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quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Concurso Microbolsas Judiciário vai distribuir cinco bolsas para as melhores pautas

A Agência Pública convoca repórteres independentes para investigar o sistema judiciário. As inscrições para o 6º Concurso de Microbolsas da Agência Pública estão abertas até o dia 29/2 para repórteres independentes de todo o Brasil. Eles devem propor pauta sobre o Poder Judiciário. As cinco pautas vencedoras ganham 5 mil reais, cada uma, para custear a execução da reportagem .
Entre os três poderes da República, o Judiciário é o que conta com menos coberturas investigativas e aprofundadas feitas pela imprensa brasileira. É nesse contexto que a Agência Pública de Jornalismo Investigativo lança seu sexto concurso de microbolsas para reportagens e convoca jornalistas independentes de todo o Brasil a pensarem em pautas sobre o sistema Judiciário.
Em 2014, os custos do Poder Judiciário foram de um total de R$ 68,4 bilhões, o equivalente a R$ 337 por brasileiro. Mesmo assim, começou o ano de 2014 com 70,8 milhões de processos pendentes, número que cresce todos os anos desde 2009, segundo o relatório Justiça em Números 2015, do Conselho Nacional de Justiça. E a morosidade é apenas um dos problemas recorrentes.
Com apoio do Instituto Betty e Jacob Lafer, o concurso vai distribuir bolsas no valor de R$ 5 mil para as cinco melhores propostas de pauta sobre o Poder Judiciário. As inscrições vão até o dia 29 de fevereiro e devem ser feitas pelo formulário disponibilizado junto com o regulamento do concurso no site da Pública. As pautas vencedoras serão selecionadas e receberão orientação e mentoria das diretoras da Agência Pública, Marina Amaral e Natalia Viana.
“Como nos outros poderes, o Judiciário precisa ser monitorado e cobrado pelos cidadãos para ter um bom funcionamento. É também esse o papel do jornalismo de interesse público: expor os problemas que acossam o nosso Judiciário, como por exemplo a parcialidade, a corrupção e a morosidade que contribuem para a ausência de uma Justiça efetiva e igualitária”, dia Natalia Viana. Serão aceitas pautas que tenham como objetivo investigar o sistema judiciário brasileiro em qualquer de suas esferas. A Agência Pública incentiva jornalistas de todo o Brasil a participar.
Para fazer a inscrição, o repórter deve apresentar uma pré-apuração da pauta, plano de trabalho e plano de orçamento. Os critérios para a escolha dos vencedores são consistência na pré-apuração, experiência e capacidade do repórter de realizar matérias de forma independente, segurança e viabilidade da investigação e ineditismo e relevância da pauta.
Microbolsas
Desde 2011 a Agência Pública promove concursos de microbolsas para repórteres independentes. O projeto tem como objetivo fomentar o jornalismo independente e investigativo no país, apoiando repórteres que nem sempre encontram espaço nas redações para reportagens aprofundadas. Ao todo, as cinco edições anteriores distribuíram 89 mil reais em microbolsas e financiaram 20 reportagens.
Três investigações realizadas através do projeto foram premiadas: “Severinas”, minidocumentário de Eliza Capai foi finalista do Prêmio Gabriel Garcia Marques 2014; “Cadeias Indígenas na Ditadura”, reportagem de André Campos, foi finalista do Prêmio Iberoamericano de Periodismo 2014; e “Jovens negros na mira de grupos de Extermínio na Bahia”, de Lena Azevedo) recebeu uma menção honrosa no Prêmio Abdias do Nascimento 2013. Em 2015, reportagens ganhadoras de microbolsas foram publicadas pelos jornais Zero Hora (RS) e O Povo (CE).

