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terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Como a mídia é regulada na Suécia


Por Claudia Wallin, publicado originalmente em Cartas da Suécia


O Ombudsman sueco da Imprensa levanta uma sobrancelha, como se acabasse de ouvir um impropério ou um desvairado insulto pessoal. A pergunta é se o sistema de regulação da mídia na Suécia pode ser interpretado como algum tipo de censura ou cerceamento da liberdade de imprensa. ”Absolutamente não”, diz um quase raivoso Ola Sigvardsson. ”Trata-se,aqui, de proteger a ética”.
Em 1766, a Suécia aprovou a primeira lei de liberdade de imprensa do mundo. Um século e meio depois, os suecos chegaram à conclusão de que era inadiável criar um modelo que, se de um lado preservava a essencial liberdade de expressão, de outro continha os perigosos excessos da mídia. Em 1916, o país criou o mais antigo conselho supervisor de imprensa da história – um modelo pioneiro, que viria a inspirar a criação de organismos de auto-regulamentação da mídia em diversos países.
Tempos depois, os suecos deram mais um passo à frente: incorporaram representantes da sociedade e do Judiciário ao seu Conselho de Imprensa. Criaram também um Comitê de Radiodifusão para supervisionar o rádio e na TV, e também puseram lá cidadãos comuns – como professores, médicos, representantes de sindicatos. E a presidência dos dois organismos é sempre excercida por juízes da Suprema Corte, que se alternam, em regime de revezamento, à frente dos órgãos de supervisão.
O entendimento sueco é de que o direito de expressar uma opinião traz, em doses iguais, o dever da responsabilidade. ”A liberdade de expressão, quando exercida de forma abusiva, pode ofender, incitar à discriminação e à violência, ou ter consequências negativas para um indivíduo ou uma sociedade como um todo”, diz a literatura oficial sueca sobre o tema.
O modelo sueco é, por definição, um sistema de auto-regulação voluntária da mídia – mas que se equilibra sobre o alicerce de um sólido conjunto de normas de conduta, e leva em conta a voz do público. Não há uma legislação específica para regular a imprensa: o que rege o sistema é um robusto código de ética.
”A ética é sempre muito mais rigorosa do que as leis”, pondera Ola Sigvardsson, ex-jornalista que desde 2011 ocupa o cargo de Ombudsman da Imprensa na Suécia.
”Um jornal poderia, por exemplo, publicar os nomes de pessoas que cometeram suicídio, ou de indivíduos suspeitos de ter praticado um crime. Isso não seria uma violação à lei, mas seria antiético. A ética também manda que a imprensa seja particularmente cuidadosa com as vítimas de crimes, por elas já terem sofrido o suficiente”, observa Sigvardsson.
Os guardiões da ética na imprensa sueca são o Ombudsman da Imprensa e o Conselho de Imprensa (Pressens Opinionsnämnd). O Ombudsman, também uma invenção sueca (de ”ombud”, representante, e ”man”, povo”), é a face pública do sistema. Ele atua como o primeiro filtro das queixas relacionadas à mídia, e tem poderes para mediar correções e direitos de resposta nos jornais. Casos mais complexos são examinados pelo Conselho em seu conjunto.
O envolvimento no sistema do Conselho de Imprensa é voluntário – mas praticamente todos os jornais e sites noticiosos do país são sócios desse clube: aos olhos do seu exigente público, submeter-se voluntariamente a um real escrutínio representa uma espécie de selo de garantia de responsabilidade.
”Quando o jornal Expressen foi criticado certa vez, o editor estampou a seguinte manchete: ’O Expressen foi criticado pelo Conselho de Imprensa. Leiam sobre isso’. Porque a posição do editor é a de que ser reconhecido como um jornal responsável é o caminho do futuro, e uma maneira de se diferenciar do ”quase jornalismo” que em muitos casos se pratica na internet.
No passado, publicar uma crítica do Conselho era algo vexaminoso. Hoje, eu diria que essa cultura está sendo transformada: publicar uma crítica mostrando que seu jornal errou mostra ao seu público que você está empenhado em ser correto”, diz o Ombudsman da Imprensa, que é nomeado por um comitê especial composto pelo Ombudsman do Parlamento, o presidente da Associação Nacional de Magistrados da Suécia e o presidente do Clube Nacional de Imprensa.
O Conselho de Imprensa sueco é formado por 32 integrantes: além dos quatro juízes da Suprema Corte que se revezam na presidência, a composição do órgão é equilibrada entre 16 representantes das organizações de mídia e 12 membros do público em geral. Os representantes públicos – atualmente composto, entre outros, por médicos e professores – são nomeados pelo Ombudsman do Parlamento, e pelo presidente da Associação Nacional de Magistrados da Suécia.
”Não há qualquer interferência de políticos, do estado ou do governo. É um comitê independente, que realiza uma supervisão independente”, diz Fredrik Wersäll, o juiz da Suprema Corte que preside atualmente o Conselho.
”A Suécia tem uma forte tradição de liberdade de expressão, que é um elemento básico de uma sociedade liberal. Mas por outro lado, é preciso defender os valores éticos”, destaca Wersäll.

