Por Juliana Lima, do Blog de Notícias Jornalismo nas Américas, em 15/09/2009
As redes de TV a cabo devem temer o que a internet ensaia para o futuro?
Com um nome ainda estranho para quem está fora dos Estados Unidos, o Hulu aponta ser o grande pesadelo das redes americanas de televisão por assinatura. Cada espectador “canibalizado” pelo site que oferece programas de TV e filmes gratuitos vai custar às emissoras 920 dólares em publicidade. É o que diz reportagem do Media Post, com informações de um novo relatório da analista Laura Martin, do Soleil Securities.
Apesar de o americano ainda passar muito mais tempo na frente da TV (141 horas por mês) do que na internet para assistir vídeos (3 horas por mês), como mostrou pesquisa recente do Nielsen, ele estaria sendo atraído pela possibilidade de assistir o programa que perdera ao vivo e de escapar das interrupções comerciais, explica o texto da reportagem.
Resultado? As redes de TV a cabo vão sentir "no bolso" as novas preferências do consumidor. O relatório, citado pelo Media Post, chegou inclusive à cifra dos 920 dólares em publicidade por cada espectador perdido para a internet.
A conta foi a seguinte: o Hulu transmite quatro comerciais a cada hora pelo preço de 50 dólares. A TV a cabo por sua vez veicula 32 comerciais/hora durante a programação por 35 dólares ($1,120 - $200 = $920).
“O Hulu, o site de vídeo apoiado pela NBC Universal, News Corp. e Walt Disney Co. que oferece conteúdo de 120 parceiros desde Food Network à Paramount Pictures, está liderando a derrubada da TV como a conhecemos”, escreveu Mark Walsh do Media Post.
Em julho, o Hulu registrou que uma audiência de 38 milhões de espectadores assistiu a 457 milhões de vídeos, tornando-se o quinto site de vídeos mais visitado dos Estados Unidos, acrescenta o Media Post com informações da comScore .
Com vídeos de alta qualidade e previsão de ampliação de conteúdo na web, o consumidor poderá no futuro, não muito distante, se ver livre das mensalidades da TV a cabo. Esta é a profecia da pesquisadora Laura Martin.
O que farão as redes de TV a cabo diante da ameaça da web?
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