Sobre a Agência Pública: 
A Agência Pública aposta em um modelo de jornalismo sem fins lucrativos para manter a independência. Fundada em 2011, funciona como uma agência de notícias que publica reportagens investigativas e distribui conteúdo para mais de 60 republicadores. Todo o conteúdo pode ser livremente reproduzido sob a licença Creative Commons. Tem como missão produzir reportagens de fôlego pautadas pelo interesse público – visando ao fortalecimento do direito à informação, à qualificação do debate democrático e à promoção dos direitos humanos. Além das campanhas de crowdfunding, a Agência Pública conta com financiamento de instituições de peso e renome internacional, como a Fundação Ford e a OAK Foundation. http://apublica.org/
SERVIÇO:
Inscrições: de 20/01 a 29/02
As inscrições devem ser feitas através do formulário: http://goo.gl/forms/lVNd14se2H
Informações e dúvidas: (11) 3661-3887
Divulgação do resultado: 07/03

Regulamento no site: http://goo.gl/blrm8D

terça-feira, 23 de abril de 2013

Costa Rica: revelar segredos de Estado pode dar até seis anos de cadeia a jornalistas

Do Repórter sem Fronteiras

ADOPTAN DE FORMA DEFINITIVA LA REFORMA A LA LEY DE DELITOS INFORMÁTICOS

El 22 de abril de 2013 la reforma a la Ley de Delitos Informáticos fue aprobada en segunda lectura por la gran mayoría de los diputados (42 votos a favor, 2 en contra). 
Las líneas principales de la reforma a la ley – que se espera sea promulgada por el Ejecutivo – permanecen intactas respecto a su examen en primera lectura.
Reporteros sin Fronteras lamenta que los diputados no hayan ido más lejos en el debate de la segunda lectura, modificando más que antes la nueva disposición del texto que castiga con una pena de uno a seis años de cárcel la revelación de ‘Secretos de Estado relativos a la seguridad interna o externa de la Nación, la defensa de la soberanía nacional o las relaciones exteriores de la República’. Esta cláusula deja abierta la posibilidad de que se presenten recursos legales.
Costa Rica se ubica a la cabeza de los países de América Latina en la última Clasificación Mundial de la Libertad de Prensa creada por Reporteros sin Fronteras. Ocupa el lugar 18 de entre un total de 179 países.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Youtube lança canal de jornalismo investigativo

De Medioslatinos

El sitio de videos online Youtube acaba de anunciar el lanzamiento de un canal dedicado al periodismo de investigación. Bajo el nombre "The I Files" este canal recopilará los mejores reportajes de investigación de los medios más prestigiosos del mundo, como The New York Times, BBC, ABC o Al-Jazeera. 
Para esta tarea la plataforma se apoyará en más de 60 organizaciones sin ánimo de lucro, como el prestigioso Centro Pulitzer. Según estudios recientes Youtube está dejando de ser solamente una herramienta de entretenimiento y cada vez más personas utilizan YouTube como una fuente de información, especialmente cuando se produce algún desastre natural, como el caso del terremoto de Japón en 2011. 
Las expectativas en torno al proyecto son altas dentro de la industria de los medios. Según referentes del sector, como el CEO de la plataforma de noticias Storyful, Mark Little,"a largo plazo (...) Youtube se convertirá en el punto de destino. Va a ser el lugar al que la gente recurra en primer lugar para consumir noticias en el mundo, particularmente noticias en formato de video".

Información publicada en el Editors Weblog de WAN-IFRA. Para más detalles haga click aquí.  

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

7º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo previsto para julho de 2012

A sétima edição do congresso anual da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo já tem data para acontecer: será nos dias 12, 13 e 14 de julho de 2012.

Pelo quarto ano consecutivo o evento será uma parceria com a Universidade Anhembi Morumbi. A edição de 2012 do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo acontecerá no campus Vila Olímpia da instituição.

A programação do 7º Congresso da Abraji já está sendo desenhada e incluirá painéis sobre cobertura do crime organizado e corrupção de eleições, de administração pública, de obras para a Copa do Mundo e Olimpíadas, entre outros.

Toda a programação estará disponível em breve no site da Abraji: www.abraji.org.br.