Conselho de Imprensa da Suécia
Com orçamento anual de 45 milhões de coroas suecas (cerca de 15,3 milhões de reais), o Conselho de Imprensa da Suécia é financiado majoritariamente pelasquatro principais organizações jornalísticas do país: a Associação de Editores de Jornais (75%), a Associação dos Editores de Revistas (5%), a União de Jornalistas (menos de 1%) e o Clube Nacional de Imprensa (menos de 1%) – organismos que são também responsáveis pela formulação do Código de Ética que rege o sistema.
Os cerca de 20% restantes do financiamento do Conselho vêm de uma peculiaridade do sistema sueco: as multas aplicadas a empresas jornalísticas que violam as normas da ética. O valor das multas varia de 13 mil coroas suecas (cerca de 4,4 mil reais), para jornais de menor porte, a 22 mil coroas (aproximadamente 7,4 mil reais) para jornais com tiragem superior a dez mil exemplares.
É um sistema que ainda se apóia consideravelmente na eficácia da ameaça da humilhação pública: jornais que atropelam o código de ética costumam publicar os veredictos do Conselho de Imprensa em notas da proporção de uma página quase inteira – mesmo não sendo obrigados a isso: ”Recomendamos que as críticas sejam publicadas com destaque, mas não há obrigatoriedade no cumprimento da norma”, diz Synnöve Magnusson, secretária-geral do Conselho.
Por que então quase sempre as críticas ocupam quase toda uma página? – pergunto.
”Penso que é porque os jornais têm grande respeito pelo sistema”, responde Synnöve. ”E o sistema funciona, porque os leitores suecos odeiam ver esse tipo de crítica no jornal que compram”.
No site oficial do Conselho de Imprensa, é possível acessar um extenso banco de dados com as reprimendas e punições aplicadas pelo órgão. Um dos casos mais recentes é o de um sueco que se prepara para cumprir pena em uma penitenciária, e que encaminhou a sua queixa ao Conselho: o jornal Aftonbladet havia incluído seu nome em uma lista decondenados pela Justiça procurados pela Interpol, em reportagem intitulada ”Caçados em todo o mundo”.
Só que o homem já havia se apresentado à Justiça, que o condenou a quatro anos de prisão por ter ludibriado os serviços sociais ao fingir estar preso a uma cadeira de rodas para receber benefícios do Estado. O Conselho demandou a correção.
A cada ano, o Conselho recebe em torno de 200 queixas formais, em sua maioria relacionadas à cobertura jornalística sobre suspeitos de crimes e a casos de invasão de privacidade. Este ano, das 136 reclamações recebidas, 72 resultaram em críticas ao órgão jornalístico em questão.
”O sistema é eficiente, e não penso que o código de ética deve ser transformado em lei. Porque uma legislação teria o potencial de reduzir a liberdade de expressão”, opina o Ombudsman da Imprensa.
A Suécia também não tem uma legislação específicapara regular a alta concentração da mídia no país: dois grupos, o sueco Bonniers e o norueguês Schibsted, controlam os jornais de maior circulação nacional e têm diferentes interesses no mercado de TV; a tradicional Bonniers controla ainda a maior editora do país.
”Somos um país pequeno, de pouco mais de 9 milhões de habitantes, e o mercado tende a ser mais concentrado. Temos por outro lado uma forte tradiçãode liberdade de opinião, e fortes valores éticos na mídia.Também há um grande espectro de empresas independentes de distribuição e produção de conteúdo.Mas há um consenso geral de que, a longo prazo, precisaremos ter um novo panorama de mídia no país”, diz Kristoffer Talltorp, o porta-voz do Ministério da Cultura.
Casos de fusão de empresas de mídia, porém, passam obrigatoriamente pelo crivo do Konkurrensverket, a autoridade sueca que regula a competição no país.
”Bloqueamos uma fusão de empresas de mídia recentemente, pois do contrário uma companhia de TV a cabo teria se tornado dominante demais”, conta Maria Ulvensjö, especialista em casos de merger do Konkurrensverket. ”Mas não é proibido na Suécia que uma empresa de mídia cresça e adquira predominância”, acrescenta ela.
