O Irã apresentou nesta quarta-feira (1º/7) oficialmente a agência internacional de notícias do Movimento dos Países Não-Alinhados (MNOAL), enquanto avançam em Teerã os preparativos para realizar a 16ª cúpula da organização, em fins de agosto.
O vice-chefe de Comunicações e Relações Públicas da conferência cúpula do movimento, Mohammad Sheikhan, liderou a cerimônia realizada no escritório presidencial e destacou o objetivo de que o novo meio seja o "mensageiro da paz e da justiça no mundo".
Sheikhan destacou o papel que os meios de comunicação em massa desempenham no mundo moderno e expressou confiança de que a agência sirva para contrabalançar a hegemonia das grandes corporações.
Em relação ao tema, o vice-chefe deplorou que numerosas empreas econômicas, sistemas hegemônicos e potências mundiais procurem manter sob jugo seus meios "para impor suas ideias e pensamentos corporativistas à comunidade internacional".
"Em contraste, surgiram certos meios de comunicação graças ao despertar das nações ansiosas pela prosperidade e aperfeiçoamento da sociedade humana", afirmou.
Sheikhan também manifestou a esperança de que a recém criada agência contribua para preparar o terreno para um "movimento informativo" e para a promover o lema da 14ª Conferência Cúpula de chefes de Estado e de Governo do Movimento.
Sob o título "Paz sustentável sobre a base de um gerenciamento global conjunto", a conferência será aberta em Teerã em 26 de agosto, para especialistas, e será concluída no dia 31 do mesmo mês, após encerrar as reuniões dos ministros de Relações Exteriores e chefes de Estado.
Com quase a totalidade dos convites entregues aos chefes de Estado, um dos últimos ao presidente do Iraque, Jalal Talabani, o Irã acredita que a reunião trianual reforçará seu posicionamento a nível internacional e a solidariedade entre os 118 Estados que participam do MNOAL.
Os organizadores da conferência lembram que o objetivo do fóro dos países do terceiro mundo, como indicou a declaração de Havana durante a 6ª Cúpula em 1979, é assegurar "a independência nacional, a integridade territorial e a segurança dos países não alinhados".
A República Islâmica receberá a presidência dos Não Alinhados das mãos do Egito, tornando o recém eleito presidente Mohamed Morsi, um islamista moderado, em um dos visitantes mais aguardados da reunião.
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