Siga nossa conta no twitter (@Abraji) e procure nossa página no Facebook para acompanhar as novidades. Os melhores momentos do último Congresso podem ser conferidos no blog elaborado pelos estudantes do projeto Repórter do Futuro: http://6congressoabraji.wordpress.com/

Os associados à Abraji têm descontos significativos na hora de fazer a inscrição no Congresso. Mais informações sobre as vantagens de ser sócio da Abraji são encontradas no link http://bit.ly/filiese.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Livro analisa Jornalismo investigativo e pesquisa científica

Vai ser lançado dia 4 de novembro, o livro "Jornalismo Investigativo e Pesquisa Científica: Fronteiras". O livro é organizado por Rogério Christofoletti e Francisco José Karam, e traz textos produzidos a partir do Seminário Brasil-Argentina de Pesquisa e Investigação no Jornalismo (Bapijor), promovido pelo Observatório da Ética Jornalística (objETHOS) e Mestrado em Jornalismo da UFSC em junho passado.
O lançamento acontece às 19h30, na ECO-UFRJ durante a sessão de livros no 9º Encontro dos Pesquisadores em Jornalismo, da SBPJor. Treze autores brasileiros e argentinos abordam temas como métodos, procedimentos, teorias, cuidados e desafios para as redações e os laboratórios.

IPYS e Fundação Ford ofertam bolsas a jornalistas

De Medioslatinos


El Instituto Prensa y Sociedad (IPYS) anunció la apertura de su convocatoria a 15 becas para periodistas de media carrera, con el apoyo financiero de la Fundación Ford.

Podrán participar periodistas de Argentina, Bolivia, Colombia, Chile, Ecuador, Paraguay, Perú, Uruguay y Venezuela.

Los ganadores serán parte de la segunda edición del Curso Avanzado de Periodismo de Investigación, donde podrán llevar adelante proyectos de investigación de cuatro meses.

Información publicada en el Sitio Web www.puroperiodismo.cl. Para más detalles haga click aquí

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Abertas inscrições para curso de investigação de gastos públicos em esportes

A Abraji, em parceria com a Associação Contas Abertas, promove a partir de 14 de novembro o primeiro curso on-line “Investigação em esporte: gastos com a Copa 2014 e os Jogos Olímpicos 2016”. O treinamento, voltado a jornalistas profissionais e estudantes de jornalismo, tem financiamento do Open Society Institute.

Os interessados em participar do curso, ministrado integralmente à distância por meio de plataforma virtual interativa, devem realizar as inscrições gratuitas neste link: http://bit.ly/investigaesportes. O prazo final para inscrições é 7 de novembro.

A Abraji fará uma seleção entre os inscritos e divulgará o nome dos participantes do curso até o dia 11 de novembro. Os alunos escolhidos receberão um login para o ambiente virtual e poderão acessar o conteúdo da primeira semana do curso a partir de 14 de novembro. O treinamento durará cinco semanas, até 18 de dezembro. Estão programadas outras três turmas para o mesmo curso, em datas ainda a serem definidas em 2012.

O curso de investigação em esporte vai mostrar a jornalistas onde encontrar informações oficiais sobre os gastos com obras relacionadas à Copa do Mundo de 2014 e também aos Jogos Olímpicos de 2016. De acordo com Gil Castello Branco, economista e fundador da Associação Contas Abertas, é preciso conhecer as peculiaridades de cada um dos sites que disponibilizam dados sobre as obras.

O conteúdo do treinamento foi desenvolvido pela equipe do Contas Abertas com apoio do jornalista esportivo José Cruz, colunista do UOL. A jornalista Marina Atoji, responsável pelo Fórum de Direito de Acesso a Informações Públicas (www.informacaopublica.org.br) trabalhou na adaptação do curso para a plataforma on-line e será uma das instrutoras.

