A Lei de Rádios Comunitárias, promulgada pelo presidente Barack Obama na semana passada depois de uma década de campanha dos defensores das emissoras locais, permitirá que centenas e, talvez, milhares de comunidades em todo o território americano - especialmente nas zonas rurais - consigam as permissões necessárias para operar emissoras de baixa potência de frequência modulada (LPFM, na sigla em inglês) atingindo comunidades inteiras. O avanço abre novas possibilidades para o jornalismo local.
Cerca de 800 estações LPFM já estão no ar nos Estados Unidos e, em muitos casos, servem como única fonte de notícias e informações locais às comunidades onde se encontram. A WQRZ-LP, “Katrina Radio”, ajudou os moradores do condado de Hancock, no Mississipi, antes, durante e depois do furacão Katrina na costa do Golfo do México em 2005. Em Bend, em Oregon, assim como em Sarasota, na Flórida, e em outras comunidades do país, os departamentos locais de notícias transmitem conteúdo das estações LPFM.
A nova lei flexibiliza as exigências para conseguir as permissões. Os grupos que desejem fundar uma emissora podem se dedicar ao plano enquanto aguardam uma decisão da Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês) sobre os prazos de inscrição.
A maioria das rádios LPFM hoje no ar é operada por escolas e organizações cívicas e religiosas. Inevitavelmente, muitas comunidades irão enfrentar verdadeiras batalhas pelas permissões entre os grupos que desejam criar novas emissoras.
Para os que estão preocupados com a situação do jornalismo nos Estados Unidos, esta é a oportunidade perfeita para considerar novas formas de jornalismo comunitário e sem fins lucrativos em um meio de comunicação como o rádio, já testado e aprovado pelo tempo. Enquanto isso, a coalização de movimentos e grupos que defenderam a nova legislação podem direcionar seus esforços para auxiliar as comunidades a fazer o melhor uso das rádios locais.
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