal na Imprensa Brasileira, que avaliou a cobertura de 17 jornais diários das diversas regiões do país sobre a tramitação da reforma do Código Florestal na Câmara dos Deputados.
- As articulações do relator do projeto, deputado Aldo Rebelo, as divisões na base aliada e as dificuldades do Governo Federal em posicionar-se de forma clara frente às propostas do novo Código, ocuparam grande espaço nas páginas dos jornais.
- Em muitos momentos, estas questões deixaram em segundo plano a discussão da política ambiental e a centralidade do Código para que o Brasil possa avançar da teoria à prática em relação a um modelo sustentável de desenvolvimento.
- Quando abordou os temas técnicos, a imprensa soube destacar os pontos críticos: nada menos de 67,8% dos cientistas ouvidos nas matérias analisadas pela ANDI manifestavam posição contrária ao texto apresentado por Aldo Rebelo.
§ Outros aspectos positivos da cobertura: 52,4% dos textos ouviram mais de uma fonte e, dentre estes, 45% apresentaram opiniões divergentes – dados fundamentais para o debate polarizado entre “ruralistas” e “ambientalistas”.
A reflexão sobre os méritos e limites da cobertura jornalística pode oferecer contribuições relevantes para o aprimoramento da informação recebida pela população e para os próprios parlamentares – em especial num momento decisivo para os destinos do país, quando o texto do relator Jorge Viana está sendo votado no Senado Federal, para em seguida ser levado de volta à Câmara e à sanção da presidente Dilma Rousseff.
Na visão da ANDI, que contou com o apoio da Aliança para o Clima e Uso da Terra (CLUA) para a realização da análise de mídia, o Código Florestal é uma das pautas mais importantes deste início de século: “A maneira como o Brasil decidirá tratar suas florestas e demais recursos naturais vai fazer diferença não só para nossa população, mas para o futuro de todo o planeta e está intimamente ligada com outras agendas de especial relevância para a sustentabilidade, como as mudanças climáticas e a realização da Conferência Rio+20”, acredita Veet Vivarta, Secretário-Executivo da ANDI.
SOBRE A ANÁLISE
Para uma melhor compreensão do comportamento da imprensa em relação ao tema, o período monitorado foi divido em três etapas:
- Pré-votação (01 de abril a 02 de maio) – discussões do relatório do deputado Aldo Rebelo ao Projeto de Lei 1876/1999 (Novo Código Florestal), antes da aprovação da tramitação em regime de urgência na Câmara Federal.
- Votação (03 de maio a 26 de maio) – fase que vai da aprovação da alteração do regime de tramitação do Projeto de Lei 1876/1999 (passa à apreciação em caráter da urgência) até dois dias após a sua votação pelo Plenário da Câmara.
- Pós-votação (27 de maio a 15 de junho) – período de debates posterior à aprovação do texto na Câmara.
- O questionário de análise foi desenvolvido pela equipe da ANDI, com apoio de um grupo de especialistas nos temas centrais do Código Florestal.
- O universo de pesquisa envolveu 973 textos com foco no projeto de lei do Código Florestal, encontrados nos seguintes jornais:
- Diários de abrangência nacional: O Globo/RJ, Correio Braziliense/DF, O Estado de S. Paulo/SP, Folha de S. Paulo/SP, Valor Econômico/SP.
- Diários de abrangência regional: O Rio Branco/AC, A Crítica/AM, O Liberal/PA, Diário de Natal/RN, Diário de Pernambuco/PE, O Povo/CE, Correio do Estado/MS, Diário de Cuiabá/MT, A Gazeta/ES, Estado de Minas/MG, Gazeta do Povo/PR, Zero Hora/RS.
terça-feira, 22 de novembro de 2011
Opinião: Brasil, Chevron, mídia e a mancha da vergonha

Na quinta (17), com a entrada da Polícia Federal no assunto, o escândalo do vazamento de petróleo começa, ainda que timidamente, a aparecer. E, com ele, as dimensões da mancha de vergonha que cobre a grande imprensa brasileira.
Na Folha, já se fala até que a PF apura até a presença de autoridades americanas na plataforma sem comunicação oficial ao Brasil.