Atenção: Este curso é diferente do curso "Transparência e investigação: jornalismo com informações públicas", promovido pela Abraji com financiamento da UNESCO (clique aqui para mais informações). Alguns dos módulos desses cursos acontecerão ao mesmo tempo. Recomendamos que a inscrição em apenas um deles. Haverá novos módulos de ambos os treinamentos em 2012.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Opinião: O flagelo do jornalismo investigativo

Por Claudio Julio Tognolli, em Brasil 247


JÁ QUE INVESTIGAR SAI CARO, E SEU RETORNO TEM SIDO ÍNFIMO OU NULO, A OPÇÃO TEM SIDO PUBLICAR E DIVULGAR DOCUMENTOS FORNECIDOS POR AUTORIDADES

O jornalismo do século 21 vive num estado de contínua inflação: nunca se processaram tantos jornalistas, nunca encolheram tanto as vagas nas redações. Sujeito como nunca às fúrias da Justiça, e a surtos idem de imprecisões, o jornalismo investigativo é quem mais sofre esse flagelo: afinal de contas, tal prática nasceu da idéia que repórteres, eles mesmos, montariam cenários com precisão e acurácia. As razões da crise agora parecem claras: os jornalistas passaram a copiar, maciçamente e aos magotes, dados fornecidos por autoridades. O que seria ponto de partida, virou ponto de chegada: o documento fornecido pela autoridade já nasce como ponto final –justamente ele que, nos padrões éticos do jornalismo, sempre foi visto com apenas um ponta-pé inicial a ser rechecado.

Ora, há dados bem concretos para analisar a autêntica guerra púnica em que se meteram os jornalistas. Não só a predileção do leitor pelas mídias sociais tem contribuído para a dissipação monetária das redações. Primeiro: o Brasil bate o recorde mundial de processos contra jornalistas. Os últimos dados tornados públicos são de 2007, quando: eram 3.133 processos num universo de 3.237 profissionais. O valor médio das indenizações passou de R$ 20 mil, em 2003, para R$ 80 mil. Hoje estima-se que sejam mais de cinco mil processos, com ceitis, postulados em juízo, que somam mais de RS$ 50 milhões. A ONG britânica Artigo 19 sustenta que o Brasil é ainda o país que mais processa jornalistas.

Tal quadro fez do jornalismo investigativo um negócio caro. Não só pelo custo-benefício: mas pelos salários pagos a profissionais supostamente capacitados a exercer tal expertise. Vejamos o quadro nos EUA: as vagas de jornalistas eliminadas nos jornais dos EUA desde que o centro de monitoramento “Paper Cuts” começou a contagem, em 2007, são de 21.008 em quatro anos e meio. O recorde foi em 2008, com 15.992 cortes. O ano de 2011 traz, até junho, 1.133 cortes. O foco dos cortes, é óbvio, são os jornalistas investigativos.

Os porquês são muito claros, em todas as redações do planeta: já que jornalismo investigativo sai caro, e seu retorno tem sido ínfimo ou nulo, a opção tem sido publicar e divulgar documentos fornecidos por autoridades. As razões são claras: a denúncia de um procurador, ou a sentença de um juiz, ou um grampo policial legal, levam a lustrosa chancela da fonte autorizada. De posse de um material que deveria ser seu ponto de partida, o repórter faz dele, como já se disse, seu ponto de chegada. Face um documento oficial, os departamentos jurídicos dos jornais acabam autorizando a publicação do “furo”. O repórter passou a ser mal visto quando se converte no “agent provocateur” da história: o negócio agora é pegar documento oficial pronto e mandar pra frente

Mas uma questão se põe, solarmente, diante desse quadro. E quando as autoridades, geradoras desses documentos, cometem erros, seja por incúria, má-fé ou mesmo por pura desatenção? Simples: o jornalista comete obviamente comete o mesmo erro. Mas desta vez está a salvo por um anelo melindroso: ele, afinal, publicou apenas o que uma autoridade “ilibada” lhe repassou.

Assim vão-se com o tempo os furos: e ficam os processos. As práticas desse mau jornalismo (que apenas se compraz em publicar o que recebeu pronto) hoje nivelam casos distantes topograficamente –mas que constituem, sempre em igual medida, a assustadoramente nupcial relação do jornalista com tais fontes.

O jornalista Roberto Cabrini levou 3 anos para saber que o publicado pela imprensa contra ele, com acusações de narcotráfico, era apenas uma “plantação” urdida por maus policiais. O Grupo Opportunity levou um período um pouco maior, e dependeu da chegada do caso nas cortes superiores, para saber que a Operação Satiagraha foi patrocinada por interesses privados, em disputa de território pelo mercado da telefonia.

