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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
Honduras analisa proposta de Conselho de Comunicação
segunda-feira, 12 de setembro de 2011
Honduras: chega a 15 o total de jornalistas mortos nos últimos 18 meses
La noche del 8 de septiembre de 2011 el nombre de Medardo Flores se sumó a la larga lista de periodistas asesinados en Honduras después del golpe de Estado del 28 de junio de 2009. El empleado de la estación Radio Uno en San Pedro Sula fue asesinado en una emboscada cuando regresaba de una propiedad en las cercanías de Puerto Cortés, en la costa Caribe. Medardo Flores también formaba parte del departamento de Finanzas del Frente Amplio de Resistencia Popular (FARP), partido del presidente derrocado Manuel Zelaya, quien regresó al país en mayo pasado (http://es.rsf.org/honduras-preocupacion-por-el-futuro-de-las-07-06-2011,40410.html). El asesinato de Medardo Flores ocurrió horas después del de otra figura del FARP, Emo Sadloo. En total, catorce periodistas hondureños y un propietario de un medio de comunicación han perdido la vida en 18 meses. Ninguno de estos crímenes ha tenido hasta ahora la mínima elucidación.
“Será difícil para las autoridades excluir a priori la pista política o profesional en el presente caso. Además de ser militante del FARP, Medardo Flores trabajaba en una radio conocida por su apoyo al ex presidente Manuel Zelaya. Así, se encontraba expuesto por ambos lados. Esta noticia enluta una vez más a la profesión en uno de los países más peligrosos del continente para los periodistas, y constituye también un hecho muy inquietante para el futuro del frágil proceso que comenzó con el Acuerdo de Cartagena y la reintegración de Honduras a la Organización de Estados Americanos (OEA). Desde entonces, ¿qué progresos se han obtenido en materia de derechos humanos y de libertades públicas? Esperamos con impaciencia conocer las explicaciones que proporcionarán las autoridades a la relatora especial de las Naciones Unidas sobre la situación de los defensores de los derechos humanos, Margaret Sekaggya, que se espera visite el país del 27 de septiembre al 4 de octubre próximos”, declaró Reporteros sin Fronteras.
Radio Uno ha sido objeto de ataques y de asedios regulares de la policía y del ejército tras el golpe de Estado. Su fundador y director, Arnulfo Aguilar, escapó por poco de un atentado perpetrado en su domicilio el 27 de abril pasado (http://es.rsf.org/honduras-nuevas-agresion-contra-los-medios-09-05-2011,40185.html).
segunda-feira, 15 de agosto de 2011
Honduras proíbe a abertura de novas rádios comunitárias
Información publicada en el sitio web de IFEX. Para más detalles haga click aquí.
segunda-feira, 18 de julho de 2011
Violência: em Honduras, um jornalista morto a cada 45 dias
De Medioslatinos
Nery Jeremías Orellana, director de la estación Radio Joconguera en Candelaria, fue asesinado en la mañana del 14 de julio a sus 26 años. Con su muerte, se eleva a 14 la cifra de periodistaa asesinadoa en Honduras. 11 de estos crímenes acontecieron en 2010, tras el golpe de Estado contra el Presidente Manuel Zelaya. La triste cifra supera incluso las de Afganistán, donde se libra un conflicto bélico desde hace ya nueve años y murieron ocho periodistas menos que en Honduras en el mismo período.
Como señala un artículo del periódico El Libertador, publicado hace dos días: "El año pasado, México y Pakistán reportaron el deceso de 14 comunicadores; al considerar la población total de estos países (más de 114 en México y cerca de 170 millones en Pakistán) en comparación con los habitantes de Honduras (8 millones), el país se constituye en uno de los más peligrosos del mundo para ejercer el periodismo".
Información publicada en el periódico El Libertador de Honduras. Para más detalles haga click aquí.
terça-feira, 29 de junho de 2010
Honduras: um ano depois do golpe de estado, o quadro é de violação dos direitos e das liberdades públicas
Destacam-se dois principais períodos nestes acontecimentos. O primeiro – que vai da derrocada de Manuel Zelaya pelo exército até à tomada de posse de Porfirio Lobo Sosa, no passado dia 27 de janeiro – caracterizou-se a nível mediático por atos de censura, sabotagens, brutalidades e militarizações de meios de comunicação conhecidos pela sua linha de oposição ao golpe. Foi o caso de Canal 36 Cholusat, da Radio Globo, Radio Progreso e Radio Uno, assim como de meios comunitários como a rádio garífuna Faluma Bimetu (Radio Coco Dulce), devastada por um incêndio de origem criminosa a 6 de janeiro e em cuja reconstrução participaram as nossas três organizações. A censura e a sabotagem também afetaram a imprensa estrangeira desde os primeiros momentos do golpe de Estado, nomeadamente a canais tão diferentes como CNN Espanhol e Telesur, da qual uma dezena de jornalistas foram expulsos do país.