Seria isso o que a grande imprensa, segunda-feira, publicava como “para enfrentar o problema, repetindo os releases da companhia?" Se o distinto leitor procurar na internet, até este momento, não verá nenhum nome de pessoa ligada à Chevron dando qualquer explicação, apenas transcrições dos releases da empresa.
Aliás, para não ser injusto, verá apenas a assessora de imprensa, na quinta-feira passada, dizendo que o desastre era “natural” e, no mesmo dia, uma vaga menção à Sra. Patrícia Pradal, diretora de relações do governos da empresa, a mesma que foi apontada pelo Wikileaks como interlocutora de José Serra.
Não é possível que um simples blog como este, durante cinco dias, tenha podido ter mais informações que toda a grande imprensa, inclusive as imagens da mancha de óleo que só hoje foram publicadas pela Folha.
E, assim mesmo, registrando que a Chevron disse à ANP que a mancha tinha 24 km de extensão, quando na própria reprodução do jornal fica evidente que ela tem mais de 100 km de comprimento e largura variável. Detalhe: a foto é do dia 13, quando as condições atmosféricas ainda permitiam que o mar fosse visto sem nuvens o cobrindo. Ou seja, a simples imagem desmente a versão da petroleira e ninguém é chamado às falas para explicar.
Ainda assim, muito bom que a Folha a tenha publicado.
Em nome do interesse público é vital que tenham começado a aparecer as verdadeiras dimensões do desastre.
Mas, com ela, também vai se revelando a imensa mancha de vergonha que cobre o comportamento da mídia brasileira neste processo.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
Festicineamazônia: TV Senado é semifinalista com dois programas Ecosenado
Dos nove trabalhos pré-selecionados na categoria Vídeo reportagem ambiental, dois são da série Ecosenado, produzidos por César Mender e André Luiz Rego, da TV Senado.
São Eles: Chapada dos Guimarães, direção de César Mendes, e Ecosenado - programa 100, direção de César Mendes e André Luiz Rego. (Para ver os programas, basta clicar sobre os títulos)
Um Juri Técnico especialmente para a fase seletiva escolheu entre as 400 produções inscritas. O Júri foi composto por três profissionais com vasto conhecimento e experiência em cinema. Entre os integrantes: Bete Bullara, formada em cinema pela Universidade Federal Fluminense, jornalista e fotógrafa, e faz parte da equipe do CINEDUC desde 1975; o jornalista e documentarista Zola Xavier, nascido em Rondônia com atuação no Rio de Janeiro, Produtor e Roteirista do documentário Caçambada Cutuba – A história que Rondônia não escreveu; e, Ira Maciel, Doutora em Psicologia Escolar e Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo, pesquisadora e consultora na área de Educação, Cultura, Tecnologia da Informação, foi Professora Adjunta da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, fundadora do Programa Cidadania e Direitos Humanos da UERJ, com diversos projetos que tecem a relação educação, cidadania e autonomia.Na etapa de seleção, o corpo de jurado foi soberano nas decisões com liberdade para definir as produções que mais contextualizam com a temática do Festcineamazônia. Por ser um evento internacional, além de filmes brasileiros, foram selecionadas produções da Argentina, Peru, Cuba e Grécia.
O Festcineamazônia® tem o patrocínio da Oi, Governo Federal, Ministério da Cultura através da Lei Rouanet, Secretaria do Audiovisual, apoio cultural Oi Futuro, Funarte, CTAv, Secretaria Municipal de Educação de Porto Velho – SEMED, Governo de Rondônia através da SECEL.
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Programa EcoSenado é finalista do Prêmio Sebrae de Jornalismo 2011
O tema é um projeto desenvolvido por técnicos do INPA para levar alternativas de renda ao pequeno produtor rural assentado pelo INCRA na Amazônia, substituindo outras formas de exploração da terra que provocam danos à floresta.
Para ver o programa, clique aqui.
terça-feira, 22 de março de 2011
Cinema: XIII FICA aberta as inscrições

O XIII FICA – Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, que acontece entre os dias 14 e 19 de junho na Cidade de Goiás – Goiás, está com inscrições abertas no site www.fica.art.br.