Também não há nenhuma proibição formal, na Suécia, de que políticos sejam donos de jornais ou concessões de rádio e TV.
”Mas isso simplesmente não acontece aqui. Seria inaceitável”, afirma o porta-voz do Ministério.
Para o rádio e a TV sueca, o sistema de auto-regulação segue os moldes do modelo adotado na imprensa. Oguardião do sistema é a Comissão de Radiodifusão(Myndigheten för Radio och TV), subordinada ao Ministério da Cultura. São duas as funções do órgão: regulamentar a outorga de concessões, e supervisionar se as regras estabelecidas na Lei de Rádio e Televisão são cumpridas pelas emissoras.
A renovação de concessões de rádio e TV não é automática.
"As licenças são concedidas por um período máximo de seis anos”, diz Kerstin Morast, diretora do departamento responsável pela outorga de concessão de licenças. ”Todas as licenças de rádio e TV na Suécia expiram simultaneamente, e portanto a cada seis anos iniciamos um amplo processo de análise da renovação das licenças”.
Não há registro recente, no entanto, de casos de revogação de concessões.
”Não temos problemas sérios de violação das normas na Suécia”, diz Kerstin.
Algumas normas da Lei sueca de Rádio e TV, atualizada em 2010, são:
. O direito de realizar transmissões deve ser exercido, mais especificamente no caso das emissoras públicas,com imparcialidade e objetividade
. Empresas jornalísticas devem garantir que os serviços de jornalismo reflitam os conceitos fundamentais de uma sociedade democrática, o princípio de que todas as pessoas têm igual valor, e a liberdade e dignidade do indivíduo
. Programas para crianças menores de 12 anos de idade não devem ser interrompidos por comerciais
. Anúncios comerciais na TV não devem exceder o total de 12 minutos por hora
A lei sueca também proíbe a veiculação de comerciais destinados a crianças menores de 12 anos de idade.
Igualmente, a lei não permite que estrelas de programas infantis façam qualquer tipo de propaganda na TV.
”E antes das 9 da noite, as emissoras devem também evitar exibir filmes violentos ou que possam amedrontar as crianças. É recomendável ainda que a violência na TV sempre seja mantida em níveis aceitáveis”, diz o jurista Nils Sigfrid, jurista da Comissão de Radiodifusão.
A supervisão do cumprimento das normas é feita em caráter constante, na Comissão, pelo chamado Comitê Supervisor da Radiodifusão (Granskningsnämden för Radio och TV).
O órgão é composto por 11 integrantes, incluindo três juízes da Suprema Corte. Os demais oito membros são representantes públicos, nomeados pelo governo.
”Atualmente, os representantes do público são umprofessor de Mídia e Comunicação, três jornalistas, sendo que um deles é aposentado, um escritor e o diretor de uma companhia de ópera”, detalha Helena Söderman, chefe do departamento de supervisão da Comissão de Radiodifusão.
Não se trata, repete Söderman, de um trabalho de censor: ”Absolutamente nada a ver com censura”, diz ela. ”Temos uma legislação com normas de conduta, e regras especiais que os detentores de concessões devem seguir”.
Dos cerca de 1 300 casos julgados anualmente pelo Comitê, segundo Söderman, a maioria é relacionada à questão da imparcialidade e da exatidão das informações veiculadas.
A punição para o descumprimento das normas é a leitura das críticas do Comitê antes da transmissão do programa em questão – ou multa: casos de emissoras que violam por exemplo as regras sobre anúncios comerciais, ou sobre a proibição de exibir produtos em programas não comerciais, são levados pelo Comitê à Justiça. O valor da multa, nesses casos, pode chegar a5 milhões de coroas suecas (cerca de 1,7 milhão de reais).
Deve haver sensatez no modelo de regulação da mídia dos suecos e seus vizinhos escandinavos, que adotam sistemas semelhantes: Suécia, Finlândia, Noruega e Dinamarca aparecem consistentemente no alto dos rankings dos países com o maior índice de liberdade de imprensa do mundo.

