Publicado anteriormente no blog Café com política
Depois de enfrentar uma greve de pessoal, fechar dois canais de TV, uma rádio e uma livraria, o jornal El País, da Espanha, confirmou para a próxima semana a demissão de entre 25% e 30% de seu quadro de 420 funcionários. Alegando perda de leitores para a internet (22% em 2012) e queda de 65% na publicidade, o jornal, até há pouco considerado um dos veículos europeus mais influentes no mundo, segundo alguns de seus jornalistas (ver vídeo), fez mal uso de seus estupendos lucros do passado recente, quando chegou a faturar 800 milhões de euros por ano.
Como outras empresas transnacionais (a última delas é a Repsol, petrolífera cuja filial na Argentina foi nacionalizada por incompetência, El País (integrante do grupo de multimídia Prisa, repartia seus lucros pagando salários milionários a seus executivos. O diretor de redação do jornal, por exemplo, ganharia um salário anual de 13 milhões de euros, uma humilhação para o trabalhador espanhol, obrigado a enfrentar um índice de desemprego de 26% e uma política fiscal que o obriga a diminuir o salário (quando tem) e a devolver suas casas, porque não têm como pagar a prestação.
Alternativa para a desestabilização
El País, que se ititula “el periódico global en español”, foi também para os espanhóis e muitos democratas do mundo um símbolo da nova Espanha que saia da ditadura franquista. Foi fundado em 1976 com uma proposta progressista, mas com o tempo, aderiu ao neoliberalismo e se tornando uma das vozes mais reacionárias, liderando campanhas de desestabilização contra a Venezuela, no golpe contra Hugo Chávez, e depois contra os governos progressistas, como osde Daniel Ortega,da Nicarágua,e Cristina Kirchner, da Argentina, que mudaram a face do sub-continente.
A crise atinge o joral El País
O fechamento da Newsweek e do The Daily, o primeiro jornal para o iPad
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