Longas, médias, curtas metragens e séries de televisão com temática ambiental, produzidos a partir de janeiro de 2009, nas bitolas 16mm e 35mm e em vídeo de todos os formatos, podem se inscrever até o dia 31 de março.
Este ano, além das premiações habituais, que totalizam R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais), o FICA irá conceder o premio de melhor filme eleito pelo júri popular no valor de R$10.000,00 (dez mil reais). Outra novidade do evento é a consolidação da mostra não competitiva FICA ANIMADO como um panorama de animações voltadas para o meio-ambiente com atividades direcionadas para o público infanto-juvenil.
Para mais informações, acesse o regulamento aqui ou pelo e-mail:
prodnacional@fica.art.br
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
TV INESC produz programas quinzenais sobre agendas no parlamento e temas de interesse da sociedade civil.
Por esse motivo, a TV INESC traz neste programa algumas importantes questões referentes ao Belo Monte e seus impactos ambientais.
Clique aqui para assistir.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
1° Encontro Interdisciplinar de Comunicação Ambiental acontece em Sergipe
A conferência de abertura, no dia 13 de abril, será proferida pelo geógrafo Carlos Walter Porto-Gonçalves, pesquisador-doutor do Conselho Latinoamericano de Ciências Sociais (CLACSO), professor da Universidade Federal Fluminense (UFF) e autor de “A globalização da natureza e a natureza da globalização”, pelo qual recebeu o Prêmio Casa de Las Américas (Cuba), em 2008.
No segundo dia, o evento reunirá, em quatro mesas-redondas, 14 especialistas de diferentes áreas de conhecimento vinculados a instituições dos quatro cantos do país, que debaterão temas críticos como:
- Comunicação ambiental de risco: a questão do petróleo;
- Percepções e imagens do meio ambiente na mídia;
- Discursos sobre o desenvolvimento sustentável;
- Ambientalismo, consumismo e marketing verde.
O terceiro e último dia será dedicado à apresentação dos trabalhos selecionados por um conselho científico formado por pesquisadores de todas as regiões do país. Além da comunicação oral de artigos científicos, haverá apresentação de relatos de experiências relacionadas a informação e comunicação ambientais, bem como a demonstração digital de pôsteres (normalmente elaborados em papel), tanto para resultados de pesquisas quanto para resumo de experiências.
Mais detalhes no blog do LICA: http://licaufs.blogspot.com/
sábado, 22 de janeiro de 2011
Mídia das Fontes: Camargo Corrêa lança rádio web
O grupo Camargo Corrêa lança, no sábado 22, uma rádio web com programação voltada para a difusão de temas e conhecimento relacionados à sustentabilidade. A estreia da rádio Planeta Sustentável acontece durante o evento Planeta no Parque, realizado em parceria com a Editora Abril, no Parque do Ibirapuera, em São Paulo.
"Sustentabilidade tem a ver com formação de consciência e a rádio é um instrumento adequado e agradável para isso", diz a diretora de sustentabilidade da Camargo Corrêa, Carla Duprat.
Um estúdio será montado no local do evento, que termina na terça-feira 25. Os participantes poderão acompanhar a produção da programação, que ficará a cargo de uma equipe da Alpha FM e poderá ser acompanhada no local do evento, pelo site da Camargo Corrêa e, entre as 10hs e 12hs, pela Rádio Alpha Fm (101,7 Mhz).
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Opinião: Jornalismo e catástrofe
“Espero /que a natureza/faça voce mudar de opinião”
Samba de Ademir e Casquinha
Se é verdade que terremotos não são evitáveis , também é verdade que a humanidade já possui a capacidade científica para prever e indicar com precisão quais as áreas onde ocorrerão. Exemplo disso, é que o geólogo Patrick Charles, do Instituto de Geologia de Havana e o sismólogo John Bellini, do Instituto de Sismologia dos EUA, na Conferência Internacional de Geoologia do Caribe, em 2008, previram a inevitável ocorrência de um terremoto de grandes proporções na cidade de Porto-Príncipe, embora não fosse possível definir a data.