terça-feira, 5 de março de 2013

Rogério Dy La Fuente é o primeiro ombudsman das mídias do Senado Federal


Jornalista dos quadros do Senado Federal,
Dy La Fuente tem mestrado em Comunicação Social
com pesquisa no campo da Comunicação Legislativa.
O Jornalista Rogério Dy La Fuente, analista legislativo do Senado Federal, foi designado ombudsman das mídias daquela Casa do Congresso Nacional. Formado em Jornalismo e Mestre em Comunicação Social, pela Universidade de Brasília, com pesquisa sobre Comunicação Legislativa, é servidor concursado dos quadros da Casa, atuava como editor na Rádio Senado, e será o primeiro profissional a ocupar o cargo recém criado
A nomeação de Dy La Fuente foi definida no dia 28/2 e publicada no Boletim Administrativo do Senado Federal, no dia 4/3. O seu mandato será de dois anos e caberá a ele analisar se TV, rádio, agência e jornal da Casa estão fazendo uma cobertura jornalística de qualidade das atividades legislativas e responderá reclamações e sugestões dos cidadãos.
Caberá ao ombudsman analisar se as mídias legislativas
estão fazendo uma cobertura jornalística de qualidade e

 responder as reclamações dos cidadãos.
O Senado criou o cargo de ombudsman, que ficará responsável por fazer uma avaliação diária sobre a cobertura jornalística dos veículos da Casa e por receber e responder críticas, dúvidas, elogios e sugestões da sociedade. O servidor que for indicado exercerá a função por até dois anos.
Ombudsman é uma palavra sueca que quer dizer representante do povo e é usada em diversos países para designar o cargo de ouvidor-geral de governos, instituições e empresas.
No jornalismo, o ombudsman é o responsável por fazer uma crítica interna das publicações e dos noticiários e por receber, avaliar e encaminhar as reclamações e sugestões da sociedade.
O diretor da Secretaria de Comunicação Social do Senado, Fernando Cesar Mesquita, disse que a criação do cargo de ombudsman tem objetivo de melhorar a qualidade da informação oferecida aos leitores, ouvintes e telespectadores dos veículos de comunicação da Casa e aperfeiçoar o trabalho da TV, da Rádio, da Agência e do Jornal do Senado:
— É uma forma de o cidadão fazer valer os seus direitos, protestar, reclamar, dar sugestões.
A senadora Ana Amélia (PP-RS), que é jornalista, disse que a medida vai garantir o equilíbrio e a imparcialidade no noticiário do Senado.
— A instituição tem a obrigação de abordar todos os temas de maneira equilibrada. Não se pode imaginar que fique a serviço de um ou outro grupo dentro do Senado. Deve dar cobertura igualitária a todos os parlamentares — disse.
A Secretaria Especial de Comunicação Social divulgará como a população poderá ­­se manifestar, por e-mail, ­­telefone e redes sociais. O ­ombudsman terá 24 horas para responder ­­as questões, apresentar soluções ou informar o encaminhamento das demandas.

segunda-feira, 4 de março de 2013

UnB realiza 1º Seminário Ibero-Americano de Ouvidorias/Ombudsman de Mídia


Enviado por Glauciene Lara

Na próxima quinta (7/3), das 9 às 16h, a Faculdade de Comunicação da UnB sedia o 1º Seminário Ibero-Americano de Ouvidorias/Ombudsman de Mídia. O Seminário é pioneiro na partilha de pesquisas e experiências de implementação de Ouvidorias de mídia. Com isso, espera-se fortalecer iniciativas brasileiras, além de cultivar o debate sobre as formas de implementação de ferramentas de Ouvidorias em veículos públicos e privados.

O Ombudsman surgiu como o profissional que tem a função de mediar demandas dos cidadãos junto aos meios de comunicação. Com o passar do tempo, a instituição se disseminou e, além de iniciativas existentes no âmbito da administração pública, empresas começaram a utilizar o canal, também traduzido como Ouvidor, como forma de prestar contas e atuar a partir de modelos estabelecidos.

