Caros leitores e leitoras.

sábado, 12 de setembro de 2009

O que você acha? - Folha cria normas para a atuação de seus jornalistas em blogs e redes sociais

Estou dando início aqui ao espaço O que você acha? O objetivo é trazer temas mais polêmicos e convidar os leitores ao debate. Não se acanhe. Traga sua opinião.

Com base no blog de notícias Jornalismo nas Américas


Não bastassem as rígidas regras editoriais do Grupo Folha, agora seus empregados estão sendo cerceados na vida particular. A participação em blogs, twiters, redes sociais, mesmo que em período fora do horário de trabalho terá que seguir regras rígidas.

A Folha de S. Paulo, que é rotineiramente acusada de querer saber se seus jornalistas possuem filiação partidária ou mesmo se são sindicalizados (dos direitos constitucionais de qualquer cidadão) enviou um comunicado a todos os seus jornalistas criando normas de conduta para atuação em blogs e no Twitter.
As informações são do blog de Jose Roberto de Toleto, diretor do PrimaPagina e coordenador da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji).
Segundo Toledo, o texto "recomenda" que todos, repórteres e colunistas, não assumam posições em favor de um partido, candidato ou campanha. O comunicado assinado pela editora-executiva Eleonora de Lucena proíbe ainda a publicação de “furos” nos blogs e no Twitter.
Isso nos leva a questionar: de quem é o furo? De quem é a informação exclusiva? Do jornalista ou do veículo? E se o veículo por algum motivo não quiser torná-la pública, fica o jornalista - cujo compromisso ético é com a verdade dos fatos - proíbido de publicisar tal informação?

Para Eleonora de Lucena, “a possibilidade de publicar com rapidez criou uma situação inédita e um potencial conflito de interesses entre o jornalista e o veículo para o qual trabalha. Ambos competem, de ceto modo, pela atenção do público e pela primazia de informá-lo”, escreve.

Em outro post, Toledo discute o tema com os internautas. “Se um jornalista apura uma notícia exclusiva fora do seu horário de trabalho (se é que jornalista tem horário de trabalho no sentido convencional) essa notícia pertence a ele ou ao veículo onde trabalha?”.

E eu pergunto, será que esta medida não é um cerceamento a liberdade individual de expressão? O a liberdade é apenas da empresa?
E ainda: "Teria sido possível ao jornalista obter esse “furo” sem ter o respaldo institucional e o prestígio do veículo? Ao pagar um salário a um jornalista, o veículo é dono de toda a sua produção intelectual e pode dispor sobre sua veiculação?"
O que você acha? O Ministério Público não deveria entrar neste debate?

Particpe deste debate!!

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