O que foi feito com as previsões e os alertas destes cientistas? Foram levadas a sério? É verdade que o Haiti está vitimado por um verdadeiro terremoto social há décadas, causado pelo colonialismo que transformou a primeira República das Américas e o primeiro país a abolir a escravidão num poço de miséria . Poço construído por ações políticas e econômicas concretas, não pelas forças da natureza. Por exemplo, a França, ex-colonizadora do Haiti, cobrou uma dívida dos haitianos, sob ameaça de intervenção armada, equivalente ao que hoje seria a quantia de 20 bilhões de dólares! Os EUA apoiaram todas as ditaduras mais sanguinárias que aquele país teve que suportar, como a da criminosa dinastia Duvalier que, ao ser derrotada pela luta do povo haitiano, fugiu com sua fortuna para os bancos da Suíça. E tem gente que quer apontar a Suíça como país exemplo de civilização, quando é um grande cúmplice dos maiores roubos e crimes praticados contra a humanidade.
Jogo da mentira e do disfarce
As tragédias nos morros se repetem ano a ano a cada chuva intensa evidenciando a falta de políticas públicas para coordenar as ocupações urbanas de acordo com o critério científico e educativo. Prevalecem os interesses do lucro sobre os da sociedade que se vê destituida de informações, de segurança e de valores seguros para promover a cidadania. Tudo que falta no jornalismo que se esmera na construção das catástrofes e não nas explicações das suas razões profundas.
O jornalismo tem diante de si o desafio de ir mais além do que a simples constatação e exploração sensacionalista e mesquinha das tragédias humanas. Os administradores públicos são em muitos casos os grandes culpados por estas perdas de vidas. Acaso não sabemos que em 2007 já havia a determinação de autoridades competentes para a demolição daquela Pousada Sankai, em Angra dos Reis, por estar em área de risco? O governador do Rio de Janeiro chegou a baixar decreto flexibilizando e facilitando a ocupação de encostas na região, quando deveria agir no sentido contrário.
Da mesma forma, vale relacionar que os moradores do Morro da Carioca, também em Angra, ocuparam aquela área imprópria para a habitação quando houve a privatização e demolição da indústria naval no início dos anos 90. Desempregados dos estaleiros os trabalhadores subiram os morros porque não tinham outro lugar para morar e viver, e foi ali que viram muitos de seus entes queridos perder a vida. Não é tudo isto perfeitamente evitável??? Claro que sim ! Se as autoridades de São Paulo não investem na retirada dos entulhos da calha do Tietê – e política pública negligente deveria acarretar responsabilidade criminal - torna-se perfeitamente previsível que enchentes ocorrerão, provavelmente seguidas de morte e destruição. Que não se culpe a natureza se os responsáveis pelas políticas públicas não se organizam para a prevenção, para a adaptação das cidades, para políticas habitacionais capazes de dar dignidade, conforto e segurança á população.
Por último vale lembrar que cientistas russos detectaram que em 2036 o asteróide gigante Apophis irá chocar-se com a Terra, sendo previsível grande destruição dada a magnitude do astro. Pois já estão desenvolvendo tecnologias para alterar a trajetória do asteróide de modo a evitar o choque. Em Cuba, furacões são previstos e com o uso intenso e inteligente dos meios de comunicação, a mobilização dos sindicatos e organizações sociais, chega-se a deslocar até 10 por cento da população cubana em poucas horas, reduzindo radicalmente as perdas de vidas ante as gigantescas tempestades naturais. É a força da consciência e da organização sociais ante a natureza.
A ocupação dos grandes centros urbancos, obedecendo sempre o interesse econômico, voltado para a agressividade contra a natureza , cria as bases das catástrofes, mas, quando estas chegam, os verdadeiros culpados não são apontados, mas dissimulados em forma de desvios estratégicos decorrentes das explicações falsas para descrever os acontecimentos. Fazer confusão e alienação é o resultado prático do jornalismo de catástrofe sob um sistema que elimina a qualidade de vida.