O segundo período, post-golpe de Estado, vai da tomada de posse presidencial a este primeiro “aniversário”, e caracteriza-se pelo assassinato de oito profissionais da mídia de março a junho de 2010:
- Joseph Ochoa, do Canal 51, a 1 de março
- David Meza Montesinos, do canal Abriendo Racha e da rádio El Patio, a 11 de março
- Nahúm Palacios, do canal Televisora de Aguán – Canal 5, a 14 de março
- Bayardo Mairena, do Canal 4, a 26 de março
- Manuel Juárez, da Radio Excélsior, a 26 de março
- Luis Antonio Chévez, da rádio W 105, a 11 de abril (locutor)
- Georgino Orellana, da Televisión de Honduras, a 20 de abril
- Luis Arturo Mondragón, do Canal 19, a 14 de junho
Juntam-se a esta lista defensores dos direitos humanos, como Walter Tróchez, sequestrado e assassinado em dezembro. É possível que nem todos os assassinatos estejam relacionados com a violência política que afeta o país há um ano. Mas esta possibilidade não justifica de nenhuma maneira a atitude das autoridades, que consiste em excluir sistematicamente e a priori qualquer vínculo entre estes casos e a dita violência. Porém, é sabido que Nahúm Palacios Arteaga denunciou as perseguições frequentes de que era vítima por parte do exército antes de ser morto.
Georgino Orellana expôs-se pessoalmente ao abandonar por motivos editoriais as redações de La Prensa e de Televicentro, dois meios de comunicação favoráveis ao golpe de Estado. Joseph Ochoa, por seu lado, foi alvo de um atentado destinado à sua colega do Canal 8, Karol Cabrera, refugiada no Canadá desde o incidente por ter apoiado o golpe de Estado.
Como se pode negar a persistência da violência política contra a mídia depois do incrível assalto levado a cabo, no passado dia 3 de junho, por militares e policiais contra a recém-criada rádio comunitária La Voz de Zacate Grande, lançada por uma comunidade rural em conflito com o magnata da agro-indústria Miguel Facussé?
Como interpretar a nomeação como presidente da empresa pública de telecomunicações Hondutel, a 8 de março, do general reformado Romeo Vásquez Velásquez, instaurador da censura nos instantes posteriores ao golpe de Estado? Como entender o silêncio das autoridades após duas recomendações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos pedindo a proteção física dos jornalistas de Radio Progreso e de seu diretor, Ismael Moreno, ameaçados de morte?
A reintegração das Honduras na Organização de Estados Americanos (OEA), da qual se encontram suspensas há um ano, depende da vontade das autoridades atuais para responder de maneira concreta a esta situação. Até agora, limitaram-se a confirmar a lógica nascida com o golpe de Estado.
No âmbito das suas competências, as nossas organizações solicitam:
-A criação de uma Comissão Interamericana de Direitos Humanos permanente para as Honduras, enquanto não se registar uma melhoria notável no exercício da liberdade de expressão.
-Que uma comissão de investigação civil independente, constituída com o apoio da OEA, possa exercer sem constrangimentos um poder de observação sobre as investigações relativas aos assassinatos e agressões de jornalistas cometidos durante o primeiro semestre de 2010, assim como a verificação do cumprimento das medidas de segurança oferecidas aos meios de comunicação e aos seus profissionais.
-Que esta missão permita a criação de autênticos mecanismos de proteção destinados aos profissionais da mídia e de investigações que identifiquem os responsáveis e ponham fim à impunidade em que se encontram os assassínios e as agressões contra jornalistas e suas redações.
-Que sejam inventariados e restituídos os equipamentos dos meios de comunicação vítimas de ocupação militar desde 28 de junho de 2009, com base em critérios democráticos que garantam a pluralidade e a diversidade informativa para os setores comercial, público e comunitário.
-Que se leve a cabo um censo das frequências audiovisuais, junto com uma reestruturação de seu sistema de atribuição.
-Que a legislação hondurenha em matéria de acesso à informação, de delitos de liberdade de expressão, de diversidade nos meios de comunicação e de pluralismo se adapte quanto antes aos princípios jurídicos internacionais e às normas da Convenção Americana sobre os Direitos Humanos.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Honduras: 9º jornalista é assassinado este ano
Do blog Jornalismo nas Américas
Luis Arturo Mondragón, diretor de notícias de um canal a cabo em Honduras, morreu na noite de segunda-feira após ser baleado por dois homens na cidade de El Paraíso, a leste da capital, informou a AFP.
Segundo a Associated Press, Mondragón é o nono comunicador morto em circunstâncias semelhantes este ano em Honduras. Oito morreram nos últimos quatro meses. A polícia informou que está investigando o caso, mas que até agora desconhece a causa do crime.
O Ministro da Segurança, Óscar Álvarez, afirmou que Mondragón havia sido acusado de roubar gado e de estupro, disse a EFE. O ministro insistiu que a onda de assassinatos de jornalistas não pode ser atribuída a uma ação premeditada para silenciar a imprensa.
Os familiares do jornalista afirmaram que Mondragón havia se queixado de ameaças por acusar autoridades locais de corrupção, acrescentou o jornal El Heraldo.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Honduras: já são 7 os jornalistas mortos depois da queda de Zelaya
Georgino Orellana é o 7º jornalista assassinado, recebeu um tiro na cabeça quando deixava a Rádio Progreso, emissora onde trabalhava. Quando do golpe de estado, a emissora foi uma das primeiras a serem ocupadas pelo exército hondurenho.
Veja abaixo, em espanhol, o informe do RSF
Georgino Orellana es el séptimo periodista asesinado en mes y medio. El periodista, que dirigía un programa en la Televisión de Honduras, salía de las instalaciones del canal cuando un desconocido que le esperaba afuera lo mató de un balazo en la cabeza, la noche del 20 de abril de 2010 en San Pedro Sula. Este año Honduras se ha clasificado como el país más peligroso del planeta para los profesionales de los medios de comunicación. Una ola de violencia que ha forzado a tres periodistas al exilio.
