Caros leitores e leitoras.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

As redes sociais influenciam a opinião pública?

Por Luciano Medina Martins*, do Congresso em Foco

"O parlamento europeu está promovendo um seminário que tenta responder à pergunta “quando as rede sociais fazem a opinião pública na Europa”. O seminário começou dia 12 de Janeiro, e segue na internet. Ele conta com a participação de pesquisadores, parlamentares e outros interessados"

A pergunta no título intriga parlamentares do mundo todo que estão vendo rapidamente as pessoas consumirem informações sobre política mais na internet que em meios tradicionais como TV, jornal e rádio. As redes sociais parecem ter um papel determinante neste debate que agenda a discussão política através da web.

O parlamento europeu está promovendo um seminário que tenta responder à pergunta “quando as rede sociais fazem a opinião pública na Europa”. O seminário começou dia 12 de Janeiro, e segue na internet. Ele conta com a participação de pesquisadores, parlamentares e outros interessados.

Stanislas Magniant acredita no poder que surge nas redes sociais e na sua utilidade para parlamentares, principalmente fora das campanhas polícias. Ele concedeu uma entrevista ao blog do evento. Stanislas é o chefe para Europa da Digital, que é parte do Grupo MSL, marca da Publicis (uma rede de relações públicas). Fundador da plataforma Netpolitique.net – onde se estudam os fenômenos políticos e sociais na era digital - ele tem participado ativamente em projetos e conferências sobre a utilização dos novos meios de comunicação social e política, leia-se; redes sociais. Leia o que ele diz:

1) As redes sociais e interativas mudaram a internet. O que significa Web 2.0? Como pode este espaço virtual ajudar os políticos a se comunicarem melhor com os cidadãos?

Há realmente duas maneiras de interpretar esta questão: quando você perguntar aos políticos como a web pode ajudá-los a se comunicar com os cidadãos, eles geralmente respondem em termos dos canais, que de maneira direta e sem mediação, lhes possibilitam enviar informações, mensagens, pensamentos para os seus eleitores. Em geral, eles vêem isso como um estreito canal de auto divulgação, que complementa a mídia tradicional de radiodifusão (para aqueles políticos suficientemente populares para terem acesso a rádio e TV).

Quando você pergunta aos cidadãos a mesma coisa, eles entendem de forma diferente, e consideram a web uma oportunidade única de expressar as suas preocupações e dar o seu parecer aos seus representantes eleitos. Eles vêem isso como um canal de baixo para cima para chamar a atenção desses políticos presentes nas redes sociais.

Verdade seja dita, este equívoco constante é o cerne da desconexão política feita pela web. O espaço virtual que você menciona não é um "espaço público" no sentido mais puro da palavra. Políticos e cidadãos se cruzam, mas raramente se encontram na web. Troca de tweets pode ser uma boa comunicação, mas não faz política. Em essência, criar esse espaço ainda é um trabalho em andamento e nós devemos olhar a evolução geracional ao invés de soluções tecnológicas.

Para ler o restante desta matéria, clique aqui.

Nenhum comentário: