A história mais uma vez se repete. As concessões de rádio e televisão voltam a ser moedas políticas. Segundo levantamento da Adnews, triplicou o volume de concessões de estações de rádio neste ano eleitoral. Até quando os meios de comunicação ficarão a serviço desta política de toma-lá dá-cá?
Veja abaixo a íntegra da nota da Adnews
Da Redação Adnews em 16/08/2010
O número de renovações ou novas concessões a rádios no Brasil quase triplicou em 2010. Levantamento feito pela Folha de S.Paulo mostra que, neste ano, o governo federal, por meio da Presidência e do Ministério das Comunicações, favoreceu 183 emissoras em 162 municípios.
As rádios beneficiadas – comerciais ou educativas – estão em sua maioria (57%) ligadas a políticos (76) ou instituições religiosas (28), católicas e evangélicas. Somente a partir de 26 julho, 74 decretos foram assinados, já com campanha eleitoral em curso.
A Folha questionou o Ministério das Comunicações sobre a razão do aumento de concessões justamente em ano de eleição presidencial: em 2006, foram 14; em 2007, 2; em 2008, 9; e, em 2009, 49. Segundo a assessoria da pasta, a alta ocorreu por causa de da criação de um grupo de trabalho no final de 2008 para desafogar o setor. “A expectativa é que esse número cresça ainda mais considerando que o trabalho tende a ficar cada vez mais ágil”, disse a assessoria.
Até março, antes do período eleitoral começar, os últimos decretos foram assinados sob gestão do então ministro Hélio Costa (PMDB). Antes de deixar o cargo para José Artur Filardi Leite, Costa beneficiou, entre outras, rádios do empresário Fernando Sarney – filho de José Sarney (PMDB), presidente do Senado – e do senador Lobão Filho (PMDB-MA) – filho do ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB).
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