El móvil del asesinato de Georgino Orellana aún se desconoce y su asesino se dio a la fuga. El periodista, quien también era catedrático universitario, trabajó diez años como reportero de la corporación Televicentro. Expresamos nuestras condolencias a su familia y colegas.
Héctor Iván Mejía, jefe de la policía de San Pedro Sula, aseguró que este asesinato “no quedará impune”. Pese a las recientes promesas del gobierno, no se ha hecho justicia en ninguno de los casos que tuvieron lugar tras el golpe de Estado del 28 de junio de 2009, estén o no ligados directamente a este evento. Ya de por sí víctima de una gran inseguridad, la prensa hondureña vive desde entonces una situación aún más dramática.
Testimonio de esta situación son las amenazas dirigidas contra Radio Progreso, ocupada por el ejército horas después del golpe de Estado para impedir que difundiera información sobre éste . Contactados por Reporteros sin Fronteras, los directivos de Radio Progreso solicitaron que los nombres de sus periodistas y colaboradores amenazados de muerte permanecieran en el anonimato por cuestiones de seguridad.
Por otra parte, el 20 de abril la estación comunitaria La Voz de Zacate Grande fue víctima de intimidaciones por parte de la policía local y de los guardias privados del empresario Miguel Facussé Barjum, quien sostiene un conflicto agrario con la Asociación para el Desarrollo de la Península de Zacate Grande, cuya causa defiende la estación radiofónica.
Asimismo, el 9 de abril de 2010 las instalaciones del Canal 40, en Tocoa (región de la costa atlántica), fueron balaceadas, según información del Comité por la libre expresión (C-Libre). El atentado se atribuye a dos individuos, de los que el periodista y conductor de televisión Emilio Oviedo Reyes se queja haber sido blanco tras el golpe de Estado.
En esta misma ciudad fue asesinado Nahúm Palacios . Es probable que el ejercicio de su profesión sea la causa del crimen que, precisamente, Emilio Oviedo Reyes había denunciado a la policía.
Finalmente, el 12 de abril pasado una jurisdicción penal de Tegucigalpa liberó a cuatro funcionarios de la Comisión Nacional de Telecomunicaciones (Conatel), entre ellos al expresidente Miguel Ángel Rodas, acusados por el ministerio público de “abuso de autoridad”. Los cuatro funcionarios ordenaron en septiembre pasado el cierre y la confiscación del material de Radio Globo y Cholusat TV (Canal 36) –los dos principales medios de comunicación de oposición al golpe de Estado– en el momento de la instalación del estado de excepción, tras el regreso clandestino de Manuel Zelaya al país .
La juez Martha Murillo consideró que la libertad de expresión “no había sido bloqueada en una situación de estado de excepción”. Sin embargo, el artículo 73 de la Constitución hondureña prohibe toda confiscación de material o interrupción del trabajo de un medio de comunicación, en nombre del principio de la libertad de expresión. Además, esta garantía constitucional no puede ser suspendida en caso de estado de sitio, recuerda C-Libre.
domingo, 4 de abril de 2010
Honduras: Em apenas um mês, país se torna o campeão de insegurança para Jornalistas
“Somos incapaces de brindarle seguridad.” La policía de San Marcos de Ocotepeque respondió con estas palabras al periodista José Alemán, después de que intentaran asesinarle, el 26 de marzo de 2010. El corresponsal de Radio América y del periódico Diario Tiempo decidió abandonar el país. Su exilio tiene lugar a finales de un mes de marzo marcado por el asesinato de cinco compañeros suyos .
José Alemán se arriesgó a denunciar los ataques a la libertad de expresión y las violaciones de los derechos humanos desde el golpe de Estado del 28 de junio de 2009. Tras recibir amenazas telefónicas, dos individuos irrumpieron en su domicilio y abrieron fuego. Afortunadamente, el periodista no se encontraba ahí. Luego los asaltantes lo encontraron y persiguieron por la calle, pero consiguió escapar.
Cinco asesinatos y un exilio convierten Honduras en el país más peligroso del planeta en materia de seguridad de los periodistas a partir de este primer trimestre del año 2010. Nunca se hizo justicia en relación con los ataques, intimidaciones, actos de censura y asesinatos de periodistas y defensores de los derechos humanos cometidos desde el 28 de junio de 2009. El golpe de Estado perdura de hecho. Peor aún, el gobierno nacido de las elecciones controvertidas del pasado 29 de noviembre nombró, el 8 de marzo, al general golpista Romeo Vásquez Velásquez a la cabeza de la empresa pública de telecomunicaciones Hondutel. Se trata de una verdadera recompensa a la impunidad.
Nuestra organización es cofirmante de una petición dirigida al presidente del gobierno español José Luis Rodríguez Zapatero, cuyo país asume la presidencia rotatoria de la Unión Europea. Se debe tomar una resolución a nivel europeo y más allá, para que el nuevo gobierno de Honduras reaccione ante tal fracaso del Estado de derecho.
sábado, 27 de março de 2010
Honduras: depois das eleições, cinco Jornalistas já foram mortos
Com estas mortes, sobem para cinco o número de jornalistas hondurenhos vítimas de assassinatos no país este mês. Bayardo Mairena e Manuel Juárez foram assassinados poucos dias depois de voltaresm a transmitir um programa de notícias de uma rádio de Catacamas. O motivo e os autores dos tiros são desconhecidos.
sábado, 10 de outubro de 2009
Honduras: promotoria exige restituição de direitos à Rádio Globo e ao Canal 36
A Promotoria de Direitos Humanos pediu à Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) que reavalie a situação dos meios de comunicação fechados no dia 27 de setembro, durante o estado de sitio imposto pelo governo de facto, informa o jornal La Tribuna. As duas emissoras tiradas do ar, Rádio Globo e Cholusat Sur (Canal 36), apoiam o presidente deposto Manuel Zelaya.