No entanto, este mesmo furacão que passou por Cuba, também passou pelo Haiti e pela Guatemala em 2008, causou centenas e centenas de mortes em cada um destes países. É a diferença das políticas públicas praticadas. Da mesma forma, quando o furacão Katrina chegou a Nova Orleans, mesmo tendo sido previsto com boa antecipação, nenhuma política pública preventiva foi adotada pelo governo do sinistro George Bush , mesmo com todos os recursos materiais e tecnológicos que o país mais rico do mundo possui . Resultado: centenas e centenas de vidas se perderam injustificadamente por falta de prevenção do governo dos EUA que, no entanto, não reluta em gastar bilhões de dólares em operações militares em qualquer parte do mundo onde possa estar.
O que foi feito com a previsão dos geólogos Patrick Charles e John Bellini que haviam afirmado: os moradores de Porto Príncipe deverão se preparar para um inevitável terremoto de largas proporções? Os EUA que agora ocupam militarmente o Haiti, antes tinham cortado toda a ajuda humanitária ao país. A França também. O que não poderia ter sido feito com apenas uma fatia de recursos esterilizados no inútil salvamento de bancos que estão seguindo a mesma política financista especulativa irresponsável se este dinheiro tivesse sido utilizado para o deslocamento preventivo da população da capital haitiana, para a construção de novos núcleos habitacionais com técnicas apropriadas para resistir terremotos?
Em muitos países usam-se estruturas de bambu para a construção já que por sua flexibilidade adaptam-se aos tremores de terra e a eles resistem.
Por que os avisos dos cientistas não foram ouvidos? Por que a mídia não deu o mesmo destaque a este aviso como deu à morte de um pop star?
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Opinião: O poder da mídia em uma ordem cambaleante
A cultura de massa que temos está umbilicalmente conectada com a pauta apresentada instante a instante em algum dos veículos de comunicação em massa. Nada lhe escapa e, por isso mesmo, enorme é sua responsabilidade na criação da geração-consumo que temos "em nós" e também "diante de nós". Tendo como cenário as mudanças climáticas, a degradação ambiental e os extremos corrosivos da riqueza e da pobreza, a transformação de uma cultura de consumismo irrestrito para uma cultura de sustentabilidade ganhou força em grande parte graças aos esforços das organizações da sociedade civil e agências governamentais no mundo inteiro. A par com essas forças, e mesmo permeando-as, temos o poder de influência e onipresença da mídia.
Existem situações-limite em que não é lícito ser espectador de espetáculo nefasto que nós mesmos produzimos. Alardear a desgraceira toda, desnudar os mecanismos de poder envolvidos no debate para se criar políticas públicas de alcance mundial e, acima de tudo, alertar que o futuro é hoje, são tarefas que os meios de comunicação não podem e não têm a quem delegar.
O estágio de "aldeamento"
Além das políticas de informação e tecnologias "verdes", a transformação que precisamos realizar vai exigir um exame sério da nossa compreensão acerca da natureza humana e dos "esquemas culturais" seguidos por instituições do governo, por empresários da área de educação e dos meios de comunicação ao redor do mundo. Perguntas sobre o que é natural precisam ser reexaminadas criticamente. A questão do consumo e da produção sustentável deverá ser considerada no contexto mais amplo de uma ordem social cambaleante que se caracteriza pela competição, violência, conflito e insegurança da qual ela própria é parte.
Os meios de comunicação poderiam considerar promover tais mudanças visando a um consumo e produção sustentáveis, algo que implicitamente nos levará a desafiar normas e valores culturais que têm promovido o consumismo a todo o custo. Concepções subjacentes deverão ser examinadas. Estas questões incluem concepções da natureza humana, do desenvolvimento (e da natureza do progresso e da prosperidade); das causas das recentes crises econômicas, dos processos de desenvolvimento tecnológico, dos meios e dos fins dos processos educativos. Uma tarefa gigantesca? Sim, mas não maior que o poder de mobilização e influência que os meios de comunicação em massa detêm, na medida em que o planeta chegou ao estágio atual de "aldeamento", ou seja, o planeta mostrou ser pequeno, ao alcance de uns poucos cliques na internet, ao alcance de imagens replicadas por satélites estrategicamente localizados.