Lá fora as cousas são tocadas erraticamente, também: mas o prazo de reparação é sagitalmente menor. Em questão de meses desmancharam-se, como um jogo de armar, as peças urdidas contra Dominique Strauss-Khan. Na Inglaterra um jornal que comprava fitas ilegais de autoridades teve de cerrar as portas.

No Brasil, sem opções outras, aqueles dilapidados publicamente, pela divulgação de documentos viciados, têm de terçar batalhas armagedônicas contra a impenitente demora de nossos tribunais. Agora já sabemos porque o jornalismo investigativo, que no passado se orgulhava de andar com as próprias pernas, caminha, liberticida e, afinal, suicida, costeado pelo andador das “fitas divulgadas”.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Abertas inscrições para treinamento de jornalismo investigativo nos EUA para estrangeiros

Por Summer Harlow/AP, no blog Jornalismo nas Américas

O Centro New England para o Jornalismo Investigativo (NECIR, na sigla em inglês), da Universidade de Boston, está oferecendo dois programas de treinamento de duas semanas para jornalistas estrangeiros. Os participantes receberão um certificado.

A primeira das duas turmas, com no máximo seis jornalistas cada, se reunirá de 6 a 17 de junho, e a segunda, de 20 de junho a 1 de julho. O custo do programa é de U$ $2.675 por pessoa, incluindo taxas, acomodação e 14 refeições por semana - transporte à parte.

Os jornalistas receberão um treinamento aprofundado e prático e trabalharão com repórteres experientes do NECIR para produzir uma reportagem que poderá ser veiculada nos meios de comunicação para o qual trabalham. Os participantes também aprenderão técnicas de reportagem com auxílio do computador (RAC), entrevista, redação, edição e apuração de matérias para os mais variados meios. Mais informações sobre os instrutores você encontra aqui.

Os interessados devem ter alguma experiência em reportagem investigativa e enviar exemplos de seu trabalho, além de uma carta do editor, assegurando que o profissional será encorajado a fazer reportagens investigativas no futuro.

Para se inscrever, acesse este link. A carta de referência e o currículo devem ser enviados para Joe Bergantino, diretor do NECIR, pelo e-mail jbergant@bu.edu.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Seminário Internacional sobre Jornalismo Investigativo: Um Diálogo Sul-Sul

Jornalistas, especialistas e acadêmicos do Brasil, África do Sul, Argentina, Índia, México, Paraguai, Suíça e Qatar reunir-se-ão no Seminário Internacional sobre Jornalismo Investigativo: Um Diálogo Sul-Sul, paraque acontece no dia 22 de novembro de 2010 em São Paulo, para analisar as dificuldades enfrentadas pelos jornalistas investigativos em cobrir assuntos sensíveis como a corrupção, as falhas de gestão pública, violência, pobreza e exclusão social. O seminário representa uma oportunidade única para a análise crítica e construtiva das estruturas de governança necessárias para garantir a liberdade de expressão, a partir da discussão de experiências internacionais. O objetivo desse seminário é promover a disscusão em torno das responsabilidades e consequências geradas pela mídia na construção de uma sociedade mais cidadã.

Dentre os palestrantes, destacamos:

o Abderrahim Foukara – Chefe do Canal Al Jazeera nos Estados Unidos, Washington D.C.

o Ophir Cavalcante – Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)
o
Ritu Sarin (Índia) – Chefe do Escritório de Investigação, Jornal The Indian Express
o
Makhudu Sefara (África do Sul) – Editor, Jornal The Sunday Independent
o
Luis Nassif – Diretor Superintendente, Agência Dinheiro Vivo
o
César Tralli – Jornalista, Repórter, Apresentador, TV Globo
o
Elvira Lobato – Jornalista, Folha de São Paulo
o
Guilherme Canela – UNESCO

O evento é resultado de uma parceria entre a Embaixada da Suíça no Brasil, o Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo (PNUD), a Procuradoria Geral da República, a Fundação Konrad Adenauer Stiftung e o Mercado Ético.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Universidade de Boston oferece curso de jornalismo investigativo

Do blog JORNALISMO NAS AMERICAS

O New England Center para o Jornalismo Investigativo (NECIR, na sigla em inglês), sediado na Universidade de Boston, está lançando um curso de jornalismo investigativo para jornalistas do mundo inteiro.