Ainda de acordo com a matéria do La Tribuna, o Ministério Público leva adiante uma investigação para estabelecer responsabilidades pelos delitos de abuso de autoridade e de confisco no episódio do fechamento das emissoras.
O diretor da Rádio Globo, David Romero, explicou à Reuters que, apesar de ter conseguido burlar a censura ao transmitir informações pela internet em um estúdio clandestino, não desistiu de voltar ao ar e entrou com uma ação para retomar a normalidade das atividades.
Other Related Headlines: » Micheletti não gosta de fotos (Soitu)» Suspensão de estado de sítio não garante restauração da diversidade da mídia (Repórteres Sem Fronteira)
sábado, 3 de outubro de 2009
Honduras contrata firma de relações públicas nos Estados Unidos
O governo interino de Honduras assinou um contrato de quatro meses por um valor que supera 290 mil dólares (516 mil reais) com a agência de relações públicas Chlopak, Leonard, Schechter & Associates, informa a EFE, com informações do jornal legislativo The Hill.
A empresa fará contatos com assessores de líderes do Congresso americano, meios de comunicação e também analistas políticos para "melhorar a imagem do governo" hondurenho, explica a matéria. Pelo menos 10 pessoas estão encarregadas de divulgar o portfólio de Honduras, entre elas, uma ex-porta-voz do governo do presidente George W. Bush.
Repórter brasileiro cria blog de dentro da embaixada em Tegucigalpa
A Embaixada do Brasil em Honduras está no centro das atenções desde que resolveu dar abrigo a Manuel Zelaya. O Exército hondurenho e blocos de concreto a cercam desde o dia 22 de setembro. O governo interino chegou a proibir a entrada de cidadãos brasileiros, entre eles parentes de funcionários e jornalistas.
Há cinco dias, no entanto, lá está o repórter Fabiano Maisonnave, da Folha de S. Paulo. Diante da oportunidade de contar com privilegiada proximidade o dia-a-dia do “hóspede mais ilustre” da diplomacia brasileira em Honduras, ele criou o blog Da Embaixada.
Na sede da diplomacia do Brasil, o repórter divide um colchão de ar com um colega. Para tomar banho, é preciso um “pouco de paciência” por causa de uma insistente fila, descreve o jornalista no post de estreia. Nada como água fria para alcamar os ânimos de uma casa que, apesar de ampla, como conta Maisonnave, não é suficiente para abrigar tanta gente.
“Impossível não comparar com uma prisão terceiro-mundista: aqui é superlotado, o acesso a itens básicos é limitado, há “celas” de luxo e outras em que se dorme no piso, se formaram grupos, tem problema de furto, a vigilância é 24h, os celulares de dentro duelam com os bloqueadores de celular fora, e o cigarro virou moeda de troca.”
Maisonnave está na companhia de outros oito profissionais da notícia: três da Telesur, um cinegrafista da Associated Press, um fotógrafo da AFP e outro da Reuters, um jornalista americano do site Democracy Now e um repórter da Rádio Globo hondurenda, tirada do ar na segunda-feira.
Bem no “quarto ao lado”, está Zelaya. “Ele realmente acredita, e faz muitos acreditarem, que o prédio pode ser invadido a qualquer momento ou que corre ser morto por um franco-atirador. Leva a sério em qualquer suspeita que lhe contam, como o de que estão construindo um túnel ou o de que está sendo atacado por raios de microondas”.
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Honduras: fatos que a nossa mídia ignora (Veja o vídeo)
Domingo, 25/9, num show que reuniu milhares de pessoas em Tegucigalpa, capital do país, Oscar fez um discurso que é de deixar qualquer um de queixo caído, não apenas pelo conteúdo como pela capacidade oratória e carisma.
Vê-se que não é um texto decorado e impressiona a articulação de sua fala. Ele bate duro no presidente golpista Roberto Micheletti: Micheletti que te vas, que te vas!
Nossa imprensa que prefere cobrir os gabientes, ignora fatos como este.
Confira abaixo o vídeo
terça-feira, 29 de setembro de 2009
Honduras: Repórteres sem Fronteira denunciam o fechamento de duas emissopras e agressões a jornalistas
"Até onde irá o governo golpista? Roberto Micheletti corre sérios riscos de figurar entre os predadores da liberdade de imprensa. O presidente interino já afirmou estar disponível para suspender o decreto que instaurou o estado de exceção, logo no dia seguinte à sua promulgação. Consideramos que esse anúncio não terá nenhum valor se a Radio Globo e o Canal 36 não recuperarem imediatamente suas freqüências e equipamentos, e se a repressão não parar, em particular contra os defensores dos direitos humanos", declarou Repórteres sem Fronteiras.