Tempo de avançar
O alargamento das fronteiras da informação alargou também nossas visões do mundo e vestiu velhas palavras com novos e desafiados significados. A palavra "estrangeiro", quando utilizada nos anos 1950 – portanto, há bem pouco tempo –, trazia consigo sentidos de reserva, suspeita, medo e tudo porque nossos sentidos não estavam acostumados a ver nossos semelhantes residentes em outros continentes com aquelas nossas características humanas, plausíveis, reais. Hoje, a palavra "estrangeiro" perdeu as garras, depôs pretensos tentáculos venenosos e assim do nada deixou de nos causar emoções negativas. "Estrangeiro" passa a ser apenas mais uma palavra desdentada que não mais aponta para os demais como nossos dessemelhantes. E não ouviremos mais nos telejornais que tal evento "aconteceu no estrangeiro". É tudo Terra, é tudo azul, é tudo aquele pálido ponto azul perdido na imensidão do espaço. Há décadas "no estrangeiro" deixou de compor manchete em jornais. Isso se deu graças ao avanço dos meios de comunicação.
Estará a mídia, a grande mídia, preparada para promover novos conceitos de cidadania mundial, de paz internacional, de apreço e defesa dos nossos esgotáveis recursos naturais? Estarão os profissionais da comunicação desarmados o suficiente para municiar o inevitável debate sobre temas que afetam a todos, como a segurança mundial, os meios para a produção de melhores condições de vida a populações historicamente massacradas, massas anônimas da humanidade que somente entram no futuro pela porta dos fundos?
É vital que os meios de comunicação revejam sua missão, seus objetivos e se pautem por cima. Que não vejam apenas os dias que correm, mas que lancem o olhar sobre os próximos 20, 30, 50 anos. É tempo de aprendermos uns com os outros, de expressarmos perspectivas e experiências e avançarmos coletivamente rumo à construção de uma sociedade justa e sustentável. Isso tudo transcende esquerda e direita. Isso tudo abomina a partidarização política dos meios de comunicação.
Contradição paralisante
A questão da natureza humana tem um lugar importante no discurso sobre o consumo e produção sustentáveis, uma vez que nos leva a reexaminar, em níveis mais profundos, quem somos e qual nosso propósito na vida. A experiência humana é essencialmente de natureza espiritual: ela está enraizada na realidade interna, ou o que alguns chamam de "alma", que todos nós partilhamos em comum. A cultura do consumismo, no entanto, tende a reduzir os seres humanos a meros concorrentes, em consumidores insaciáveis de mercadorias e objetos freneticamente alvos de manipulação do mercado.
É comum aceitarmos como se certa fosse a noção de que deparamos com um conflito insolúvel entre o que as pessoas realmente querem (ou seja, para consumir mais) e o que a humanidade precisa (ou seja, um acesso equitativo aos recursos).
Como, então, poderemos resolver a contradição paralisante que, por um lado, desejamos um mundo de paz e prosperidade, enquanto, por outro lado, grande parte da teoria econômica e psicológica retrata seres humanos como meros escravos de seus desejos egoísticos?
"Sonhos impossíveis" (Para ler o restante deste artigo, clique aqui)
As opiniões aqui postadas são de responsabilidade de seus autores
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
TV Senado: programa EcoSenado chega à 100ª edição
A idéia do programa EcoSenado surgiu em meados de 2005. No segundo semestre daquele ano começamos as gravações, em Brasília mesmo, inicialmente de um programa piloto sobre 'Permacultura'. Logo em seguida, em outubro do mesmo ano, fizemos a primeira viagem do programa. O destino foi o Ceará, onde gravamos os primeiros 4 programas realizados fora de Brasília
Em fevereiro de 2006 o EcoSenado começou a ser veiculado na TV Senado. Seguimos o ano de 2006 com programas gravados no Paraná, em Goiás e no próprio DF.
No início de 2007, em virtude de um programa de contenção de despesas implantado no Senado a pedido da presidência da Casa, fomos informados pela Direção da TV de que não seria mais possível solicitar viagens especificamente destinadas aos programas da TV Senado, o que iria praticamente inviabilizar a idéia de manter o caráter nacional do EcoSenado. Era justamente o momento da divulgação, em todo o mundo, da série de relatórios do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, o IPCC, que teve grande repercussão e que, inclusive, provocou a criação, no Congresso Nacional, de uma Comissão Mista para estudar o assunto.
