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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Clássico "O velho e o mar" é adaptado para o teatro


Por Tony Berrocal


Peça em cartaz em Cuba
deverá vir ao Brasil
e demais países da América do Sul


A história tem como personagem principal um velho pescador chamado Santiago. Apesar de muito experiente, acha-se em uma maré de azar, tendo ficado quase três meses sem conseguir pescar um único peixe.
Santiago possui um jovem amigo, chamado Manolín, que o incentiva a pescar. Na manhã do 85º dia, em sua pequena canoa, Santiago consegue pescar algo descomunal e que lhe oferece muita resistência e lhe carrega a canoa cada vez mais para o alto mar.
Formado na Escola de Instrutores de Arte, em 1963, Ramón Díaz recebeu aulas de representação dos professores Julio M. Aparicio e Adela Escartín (famosa atriz espanhola e cubana). Em 1965, ele entrou no elenco do Teatro Musical da Havana, onde ele alterna suas atividades como diretor e como artista, aparecendo na televisões cubana, mexicana, brasileira e venezuelana.
Algum tempo mais tarde, esse mestre teatral começa um tour internacional pela América Latina e Europa, o qual lhe lança a um status de celebridade, ao lado da atriz Olga Flor. Porém, foi com a adaptação “Del Cimarron”, do escritor cubano Miguel Barnet, que ele ganhou o Festival de Teatro da Havana e ficou realmente destacado dentro da sociedade da telinha havaneira. Ele criou adaptações teatrais para Hamlet, Don Juan, O Reino deste mundo e o Quixote. Este novo espetáculo é uma apresentação exclusiva. baseada no romance de Ernest Hemingway.
É um evento que promove uma oportunidade para homenagear e lembrar o grande escritor americano amigo de Cuba e México, que em artigos para The New York Times deu grande magnitude, a lendas da Havana Velha: a Bodeguita del Medio, o Floridita Daiquiri Mojito, La Virgen del Cobre, a barra de Dois irmãos e outros itens representativos de Cuba e ao México das touradas e história colonial.
Este trabalho, que é considerado um clássico da literatura, inspira esta encenação sem querer ser uma versão teatral da história familiar, mas uma criação independente por ela motivado. Ele usa as habilidades e desempenho do homem para mostrar como é o destino de fantoches, a arte da mímica, fantoches, espantalhos e os elementos mágicos da lanterna, com os quais o ator já trabalhara antes.

Mais do que um monólogo, pretende ser uma reflexão sobre o monólogo da terceira idade e final. Santiago, um pescador cubano idoso e atravessando o peso da solidão e uma temporada sem nada pescar, recorda sua vida passada. Desde o princípio, diz respeito a um menino chamado Manolin, que foi seu aprendiz e principal suporte em viagens marítimas, mas passa a pertencer a uma família privilegiada, que fez fortuna com a pesca, mas é proibido de ir pescar com o velho, por causa da sua má sorte.

VEJA AQUI UM TRECHO DA PEÇA



Mas o velho se sente comprometido com a admiração do garoto, a quem incentiva e compartilha a devoção pelo beisebol. Encorajado pelo seu orgulho e senso de honra, vai ao mar, em busca de pesca, num dia aparentemente normal, mas encontra muitas adversidades.
Cruza o seu caminho um espécime magnífico de marlin, cujo enfrentamento vai se transformar numa angustiante batalha. Quando do retorno do velho, o peixe é completamente irreconhecível, os tubarões já haviam comido as entranhas do peixe, dele não restando mais quase nada, a não ser a espinha dorsal como um testemunho da grande estatura original, mas suficiente para provocar a admiração e reconhecimento de todas as pessoas, especialmente do filho de quem tanto se orgulha. Chegar ao fim "destruído, mas não derrotado."
A obra, que será apresentada no mês de dezembro em Cuba, está agendada para ser levada aos palcos brasileiros nos dois próximos anos.

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