No decorrer do confisco do equipamento de Radio Globo, um jornalista guatemalteco do canal mexicano Televisa, Ronny Sánchez, queixou-se de ter recebido golpes por parte dos policiais presentes. As forças da ordem também se comportaram com brutalidade com o seu colega e compatriota Alberto Cardona, de Guatevisión.
"A situação repressiva é pior que nos anos 80, na época do processo de segurança nacional. Nesse período, as liberdades públicas estavam garantidas oficialmente. Agora que elas já não existem, e os militares podem fazer o que bem desejarem. A situação sanitária se torna cada vez mais alarmante e a comunidade internacional também deve se mobilizar sobre essa questão", confiou a Repórteres sem Fronteiras Bertha Oliva de Nativí, coordenadora geral do Comitê de Familiares de Detidos e Desaparecidos em Honduras (Cofadeh), cujas instalações foram invadidas pela polícia no dia 22 de setembro.
Repórteres sem Fronteiras pede à comunidade internacional, com o Brasil e os Estados Unidos à cabeça, que exija ao governo de facto que permita o acesso ao território de uma delegação da Organização dos Estados Americanos (OEA), para que esta possa obter a libertação dos opositores, jornalistas e defensores dos direitos humanos atualmente detidos.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Honduras: Informe de Repórteres sem Fronteiras denuncia fim da liberdade de imprensa
LOS MEDIOS QUEDAN A MERCED DE UN CIERRE TOTAL
Cuando se cumplen exactamente tres meses del golpe de Estado del 28 de junio de 2009, en Honduras las libertades públicas no son más que palabras vanas. En la noche del 27 de septiembre de 2009 el gobierno de facto firmó un decreto prohibiendo cualquier reunión pública "no autorizada" y dando poder a las autoridades para cerrar los medios de comunicación que "atenten al orden público". El gobierno golpista intenta justificar dichas medidas diciendo que son para contrarrestar lo que considera las "llamadas a la insurrección" de Manuel Zelaya, quien invitó a sus simpatizantes de las provincias a "marchar sobre la capital".
"Ya no falta nada en la panoplia dictatorial de un gobierno llegado al poder por la fuerza y sordo a los llamamientos de la comunidad internacional. Las pocas informaciones que permanecían al margen del control de la administración Micheletti podrían desaparecer en cualquier momento, después de tres meses de repetidas suspendiones e intimidaciones a los medios críticos con el golpe de Estado", ha declarado Reporteros sin Fronteras.
El decreto del Estado de sitio, que en teoría tiene que revalidar el Congreso, establece que la situación va a durar cuarenta y cinco días. Existen grandes motivos para temer que pueda degenerar en una mayor represión y menor seguridad para el pueblo en general y los periodistas en particular; el 27 de septiembre, el sacerdote Ismael Moreno, director de Radio Progreso, manifestó haber recibido amenazas de muerte en mensajes llegados a los teléfonos móviles del personal de la emisora, en los que se promete una cantidad de dinero a cambio de su ejecución.
"Consideraremos al gobierno de facto responsable de la menor agresión que puedan sufrir el padre Ismael Moreno y su redacción", ha añadido Jean-François Julliard, secretario general de Reporteros sin Fronteras. El personal de Radio Progreso ha indicado que unos agentes de policía apostados, en los alrededores de la sede, están haciendo localizaciones antes de proceder al cierre total del medio.
La lista, no exhaustiva, de los medios de comunicación amenazados de cierre incluye a Radio Globo, Canal 36, Radio Uno, El Libertador, Cholusta SUR, así como la lista de difusión de la sociedad civil RDS (Red de Desarrollo Sostenible). La Comisión Nacional de Telecomunicaciones (Conatel) ha notificado a la RDS que está autorizada a inspeccionar y suspender todas las actividades registradas en el dominio (.hn). La medida podría permitir a la Conatel controlar toda la información enviada por Internet, no solo la de los medios de comunicación sino también la de cualquier otra organización civil con sede en Honduras.
Finalmente, el caos que impera en el país va acompañado de detenciones ilegales de periodistas. Agustina Flores, de Radio Libertad, lleva detenida desde el 22 de septiembre de 2009 por las fuerzas del orden. Ha sufrido violencia. Había cubierto en directo varias manifestaciones, presentando testimonios de la violencia de la represión.
sábado, 26 de setembro de 2009
Opinião - Honduras: Jornalismo de resistência
Os jornalistas noticiam dia e noite tudo o que acontece no país. As mobilizações populares, as reuniões, os debates.
Nada é mais animador do que acompanhar a cobertura jornalística da Rádio Globo de Honduras nestes dias de golpe de estado. Primeiro porque a equipe chefiada por Don David Romero imediatamente tomou posição: contrária ao golpe. Claramente, sem vacilação. E depois, pela postura jornalística que esta mesma equipe tomou ao longo destes meses. Os jornalistas noticiam dia e noite tudo o que acontece no país. As mobilizações populares, as reuniões, os debates. Eles abrem o microfone para todas as vozes, mesmo as golpistas.
A rádio Globo e toda sua equipe está sendo nestes dias um ponto de apoio para toda a população. As pessoas confiam nos repórteres, ligam dos cantos mais remotos do país, passam informações, chamam seus companheiros para mobilizações. Usam a rádio como um espaço democrático e participativo de união e mobilização. E os jornalistas não se furtam a passar sua opinião sobre os atos dos golpistas.