Inscreva-se gratuitamente em: http://tinyurl.com/1seminarioiberoamericano
(Vagas limitadas)
Transmissão online ao vivo através do portal da UnB TV: http://www.unbtv.unb.br
Envio de questões para o debate e mais informações: comcomunb@gmail.com

Participe do evento no Facebook: http://www.facebook.com/events/529458670432412/
Quinta,7/3

I Seminário Ibero-Americano de Ouvidorias/ Ombudsman de MídiaAuditório da Faculdade de Comunicação
Universidade de Brasília

Abertura
9hNelson Breve (Diretor-Presidente da EBC)
José Eduardo Elias Romão (Ouvidor Geral da União)
David Renault (Diretor da Faculdade de Comunicação)
Fernando Oliveira Paulino (UnB)

10h20Experiências Nacionais
Regina Lima (Ouvidora da EBC), Laurindo Leal Filho (USP) e Josenildo Guerra (Renoi-UFS)
Coordenação: Luiz Martins (Fundador e Coordenador do Projeto SOS-Imprensa) 

14h
Experiências internacionais

Kenia Maia (UFRN-SBPJor)

Exemplos da América Latina
María Patricia Téllez (Universidad Javeriana, Colômbia)

Práticas ibéricas
Madalena Oliveira (Universidade do Minho, Portugal)
Coordenação: Murilo César Ramos (Coordenador do Programa de Pós-Graduação da FAC e membro do Conselho Curador da EBC)

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Profissões de Ombudsman e de DJ são reconhecidas pelo Ministério do Trabalho.




O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou na quinta-feira (31/1) a atualização da Classificação Brasileira de Ocupações (CBO). A revisão contou com a inclusão e exclusão de 60 ocupações, famílias ocupacionais e sinonímias. O arquivo passa a conter agora 2.619 ocupações. Clique aqui para conferir.
Dentre as novas ocupações incluídas na classificação oficial está a de Ombudsman, código 1423-40. Pela CBO, a função tem por significado ser crítico de jornal. O mesmo código será também utilizado para crítico de rádio  e crítico de televisão. O ministério do trabalho reconhece assim a prodissão de ouvidoria da imprensa, sem que muitos veículos de comunicação pratiquem esta técnica, original dos países escandinavos.
Também as profissões de DJ, que será oficialmente denominada de Disc Jockey e usará o código 3741-45, e de musicoterapeuta foram formalmente reconhecidas. Houve ainda alterações na codificação da função de Relações Públicas, que deixa de usar o código 2531-05 e passa a ocupar 1423-25.
No caso de trabalhadores com vínculos empregatícios, estas denominações e condificações devem ser as utilizadas para efeito de contratação, inclusive lançamentos na carteira de trabalho. O reconhecimento das profissões permite ainda a sua organização em sindicatos ou a participação em entidades sindicais já existentes.
“Os trabalhadores sentem-se amparados e valorizados ao terem acesso a um documento elaborado pelo governo que identifica e reconhece seu ofício. As inclusões das ocupações na CBO têm gerado, tanto para categorias profissionais quanto para os trabalhadores, uma maior visibilidade, um sentimento de valorização e de inclusão social”, destacou o diretor do Departamento de Emprego e Salário do MTE, Rodolfo Torelly.
As novas atualizações buscam atender as demandas do público em geral e entidades governamentais como: Ministério da Saúde; do Desenvolvimento Social; do Turismo; Secretária de Direitos Humanos; Policia Federal; Classificação Internacional Uniforme de Ocupações (CIUO) da Organização Internacional do Trabalho; entre outros.
A CBO retrata a realidade das profissões do mercado de trabalho brasileiro. A atualização e modernização do documento ocorrem para acompanhar o dinamismo das ocupações e mudanças econômicas, sociais e culturais pelas quais o país passa. Essas modificações e inclusões são elaboradas com a participação efetiva de representantes dos profissionais de cada área, em todo o país.
Aplicação - A CBO é utilizada pelo MTE na confecção da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no cruzamento de dados do Seguro-Desemprego e na formulação de políticas públicas de geração de emprego e renda.
Outras instituições governamentais utilizam a CBO para seus produtos, como a Declaração de Imposto de Renda, o cadastramento no INSS, em políticas públicas de Saúde, no Censo Educacional e em pesquisas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Mídias do Senado terão ombusdman

Da Agência Senado com informações da Rádio Senado.


