A imprensa brasileira vem noticiando os acontecimentos
recentes do Paraguai como tudo que estivesse ocorrendo lá esteja seguindo a
cartilha da lei e da normalidade. Mas na realidade não é bem assim. Umas das
primeiras vítimas após a destituição do poder de Fernando Lugo foi a Televisão
Pública do Paraguai.
Técnicos da empresa de energia elétrica foram flagrados
cortando os cabos que alimentam a emissora.
Veja o vídeo
Além da tentativa radical de corte dos cabos de energia, a
organização Repórter sem Fronteiras informa que tão logo o Senado paraguaio
aprovou o impeachment,o diretor de Comunicação do novo governo, Cristian
Vázquez, foi a TV Pública, acompanhado de policiais, para tentar censurar a
emissora, suspendendo a difusão dos programas de debates e de opinião. A TV
Pública estava transmitindo as manifestações populares em apoio a Fernando
Lugo. Um dos programas alvo da ação censura foi o ‘Micrófono abierto’, que
permite que cidadãos falem abertamente na emissora. Na noite de sábado e o
domingo, a atração foi transmitida por até 12 horas consecutivas e, como era de
se esperar em tempos de grandes e polêmicas mudanças políticas, o tema
principal foi a destituição de Lugo.
A reação contra tentativa de censura da emissora foi grande,
envolvendo diversos setores da sociedade civil. A ação do novo governo foi alvo
de indignação da diretora da Faculdade de Ciências da Comunicação da
Universidade Nacional - UNA, Celsa Ramírez, denunciou que além da TV, também a a Rádio Nacional estava sendo vítma de censura
por parte de agentes do novo governo.
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