Hoje, dia 22 de setembro, eram cinco horas da manhã quando o exército hondurenho chegou diante da embaixada brasileira e ali estavam os repórteres da Rádio Globo, relatando tudo. E mais, chamando o povo a sair de casa, a vir para a rua e se manifestar em apoio da legalidade constitucional, que é o retorno de Zelaya ao governo. Para quem vive num país onde a maioria dos jornalistas é cortesã do poder, este é um momento de pura emoção. Os jornalistas hondurenhos, pelo menos os da rádio Globo, estão do lado da maioria das gentes. Eles não ficam protegidos pelo exército golpista. Eles ficam no meio do povo, correndo os mesmos riscos.
Naquelas primeiras horas da manhã, as gentes que vivem longe da capital, congestionavam as linhas da rádio para passar informação. O país inteiro se expressa pelas ondas livres desta emissora que, apesar de privada e pertencer a um liberal, encontrou no seu corpo jornalístico o esteio onde amparar a realidade vista pelos olhos do povo.
Para nós, que somos informados pelo jornalismo entreguista e amorfo das grandes redes do Brasil, ouvir a Rádio Globo de Honduras é quase como sorver o néctar daquilo que devia ser o jornalismo em todos os lugares. Um fazer absolutamente encarnado na vida real, das maiorias, do povo. Um espaço de expressão de todas as vozes e não só de algumas. A equipe de jornalistas da Rádio Globo me enche de orgulho de ser o que sou: jornalista. Alguém comprometido e parcial. Porque não dá para ser neutro diante de um golpe ou diante da destruição da vida das gentes. Que vivam os jornalistas de Honduras, uma categoria que tem o amor e a confiança do povo. Coisa rara e por isso digna de nota.
As opiniões aqui postadas são de responsabilidade de seus autores
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
Cobertura do golpe em Honduras - Altenativas para se informar
O asilo político concedido a Manuel Zelaya pela embaixada brasileira em Honduras tem causado grande alvoroço na imprensa nacional e internacional. Apesar dos cortes na energia e na internet realizados pelo governo golpista de Micheletti em todo o país, diversas transmissoras radiofônicas encontraram um caminho para continuarem a fazer suas transmissões e a denunciar o governo golpista e as arbitrariedades cometidas por ele: a internet.
A Radio Globo Honduras tem sido um dos principais meios de comunicação do país que tem informado, pela rede, o passo-a-passo da situação diplomática desde que Zelaya entrou em seu país de origem e se asilou na embaixada brasileira.
Outro canal, que tem sido acessado internacionalmente desde o primeiro dia do golpe é o TelesurTV, que hoje transmitiu a 64ª sessão da Assembleia Geral da ONU, em que o presidente Lula se destacou por pedir às Nações Unidas que investiguem atentados aos direitos humanos em Honduras. Lula ainda afirmou que “a comunidade internacional exige que Zelaya reassuma imediatamente a presidência de seu país e deve estar atenta à inviolabilidade da missão diplomática brasileira na capital hondurenha".
Confira abaixo uma lista de veículos de comunicação alternativos que estão cobrindo a situação em Honduras:
Sites
Centro de Medios Independentes
TeleSur
Kaos em La Red
Honduras Laboral
Revistazo
Aporrea
Radios pela internet
Radio Globo Honduras
Radio Es Lo de Menos
Associacion de Radios y Programas Participativos de El Salvador
Blogs
Voces em Contacto
Agregador de notícias
sexta-feira, 31 de julho de 2009
Honduras: Felap lança nota de protesto
A Federação Latino-americana de Jornalistas (Felap, por sua sigla em espanhol, divulgou nota de protesto contra a situação da imprensa em Honduras, após o golpe de Estado lá ocorrido. A entidade denuncia a militarização de emissoras de rádio e questiona o silêncio da Sociedade Interamericana de Imprensa (Sip, por sua sigla em espanhol)"sempre tão atenta a agressões à liberdade de imprensa no Equador, Bolívia e Venezuela" diante dos acontecimentos em Honduras.
Veja abaixo a íntegra da nota, em espanhol.
La prolongación de la crisis en Honduras no tiene un efecto neutro pues juega a favor de los golpistas. El repudio y el asilamiento universales no conmueven a los usurpadores. Todo lo contrario: confirman su visión paranoica de un mundo dominado por comunistas, subversivos y revolucionarios que conspiran sin cesar para frustrar su patriótica empresa.
Tanto los militares como los civiles hondureños comparten ese delirio que sigue siendo alimentado, día a día, por el Pentágono, la CIA y buena parte del establishment político del imperio, para los cuales la guerra no ha terminado ni va a terminar jamás.
Guerra sobre todo contra todo ese inmenso e inesperado movimiento social que se ha puesto en marcha a partir del golpe y que rebasa amplia –y tal vez irreversiblemente- los estrechos marcos de la mal llamada “democracia representativa” en Honduras.
Bastó que aquél pretendiese honrar esa fórmula para que la santa alianza abandonase en tropel las cavernas y saliera a dar batalla: allí se juntaron, para unir fuerzas, los representantes militares y políticos del imperio con la corrupta oligarquía local, la perversa jerarquía de la Iglesia Católica, las diversas fracciones del patronato y el poder mediático que este conglomerado de la riqueza y el privilegio controla a su antojo, haciendo de la libertad de prensa una broma sangrienta.
