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quinta-feira, 24 de março de 2011

Edição nº 3 do Observatório Mídia & Política disponível na web

Já está disponível na internet a edição nº 3/2011 do Observatório Mídia & Política (www.midiaepolitica.unb.br), que trata da relação entre mídia e carnaval.

Veja abaixo arelação de artigos disponibilizados:

Brasil, país dos 3 S
por Katia Maria Belisário

O Brasil do futebol é terra de samba, suor e sensualidade, de mulher fácil, na linguagem do turismo internacional. A mídia e a própria Embratur contribuem para esse imaginário, do qual fazem parte Carmem Miranda, a Garota de Ipanema, passistas seminuas e mulatas. A consequência é o agravamento dos problemas sociais, com aumento da prostituição infantil e do tráfico de mulheres para o exterior.

Imagens e narrativas de um tempo
por Célia Ladeira Mota

Se os foliões de rua são, em sua maioria, rostos perdidos na multidão, em confraternizações etílicas ou idílicas que se repetem por todo o país, nos sambódromos o espetáculo dos desfiles de escolas de samba nos coloca em confronto com narrativas fantásticas de todos os gêneros, intensamente visuais.

O que é que o carnaval tem?
por Clodomir Ferreira

O perfil do carnaval brasileiro tem características próprias. Ele traz no DNA a síncopa definidora da música nacional. Síncopa é a ausência da marcação de um tempo, no compasso da canção, o que obriga o ouvinte a preenchê-lo com o corpo: palmas, balanço, dança. Música, carnaval e mídia se encontram imbricados há muito. Profissionais da mídia, na Era do Rádio, foram compositores de sucessos.

Festa de faturamento
por Thaïs de Mendonça Jorge

A Copa de 2014 e os Jogos de 2016 são a grande esperança de capitalização da festa momesca. Com ela, está a sobrevivência do jornalismo de espetáculo, do fait divers, do entretenimento, da burla e da diversão, que não deixa de ser informação, e movimenta uma indústria de bilhões de dólares.

Alegorias personificadas
por Sergio Dayrell Porto

Lula não desfilou no carnaval da Tom Maior. Roberto Carlos e o maestro João Carlos Martins saíram na Beija-Flor e na Vai-Vai. O desfile é momento sagrado de representação estética e musical. Para Roberto e Martins, importa a reafirmação, inclusive dos afetos do público. Já o ex-presidente tem capital político suficiente para manter-se vivo e brilhando. As alegorias e sua representação no carnaval midiático.

Publicidade e folia
por Christina Maria Pedrazza Sêga

Na época de carnaval, campanhas publicitárias incentivam o consumo de produtos ligados ao evento, mas campanhas de utilidade pública, como a da prevenção da Aids, também voltam à tona. As companhias de cerveja são as que mais anunciam.

Uma avenida de interatividade
por Carmen Carvalho e José Bruno Marinho

A escolha do período de carnaval é um adequado corpus para estudos de interatividade no Brasil, já que é nessa época que os sites jornalísticos mais se dedicam a seduzir a platéia, aproveitando para testar novas ferramentas de contato com o público. A novidade em 2011 foi a opção de envio de notícias pelo celular, mas o leitor tinha que pagar pelo serviço.

Samba de fraque
por Cláudia Maria Busato

Semioticamente, as imagens do carnaval comportam farto repertório de ícones, símbolos e alegorias. O corpo nu, por exemplo, tem menos impacto que o corpo vestido com fantasia, mostrando que, no carnaval, o hábito faz o monge. A escola de samba Vai-Vai jamais será esquecida depois de 2011. Ficou chique tocar samba de fraque.

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