Rolando Segura é o repórter da Telesur que esteve na Líbia durante seis meses reportando a guerra que terminou com o assassinato e esqurtejamento do presidente Muamar Kadafi. Ele deu essa entrevista ao Café na Política, a convite de Beto Almeida, dirigente da Telesur, em Brasília, e da qual também participaram FC Leite Filho e Rosilene Correa, do Sindicato de Professores de Brasília e colaboradora da TV Cidade Livre, Canal 8 da NET (só DF). Antes ver o vídeo, leia alguns pontos do que ele disse:
“Recordo que me diziam nas redes sociais (da internet, que chegavam lá sem problemas): Olha, agora que você está aí com os principais canais emeios de informação do mundo, veja se aprende então a fazer jornalismo. , quando fiz o balanço do que me cercava, eu concluí: se isto é o jornalismo, se isto que estão contando a maior parte dos jornalistas, sinceramente, eu não mais seria jornalista. Era a maneira em que se ocultava e se falseava a realidade”.
“Por exemplo, poderíamos chegar a um lugar, como nos aconteceu muitas vezes, onde sem dúvida não havia a mais mínima dúvida de queera um edifício bombardeado, um edifício civil. Que chegávamos, quando estavam tirando os cadáveres sob os escombros…um erédio de edifícios civis, com os vizinhos, com as pessoas chorando retirando seus parentes, seus amigos, e,no outro dia, quando víamos as imagens, saíam as imagens do edifício de frente. Não saía as imagens do edifício, onde o míssil fez a cratera e de onde estavam saindo os cadáveres. (As imagens) Saíam do edifício da frente que, claro, estava estragado, mas onde era a onda expansiva, não era a destruição da bomba. Ou seja, o mundo não viu o horror dessa guerra. Isso não saiu no El País, na Al Jazeera, na BBC. Isso não foi mostrado.
“Existem inclusive denúncias de que as equipes de jornalistas que estavam lá trabalhando não eram realmente jornalistas, pela maneira como se comportavam. Por exemplo, antenas que se via uma antena via satélite transmitindo para OTAN. Evidentemente, dentre os jornalistas, havia a denúncia de que havia pessoas que não eram realmente profissionais da informação.
Veja abaixo a vídeo-entrevista
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