No es casualidad que el sitio web de la benemérita Sociedad Interamericana de Prensa, siempre tan atenta ante todo lo que ocurra con los medios en Cuba, Venezuela, Bolivia y Ecuador, haya ocultado arteramente lo que está aconteciendo en Honduras.
La resolución más importante sobre el tema de los medios, adoptada el 24 de Julio, es una condena ... ¡al presidente Rafael Correa por alentar el “incesante clima de confrontación y epítetos contra periodistas, propietarios de medios de comunicación y sus empresas!”
Ni una palabra sobre Gabriel Fino Noriega, periodista hondureño de Radio Estelar, asesinado por fuerzas paramilitares, de la cual informa la Misión de la ONU enviada a investigar la situación de los derechos humanos en Honduras.
La misma delegación comprobó que en Tegucigalpa, Canal 36, Radio TV Maya y Radio Globo fueron militarizadas, constatándose asimismo el asalto a diversos locales de medios de comunicación y amenazas de muerte contra periodistas, el bloqueo de sus transmisiones o la interceptación telefónica y bloqueo de su acceso a internet.
La misión también corroboró el ametrallamiento de la cabina de transmisión de Radio Juticalpa en Olancho, y las amenazas de muerte producidas contra periodistas como el director del diario El Libertador, Johnny J. Lagos Enríquez así como contra el periodista Luis Galdanes.
En la ciudad de Progreso los militares silenciaron las trasmisiones de Radio Progreso, siendo hostigado su director el sacerdote jesuita Ismael Moreno, detenido temporalmente uno de sus periodistas mientras otros recibían amenazas de muerte.
Otro caso es el de Canal 26, TV Atlántica, cuyo directivo declaró ante la misión de la ONU que los militares indicaron a los medios de comunicación del departamento que debían abstenerse de trasmitir otras versiones o informaciones que no emanasen del gobierno de facto.
Ante la agresión sufrida por los periodistas de Telesur y Venezolana de Televisión -sin cuya valiente labor el mundo jamás se habría enterado de lo que ocurría en Honduras- la SIP se limitó a emitir un tibio comunicado lamentando los hechos; la resolución dura, en cambio, se tomó en contra de Correa.
Sería muy largo enumerar todas las violaciones a la libertad de prensa y los derechos humanos, aparte del asesinato de Noriega, que pasaron desapercibidas ante los atentos censores de la SIP y sus lenguaraces, Mario Vargas Llosa y la pandilla de los “pluscuamperfectos idiotas latinoamericanos”.
Su silencio cómplice revela la descomposición moral del imperio, sus permanentes mentiras y la impunidad con la cual se mueven estos falsos defensores de la “libertad de prensa”.
Y frente a este escenario, ¡la Secretaria de Estado Hillary Clinton se atreve a calificar como imprudente el gesto de Zelaya de viajar a la frontera de su país!!, al paso que su vocero, Philip Crowley, advertía contra "cualquier acción que pueda conducir a la violencia" en Honduras.
Falta ya muy poco para que Washington comience a declarar que el verdadero golpista es Zelaya y que fue él y no otro quien arrojó a su país a un caos de violencia y muerte.
La promesa de nuevas mediaciones a cargo de la Casa Blanca sólo servirá para desfigurar aún más la verdad e inclinar el fiel de la balanza a favor de los golpistas y sus mandantes.
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Opinião: O esforço de Arias e o golpismo da mídia
Figuras de uma foto amplamente divulgada na mídia, feitas de fibra de vidro, parecem saídas de um desfile de escola de samba. O regime do golpe diz que estavam num jardim da casa presidencial e representam o presidente deposto (Zelaya) ao lado de heróis da independência no século XIX. Um presidente não precisa necessariamente ter bom gosto, mas seria ridículo ver nisso "prova" de que era ditador - estapafúrdia alegação dos golpistas.
O artigo completo de Argemiro Ferreira, você confere na Carta Maior.
As opiniões expressas aqui são de responsabilidade de seus autores.
quarta-feira, 8 de julho de 2009
Opinião: A cumplicidade informativa do CB com o golpismo em Honduras
O que é mais grave, está silenciando sobre os mais terríveis delitos contra a liberdade de imprensa e de informação que estão sendo cometidos naquele país
Nas horas dramáticas para a História das democracias na América Latina o Correio Brasiliense continua a desinformar, recusa-se a cobrir decentemente o golpe de estado em Honduras.
Em sua edição de 6 de julho, no dia seguinte à sangrenta repressão militar à enorme multidão mobilizada em torno do aeroporto da capital, Tegucigalpa, e que impediu o retorno do Presidente Miguel Zelaya ao seu país, o jornal preferiu titular: “Pedestres em perigo no DF”
O que é mais grave, está silenciando sobre os mais terríveis delitos contra a liberdade de imprensa e de informação que estão sendo cometidos naquele país.
Rádios e canais de TV favoráveis ao único presidente reconhecido pela Comunidade Internacional (ONU, Unasur, Sica, OEA, Alba e todos os países do mundo) foram calados e silenciados, manu militari. Canais internacionais foram excluídos das transmissões por cabo, sabotados, distorcidos, compreendendo a CNN (somente quando falava o presidente deposto) e o próprio canal das Nações Unidas.
Enquanto isso, os meios favoráveis aos golpistas, quase todos de propriedade dos mesmos, mentem, ocultam, manipulam, fazem propaganda do golpe cívico-militar em curso. Cometem os graves delitos da distorção dos fatos e da omissão de informações cruciais para a sua população e a restituição da legalidade democrática.
