Do M&M Online
O Supremo Tribunal Federal determinou à TV Cultura que prorrogue a prestação de serviço para a exibição do conteúdo da TV Justiça até o dia 30 de julho. A intenção é ganhar tempo até que o órgão consiga escolher, por meio de uma licitação, um novo prestador para executar o serviço. A informação foi publicada na edição desta sexta-feira 11 do jornal Folha de S.Paulo.
O contrato entre a Fundação Padre Anchieta e a TV Justiça tinha o valor de R$ 17 milhões por ano. Em janeiro, o presidente da Fundação, João Sayad, declarou que a TV Cultura passará por um processo de “enxugamento” e que voltará sua grade para a veiculação de produções independentes. Do conteúdo próprio, deverão permanecer apenas as atrações infantis e outros programas tradicionais da casa, como o Roda Vida. Dessa maneira, os contratos com a TV Justiça e a TV Assembleia seriam encerrados.
Nesta semana a emissora enviou um comunicado à imprensa informando a demissão de 150 funcionários. A medida tem o intuito de reduzir os custos e adequar a estrutura da TV Cultura para esta nova fase.
Com a prorrogação do contrato com a TV Justiça, entretanto, cerca de 200 funcionários que atuam nesta área deverão permanecer, no mínimo, até a metade de 2011 na empresa.
Meu comentário.
É inadimissivel que o STF continue terceirizando mão de obra para manter em funcionamento seus meios de comunicação. Senado Federal e Câmara dos Deputados há muito contam com seus profissionais concursados, escolhidos pelo mérito~, sem interferência política.
O STF chegou a lançar um edital que previa a seleção de cerca de 80 profissionais de comunicação, mas Gilmar Mendes - aquele que é contra jornalista diplomado - decidiu suspender a seleção.
O STF deveria aproveitar a prorrogação deste contrato de locação de mão de obra com a TV Cultura para relançar o edital do concurso.
Não o fazendo, passa a imagem de temer a independência editorial de profissionais que não dependeriam de apadrinhamento político.
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