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quinta-feira, 22 de outubro de 2009

TV Paga: Net bate recorde de lucro, atingindo R$ 246 milhões no trimestre

Por Fernando Lauterjung, do Pay-TV

A Net Serviços teve lucro líquido de R$ 246 milhões no terceiro trimestre de 2009, seu recorde histórico. A operadora divulgou seu balanço do terceiro trimestre nesta quarta, 21. O valor é quase o dobro do apresentado no segundo trimestre, que foi de R$ 130 milhões. No terceiro trimestre de 2008, a empresa apresentou prejuízo de R$ 63 milhões. Com o resultado recém-anunciado, a operadora soma lucro líquido de R$ 457 milhões no ano de 2009. A receita líquida e o Ebitda (resultado antes de juros, impostos, depreciação e amortização) do terceiro trimestre também apresentaram crescimento em relação ao mesmo período do ano passado.
A receita líquida no trimestre foi de R$ 1,195 bilhão, um aumento de 26% em relação ao mesmo período do ano passado, e o Ebitda foi de R$ 322 milhões, crescimento de 31% em comparação ao terceiro trimestre de 2008. A margem Ebitda manteve-se em 27%.

Base em crescimento

A Net fechou o trimestre com 9,908 milhões de Unidades Geradoras de Receita (UGRs), o que representa um aumento de 35% em relação ao mesmo período de 2008. Em TV por assinatura, a base da operadora cresceu 25%, passando de 2,923 milhões para 3,645 milhões de assinantes. A base de clientes do serviço de banda larga Vírtua teve crescimento de 35%, passando de 2,059 milhões no terceiro trimestre de 2008 para 2,790 milhões de assinantes.
Foi na telefonia que a operadora alcançou maior crescimento. O número de linhas do Net Fone via Embratel fechou o trimestre com 2,489 milhões, um aumento de 63% em relação ao mesmo período de 2008 (1,532 milhão de linhas).

Dívida renegociada

Após negociar junto a investidores e credores um novo prazo para iniciar o pagamento do principal da 6ª Emissão de Debêntures e da CCB (Cédula de Crédito Bancário), a operadora conseguiu manter seu nível de alavancagem. Com isso sua dívida passou a apresentar um calendário de amortização de pagamento de principal até 2012, permitindo alocar mais recursos nos investimentos para sustentar seu crescimento.
Por conta das margens conseguidas e da renegociação das dívidas, a companhia recebeu uma elevação em sua nota pelas duas agências que avaliam seu risco de crédito, a Standard & Poor's Ratings Services (BB+) e a Moodys Investors Service (Ba1).

Mudanças nos custos

O balanço mostra que os custos de programação e franquia passaram de R$ 215,5 milhões no terceiro trimestre de 2008 para R$ 265 milhões no trimestre atual, um aumento de 23%. A empresa explica no balanço que a variação se dá por conta do reajuste anual do contrato de alguns programadores além do aumento da base TV por assinatura. Vale lembrar que a operadora aumentou o número de canais em alta definição, o que também deve impactar no custo de programação. Como percentual da receita liquida, os custos com programação e franquia passaram de 22,7% para 22,2%, comparando os terceiros trimestres de 2008 e de 2009. A empresa destaca que seus contratos com os programadores, inclusive fornecedores de conteúdo internacional, estão denominados em reais.
O Capex, investimentos na aquisição de assinantes, tanto para o pagamento de mão-de-obra de instalação quanto para o pagamento dos equipamentos e adequações de infra-estrutura necessárias para suportar o crescimento de assinantes, apresentou uma redução de 8% em relação ao mesmo período de 2008, totalizando R$ 238,5 milhões. Isso se deu, segundo a empresa devido à valorização da moeda nacional no período. O que barateou o custo dos equipamentos importados. Do total investido, a parcela variável representou 81% e foi destinada à compra de equipamentos e instalação em residência, ambos relacionados à aquisição de assinantes como também à adequação de infra-estrutura. A parcela fixa representou 19% e foi alocada principalmente para melhoria da qualidade da rede.

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