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terça-feira, 22 de abril de 2014

Jornalista mostra em livro que juventude em rede rejeita os políticos

                                                     Juventude irá às ruas, para novos rolezinhos, para o “não vai ter Copa”, para encontro dos black e dos pink  blocks com a polícia.
            
Na obra RUPTURAS, lançada na II Bienal do Livro de Brasília, o jornalista e historiador, Aylê-Salassié F. Quintão, revela que os políticos brasileiros não devem, nas próximas eleições, apostar muito “no voto das gerações conectadas em redes virais”. Ele mostra que essa juventude, representando já 25% dos eleitores, começa a produzir uma história própria, sem a necessidade dos políticos e até dos familiares.São rebeldes em casa e, fora, insensíveis às propagandas e conchavos partidários” - dia o autor.

Nem por isso está ausente das discussões políticas. Mas, constitue uma comunidade exclusiva, caracterizada pela conectividade, e que se reúne no que o autor chamou de Parlamento Digital (Cap IV), um espaço aberto, virtual, movido pela telefonia móvel, movimentando-se como um polvo   nas ruas, nas escolas, em casa, nos estacionamentos, onde tiver internautas. Discute  os interesses pontuais dos cidadãos, puxados por hastags (#) ou palavras chaves, reproduzidas em discussões virais por meio das tecnologias e aplicativos da internet e até  dos jogos. É esse Parlamento que promove as manifestações de rua pela redução das tarifas dos ônibus, pelo o Não vai ter Copa”, os rolezinhos nos shoppings, o encontro dos black block e dos  pink blocks com a políci, e outras mobilizações.

Embora defendam intransigentemente a democracia, os internautas não acreditam nas boa intenções dos políticos, federais ou locais, na isenção dos ministros , desembargadores e juízes, na segurança policial e vêm como ridículas e total desconfiança as campanhas de publicidade afirmativas dos governos, constata o autor de RUPTURAS. 
Assim, nas próximas eleições, os políticos vão se ver diante de um grande dilema: atrair essa faixa representada por, pelo menos, 30 milhões de  internautas interligados eletronicamente abrindo discussões em praças públicas sobre problemas de transportes, da saúde , da escola, do emprego e da violência.

Descompromisso com Brasília 

Sem que se perceba claramente, as redes de jovens conectados   expandem-se também  no DF – 300 mil internautas. Uma das suas características é a falta de compromisso com a cidade, com a sua história, com as ideologias com as lideranças.  Essas gerações (X,Y, W),  também chamadas pelo autor de galácticos (Cap. II)por transitarem em espaços fora da órbita das discussões locais, não cultivarem uma identidade formal e de raiz com a Capital Federal – são desprovincializados – e verem a cidade já quase  como um objeto de estudos arqueológicos .  

RUPTURAS  discute ainda a formação da juventude brasiliense (Cap III), destacando a influência, nesses 50 anos , de duas lideranças marcantes: Honestino Guimarães, lider político estudantil , ex-presidente da Federação Nacional dos Estudantes da UnB (FEUB) e da União Nacional dos Estudantes (UNE), preso e desaparecido na ditatura; e Renato Russo, líder punk, conhecido nacionalmente,  que impulsionou a formação de grupos de rock em Brasília. Ambos gritavam indignados: “Que país é esse!”, e milhares de jovens assumiam as ruas e praças.  

Contatos com o autor ayleq@yahoo.com .br , editoraotimismo@gmail.com tels: (61) 34682509   (61) 33860459

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