Profissionais da imprensa honestos foram detidos, golpeados, presos e impedidos de trabalhar.
O Correio Braziliense, que faz campanhas sistemáticas pela liberdade de imprensa quanto se trata do Irã e da Venezuela, focalizando em manchetes agressivas ocorrências mesmo de caráter menor quanto a este tema naqueles países e por várias edições sucessivas, cala-se, silencia, e portanto, assume cumplicidade com aqueles terríveis delitos em Honduras.
Chama a atenção que o Correio, em plena crise de Honduras que é matéria de notícia e informação de primordial importância para a democracia em todo o nosso continente sul-americano, e objeto de informação de primeira página em todos os países, relegue o relato dos fatos a páginas internas, apresentando envergonhadas versões supostamente objetivas equilibrando na balança as declarações dos opositores e apoiadores do Presidente Manoel Zelaya. Ao contrário, dedica-se ao Irã, para dar continuidade à campanha de terrorismo mediático e prestar apoio às forças opositoras ao governo legítima – e comprovadamente – eleito, em socorro às elites daquele país.
Não há equilíbrio, não há proporções: fica evidente para todos os leitores que a posição do Correio é ideológica, na sua militância em favor dos ricos, das oligarquias, dos milionários e dos reacionários de sempre. Assim foi a cobertura sobre o separatismo na Bolívia, assim é a cobertura sobre o Equador, sobre a Argentina, onde quer que haja um movimento popular ascendente. E não será casualidade a campanha sistemática contra o governo do metalúrgico Luiz Inácio Lula da Silva.
O Correio Brazilense ainda não reconheceu o fim da Guerra Fria, como aqueles soldados do Império Japonês que não haviam tomado conhecimento do fim da Segunda Guerra mundial e haviam ficado isolados nas ilhas do Pacífico. Vêem atrás de qualquer governo progressista o “fantasma do comunismo”. Por isso se refugiam no apoio a qualquer iniciativa dos setores conservadores, direitistas e representativos das oligarquias e dos setores mais abastados da sociedade, como fica evidente nos fatos de Honduras. Não perceberam ainda em profundidade as mudanças em curso nos próprios Estados Unidos, a pátria eterna de todas as direitas, o refúgio por anos a fio dos ditadores, dos fascistas, dos torturadores e terroristas que infernizaram a vida de tantos povos pelo mundo afora.
Vice-versa, dedicam-se ao tiroteio contra os governos progressistas da América Latina, de maneira grosseira e manipuladora, a começar pela permanente ridicularização e desinformação sobre os processos de integração regional em curso.
Desta maneira, este jornal cujos espaços andam pesadamente ocupados com a receita publicitária e a satisfação aos interesses de seus sócios-financiadores, apresenta-se com uma cara conservadora e ideológica que lhe retira qualquer credibilidade.
Não há como não perder credibilidade num mundo já irremediavelmente dominado pelas novas mídias e pela Internet: a cidadania tem outros meios para informar-se. O Correio que se cuide, pode virar peça de museu e folhetim dos saudosistas das ditaduras e da colonização imperial. Pode perder prestígio inclusive em comparação com outros meios de informação no país que, apesar de terem saudades da “ditabranda” estão informando de maneira muito mais e completa sobre os fatos de Honduras que o Correio. É lamentável, para um país com tão pouco acesso à imprensa escrita.
Foi exatamente o que ocorreu com os golpistas de Honduras: apesar da terrível mordaça, das transmissões de desenhos animados, esportes e variedades no criminoso bloqueio da mídia, o povo daquele país recorreu às imagens da Telesur, difundidas por satélite aberto e sobretudo pela Internet. Por todos os meios, celulares, boca-a-boca, organização coletiva, o povo hondurenho se informou e rapidamente uniu-se e rapidamente articulou uma resistência colossal e massiva aos golpistas.
Um povo humilde, sofrido, dos mais pobres da América Latina num país em que 70% estão inexplicavelmente abaixo da linha de pobreza, frente a uma oligarquia rica e poderosa, é capaz de informar-se e organizar-se rapidamente e superar o cerco informativo. Imaginem vocês, do Correio, que as palavras pronunciadas pelo presidente legítimo dos hondurenhos na cabine do avião que sobrevoava a capital do país, foram transmitidas em tempo real pelos carros de som presentes à gigantesca manifestação aglomerada em torno ao aeroporto, tudo isso via Internet.
É curioso, dessa forma, que os grandes meios de imprensa no Brasil se interroguem sobre a crescente redução da sua influência sobre formação da opinião pública.
Pois que se dediquem às campanhas infames! Na História da imprensa democrática vocês escreverão somente páginas negras.
Neste momento os pobres de Honduras vertem sangue para receber de volta o seu Presidente, ilegitimamente destituído por um golpe fascistóide e oligárquico. Que manchete vão buscar para amanhã, e depois da manhã? “Hondurenhos divididos”? ou preferem “Chávez derrotado!”, como costumam fazer quando ocorre qualquer revés das forças progressistas em qualquer lugar do continente e do mundo? É lamentável. Resta esperar que a sociedade brasileira puna com a indiferença e o esquecimento o que, algum dia na remota História, talvez tenha sido um órgão de imprensa mas hoje convertido num folhetim das forças mais obscuras e reacionárias do nosso Continente.
As opiniões expostas neste blog são de exclusiva responsabilidade de seus autores.