O Senado criou o cargo de ombusdman, que ficará responsável por fazer uma avaliação diária sobre a cobertura jornalística dos veículos da Casa, além de receber e responder críticas, dúvidas, elogios e sugestões da sociedade. A senadora Ana Amélia (PP-RS) elogiou a iniciativa e disse que a medida vai garantir o equilíbrio e a imparcialidade no noticiário da Casa.
- A instituição tem a obrigação de abordar todos os temas de maneira equilibrada. Não se pode imaginar que fique a serviço de um ou outro grupo dentro do Senado. Deve dar cobertura igualitária a todos os parlamentares – disse a senadora.
Ombudsman é uma palavra sueca que quer dizer representante do povo e é usada em diversos países para designar o cargo de ouvidor-geral de governos, instituições e empresas. No jornalismo, tradicionalmente, o ombudsman é o profissional responsável por fazer uma crítica interna das publicações e noticiários e por receber, avaliar e encaminhar as reclamações e sugestões da sociedade.
O diretor da Secretaria de Comunicação Social do Senado, Fernando César Mesquita, disse que a criação do cargo de ombudsman tem objetivo de melhorar a qualidade da informação oferecida aos leitores, ouvintes e telespectadores dos veículos da Casa e aperfeiçoar o trabalho da TV, da Rádio, do Jornal e da Agência Senado.
- É uma forma de o cidadão fazer valer os seus direitos, e protestar, reclamar, dar sugestões, visando aperfeiçoar. É o nosso caso aqui. O ombudsman tem o papel de contribuir para o aprimoramento do trabalho – disse.
A Secretaria Especial de Comunicação Social (SECS) divulgará como a população poderá se manifestar por meio de e-mail, telefone e redes sociais. O órgão deverá encaminhar as queixas, dúvidas, sugestões e elogios aos setores responsáveis. O ombusdman terá um prazo de 24 horas para responder as questões apresentadas, apresentar soluções ou informar o encaminhamento das demandas. O servidor indicado deve exercer a função por até dois anos, sem a possibilidade de recondução para o cargo.

domingo, 25 de outubro de 2009

Opinião - Folha de São Paulo: A ditadura do ombudsman

O artigo é de Urariano Mota, em Carta Maior

A Folha de São Paulo foi o primeiro jornal brasileiro a ter algo semelhante, o seu próprio ombudsman, que deveria ser um profissional dedicado a receber, investigar e encaminhar as queixas dos leitores, além de realizar a crítica interna do jornal. O ombudsman da Folha pode até receber e encaminhar as queixas dos leitores. Mas poderia ser substituído por uma caixa online, que a cada reclamação respondesse automático: caro senhor, muito obrigado, senhor, atenciosamente.

Recife (PE) - Qualquer pesquisa na internet informará que ombudsman é uma palavra sueca que significa representante do cidadão. E que a Folha de São Paulo foi o primeiro jornal brasileiro a ter algo semelhante, o seu próprio ombudsman, que deveria ser um profissional dedicado a receber, investigar e encaminhar as queixas dos leitores; realizar a crítica interna do jornal e, uma vez por semana, aos domingos, etc. etc. Vamos ao ponto e ao fato, agora. Em 29 de julho de 2009, lancei o livro “Soledad no Recife” em São Paulo. O livro narra os últimos dias de Soledad Barrett, a militante socialista que teve a infinita infelicidade de ser mulher do Cabo Anselmo, pois grávida foi entregue por ele ao assassino Fleury. Que a executou sob torturas, a ela e a mais cinco militantes, em 1973. Isso é histórico. O livro, uma recriação literária em cima de pessoas, depoimentos e papéis, expõe o caráter da traição de Anselmo, em um momento que não poderia ser mais inconveniente para ele.

Para ler a continuação deste artigo, clique aqui

As opiniões aqui postadas são de responsabilidade de seus autores

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Uruguai: projeto de lei busca regulamentar conteúdos culturais no rádio e na TV

Por Ingrid Bachmann, do Blog de notícias Jornalismo nas Américas, em 07/20/2009


Nos próximos dias será apresentado ao parlamento uruguaio um projeto de lei sobre conteúdos digitais na televisão, rádio e cinema que busca "defender a liberdade de expressão" e criar a figura do ombudsman, informa o Últimas Noticias.
O projeto, que pretende "ordenar sem avassalar nem censurar", exige um mínimo de produção nacional ainda não definido, explicou o diretor nacional de Cultura, Hugo Achuga. Também será determinado um horário para a transmissão de tais conteúdos.
Segundo o El País, a figura do ombudsman atenderá, por exemplo, a denúncias de pais que questionam o conteúdo nos meios de comunicação ao alcance de seus filhos e dará atenção à opinião de artistas e escritores que estiverem sofrendo ameaças às suas liberdades.