Como essa comissão programou audiências públicas em diversas capitais do país, conseguimos manter o caráter nacional do EcoSenado 'atrelando' nossas viagens à cobertura das audiências públicas da CMMC. Dessa forma, em 2007 realizamos programas no Amazonas, no Pará, no Mato Grosso do Sul, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Ceará além dos programas realizados no DF.
E descobrimos uma fórmula de "sustentabilidade" do programa no sentido econômico e também no sentido ecológico do termo, já que passamos a realizar programas fora de Brasília apenas em função de coberturas de atividades do próprio Senado, função primordial da TV Senado. Significa dizer que deixamos de criar demandas de deslocamentos aéreos específicos para o programa, deixando assim de provocar por nossa própria conta situações geradoras de emissão de CO 2 - vale destacar que o transporte aéreo é justamente uma das maiores fontes de emissão de gases que contribuem para o efeito estufa.
Em 2008 e 2009, ampliamos nossas perspectivas de gravação de programas fora de Brasília com diversos convênios. Dessa forma, viajamos à Bahia a convite da Petrobrás (projeto Tamar), viajamos a Rondônia a convite do Serviço Florestal Brasileiro (Concessão de Florestas Públicas), viajamos ao Maranhão e Piauí a convite da Secretaria de Extrativismo do MMA (Construção Sustentável) e viajamos a Foz do Iguaçu a convite de Itaipú Binacional (Programa Cultivando Água Boa).
Em 2010, também passamos a incluir a equipe do EcoSenado em coberturas de audiências públicas de outras Comissões do Senado, em virtude do término da sequência de audiências públicas da CMMC. Dessa forma, gravamos programas fora de Brasília em viagens de cobertura de reuniões das Comissões de Juristas que discutiram o anteprojeto do novo Código de Processo Civil e o anteprojeto do novo Código Eleitoral Brasileiro.
Ao mesmo tempo, incrementamos a realização de programas no Distrito Federal, onde pudemos mostrar as mais importantes áreas de preservação do Cerrado existentes na região (Parque Nacional de Brasília, Jardim Botânico de Brasília e Estação Ecológica Águas Emendadas), além de diversas iniciativas importantes para a preservação do Cerrado e a promoção do desenvolvimento sustentável.
Por exemplo, o programa que gravamos no Campo Escola de Logística de Subsistência, o CELOGS, situado na Universidade Católica de Brasília, que trabalha intesamente na a difusão das 'Tecnologias Sociais'. Este programa, disponível na página da TV (para ver clique aqui), é o campeão de acessos pela internet da série EcoSenado este ano, com 1814 acessos e 313 cópias.
Chegamos assim à significativa marca de 23 programas produzidos e exibidos em 2010 e de 100 programas realizados neste cinco anos de vida do EcoSenado. Já temos programas em andamento sobre a preservação da Chapada dos Guimarães (MT), o EcoParque de Belém (PA), o assoreamento do Lago Paranoá (DF), sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, sobre a matriz energética da Amazônia Ocidental Brasileira e temos um convite para gravação, no final de fevereiro do ano que vem, de um programa sobre o projeto 'Quelônios do Uatumã', desenvolvido como ação de compensação ambiental pela Manaus Energia, empresa concessionária de energia elétrica no estado do Amazonas.
Veja aqui os Ecosenados
sábado, 26 de junho de 2010
Relações públicas da BP assumem papel de repórteres na cobertura do Golfo do México
A British Petroleum (BP) recrutou funcionários de relações públicas para cobrir o vazamento de petróleo no Golfo, assumindo a função de jornalistas, informou o jornal The Huffington Post. As matérias produzidas pelos profissionais de RP, incluindo uma que cita um pescador dizendo que "não há nenhuma razão para odiar a BP," estão sendo produzidas para a "Planet BP", uma revista interna da companhia, relatou o Wall Street Journal. A notícia surge depois que jornalistas reclamaram da falta de acesso aos locais de vazamento de petróleo no Golfo.