O curso começa em janeiro de 2001 e irá oferecer lições práticas, técnicas de reportagem investigativa e reportagem com auxílio de computador, técnicas de entrevista e dicas sobre como estruturar, escrever e editar reportagens investigativas para impresso, web e vídeo. As reportagens produzidas no curso serão publicadas em meios de comunicação americanos.

O curso custa US$ 1 mil por semana (gastos com alimentação e hospedagem não estão incluídos). As vagas são limitadas a seis jornalistas por curso. O centro está procurando apoio para tentar oferecer bolsas de estudo.

Veja aqui como se matricular no programa. Mais informações , clique aqui. ou através do email do diretor do NECIR, Joe Bergantino, jbergant@bu.edu.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Jornalismo investigativo no Brasil em debate na TV Câmara

Há uma tendência preocupante no jornalismo brasileiro: a publicação de investigações feitas por órgãos do Estado no lugar das apurações feitas pelos próprios repórteres.
O assunto chamou a atenção do jornalista e professor de Comunicação da Universidade de Brasília, Solano Nascimento, que fez uma pesquisa com as três maiores revistas semanais do país. O resultado da análise virou o livro Os Novos Escribas, assunto da edição do programa Comitê de Imprensa , da TV Câmara, que estreia na sexta-feir a, 30/04, às 22h, e com reprises no domingo, 2/05, às 6h, 11h30, 17h30 e às 23h30 e na segunda, 3/04, às 11h e às 19h30

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Livro analisa jornalismo investigativo no Brasil

Vai ser lançado nesta terça-feira dia 13, em Brasília, o livro Os novos escribas – O fenômeno do jornalismo sobre investigações no Brasil. O livro tem por base a tese de doutorado em Comunicação, defendida por Solano Nascimento, professor na Universidade de Brasília.
O lançamento, com direito à sessão de autógrafos, será às 19h, na Livraria Dom Quixote (406 Norte). Outra sessão está prevista para Porto Alegre, em 19 de abril, na Livraria Cultura do Shopping Bourbon Country (Avenida Túlio de Rose, 80, 2º piso), a partir das 19h.
Abaixo a sinopse elaborada pela editora.
"Há uma grande diferença entre descobrir uma irregularidade e descobrir que alguém descobriu uma irregularidade", avisa Solano Nascimento na frase de abertura deste livro provocador. Ele está se referindo a uma transformação silenciosa – e maléfica – que ocorre no jornalismo dito investigativo no Brasil: não é mais o próprio repórter que desvenda as maracutaias e falcatruas, mas autoridades que têm a obrigação de fazer isso, como policiais, promotores, procuradores e outros agentes de órgãos de fiscalização. Ao jornalista cabe apenas ter acesso àquela fita, ao tal dossiê, ao vídeo comprometedor.
Para detectar essa tendência, o autor observou a cobertura jornalística dos escândalos políticos nas três principais revistas semanais do país – Veja, IstoÉ e Época – em todos os anos em que houve disputa presidencial desde a redemocratização, da eleição de Fernando Collor de Mello, em 1989, à reeleição de Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006. Com apuro científico e analítico, Solano Nascimento demonstra que a transformação do "jornalismo investigativo" no que ele chama de "jornalismo sobre investigações" é uma realidade incômoda.
Ao abrir mão de investigar por si mesmo, o jornalista fica mais vulnerável ao risco de ser usado pela fonte que passa a informação e pode perder o controle sobre o próprio trabalho. Em outras palavras, o repórter deixa de ser um autor para se tornar um escriba, aquele que resigna a reproduzir a obra dos outros – o que é ruim para a imprensa, e terrível para a sociedade.