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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

TV Digital: Angola deve adotar o ISDB-T

Com base no texto de Mariana Mazza, do Tela Viva news


Ao contrário de Moçambique e de outros papíses do Sul-africano, que optaram pelo modelo europeu de TV digital, Angola deve fazer a opção pelo sistema nipo-brasileiro. A informação é do vice-ministro para telecomunicações de Angola, Aristides Safeca, que esteve na terça, 25, reunido com o ministro das Comunicações brasileiro, Paulo Bernardo, e reafirmou a disposição do país africano de adotar o Sistema Brasileiro de TV Digital.
“Angola estuda e tem a pretensão de adotar a norma usada no Brasil”, explicou.
Para ele, a decisão do conselho de ministros africanos que apontou preferência pelo DVB-T não deve ser tomada como uma decisão de todos. Safeca explica que o conselho só deu uma diretriz, mas não é uma decisão mandatória.
Segundo ele, “decisões dessa natureza não são apenas técnicas, por isso entendemos que a norma brasileira pode ser mais vantajosa para o povo de Angola”. Recentemente, o Brasil sofreu um revés em sua política de levar o ISDB-T ao continente africano com a decisão da África do Sul pelo DVB, o que fez com que Moçambique, que estava inclinada ao padrão nipo-brasileiro, aderisse formalmente ao sistema europeu.

Cabos Submarinos


No encontro foi tratado também o projeto de implantar um cabo submarino ligando o Brasil à África. O projeto está em fase de estudos disse Safeca, e deve custar entre US$ 150 milhões e US$ 200 milhões.

“Este encontro visa aproximar as empresas do Brasil e de Angola no sentido de viabilizar um projeto de fibra óptica que possa beneficiar os dois países”, disse o ministro angolano ao deixar a audiência com Paulo Bernardo.

Ele explicou que o projeto está sendo desenvolvido com a Oi e em princípio não envolve dinheiro de nenhum dos dois países, ainda que a Angola Cable, subsidiária da Angola Telecom responsável pelo projeto, seja uma empresa com participação estatal.
“Projetos dessa natureza devem ser, em primeira instância, empresarial e economicamente viáveis”, disse, “mas tem que haver vontade política”.
Para Aristides Safeca, “se o estudo mostrar que o projeto é sustentável, não é preciso ter dinheiro público”. Segundo o vice-ministro angolano, a necessidade de uma infraestrutura como essa se justifica pelo crescente tráfego de pessoas e informações entre Brasil e África.

Além do cabo conectando o Brasil a Angola, aquele país deverá se beneficiar de outro cabo, interligando Inglaterra e África do Sul. Na sexta-feira (21), o ministro angolano das Telecomunicações e Tecnologias de Informação, José Carvalho da Rocha, disse, em Luanda, que a instalação do novo cabo submarino, que ligará a África do Sul a Inglaterra, tendo como ponto de amarração Angola, poderá resolver os problemas das comunicações do país, principalmente as internacionais, quer de dados, de voz e outros.

O cabo será estendido a Angola no próximo mês de fevereiro, mas apenas no primeiro trimestre de 2012 estarão disponíveis os serviços a serem prestados a partir da Estação Terminal pela Angola Cable, gestora do projeto. O projeto do cabo submarino é uma parceria pública privada, entre o Estado angolano, representado pela Angola Telecom, e os operadores Movicel, Unitel, Mundo Sartel e Mstelcom. Angola já tem um cabo submarino de comunicações, o Sat3.

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