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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Estudantes de comunicação escrevem pior do que os colegas de ciências exatas

Por Izabela Vasconcelos

Uma pesquisa indicou que os estudantes de Comunicação Social têm pior
desempenho na escrita do que os universitários da área de exatas, como
Engenharia, por exemplo. No estudo, os engenheiros obtiveram a melhor
avaliação e 87,5% conseguiram passar nos testes. Na outra ponta estão
os alunos de Comunicação, 65,3% deles foram reprovados. A pesquisa foi
conduzida pelo Núcleo Brasileiro de Estágios (Nube), centro de
recrutamento e seleção de estagiários.

O teste foi feito entre 1 de janeiro e 31 de agosto de 2011 e dez mil
candidatos a vagas de estágio realizaram um ditado de 30 palavras, que
permitia até seis erros. Dentre as palavras avaliadas estavam:
desajeitado, autorizar, exceção, seiscentos e anexo.

Para a coordenadora de Recrutamento e Seleção do Nube, Natália
Caroline Varga, a constatação surpreendente é o retrato da falta de
candidatos qualificados para as carreiras que elegeram. “Isso nos
mostra um pouco como está o mercado: temos muitos candidatos, mas
poucos qualificados para algumas áreas”, explica.

Segundo ela, muitos estudantes ainda não têm noção da área que
escolheram e não investem na leitura e escrita. “Muitos escolhem a
profissão sem ter noção do que acontece no dia-a-dia. Alguns escolhem
Jornalismo achando que vão apenas aparecer na TV e não fazer vários
tipos de matérias diferentes, como acontece”.

Natália também acredita que os estudantes se preocupam com outros
idiomas e cursos, mas esquecem da própria língua. Por outro lado,
gastam muito tempo com entretenimento. “Os estudantes passam horas nas
redes sociais, o que não ajuda na melhora do Português. Também falta
incentivo à leitura nas escolas e nas próprias universidades”,
conclui.

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