Por Renato Rovai , do Blog do Rovai, em 25/09/2009
Estou em Pernambuco, participando da 1ª Conferência Livre da Comunicação para a Cultura. É uma iniciativa do Ministério da Cultura, da Secretaria de Cidadania Cultura, liderada pelo Célio Turino. Estão reunidos muitos dos 80 dos Pontos de Mídia Livre premiados recentemente e alguns Pontos de Cultura que trabalham com comunicação.
Estou na coordenação de um dos GTs: “Mídias Livres no contexto de web social: políticas para o setor”. E ontem à tarde debatemos uma proposta que acabo de discutir com o José Sóter, coordenador nacional da Abraço, entidade das rádios comunitárias. E ele topou avançar na sua construção. Algo muito animador.
A proposta é a seguinte: lutar para que o governo crie um portal público onde possamos, se houver interesse, colocar até 10 mil rádios comunitárias no ar. Seria um portal das rádios comunitárias, o que as colocaria num outro patamar, mais global.
De São Paulo, por exemplo, poderíamos ouvir uma rádio dos índios Xavantes ou da comunidade de um bairro do Crato, no Ceará.
Isso não diminuiria a luta por concessões de rádio. Ao contrário, daria mais visibilidade ao conjunto dos midialivristas que atuam no segmento.
Imagine uma possibilidade: há um conflito de sem-terras no Pará e você quer saber ao vivo o que está acontecendo. Você vai a esse portal e localiza a cidade onde o evento está acontecendo e sintoniza as rádios comunitárias de lá. Muito provavelmente uma estará transmitindo ao vivo o caso. E você não ficaria refém da versão que a TV Globo vai dar ao episódio. Isso daria uma enorme força ao midialivrismo.
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