Esse ‘novo formador de opinião’ influencia usuários de 
internet que ainda não possuem maturidade e educação digital
A 
situação não é nova. Mas quando um caso novo tem repercussão fica demonstrado 
que, apesar de ser a ferramenta mais democrática das últimas décadas, “a 
internet vem sendo tomada por boateiros profissionais”. Quem afirma é o 
estrategista em marketing Gabriel Rossi. 
O 
caso mais recente envolve o deputado federal Jean Wyllys (PSOL/RJ), que diz ter 
se tornado alvo de difamação nas redes sociais, após veiculação de vídeo falso 
que o associa a pedofilia. Wyllys entrou 
com pedido junto à Polícia Federal para investigar de onde partiram os conteúdos 
difamatórios. “O fenômeno da boataria profissional na internet já suplanta o 
simples conteúdo originado em postagens irresponsáveis, e, por vezes, isoladas, 
sobre determinado tópico envolvendo um candidato, partido ou gestor público. 
Percebe-se que existe o internauta que se dedica a gerar e ‘vascularizar’ este 
tipo de material”, relata Rossi.
Segundo 
o especialista, este boateiro profissional é eficiente e pode influenciar 
usuários de internet que ainda não possuem maturidade e educação digital. 
“Especialmente quem é relativamente novo no universo online”, diz. Para ele, a 
relação internauta-web necessita de muito mais maturidade. “Os usuários devem 
ter bom senso e saber avaliar se aquilo que estão compartilhando em suas redes 
são verídicas e se não atingem a integridade do próximo”.
Esse 
tipo de ação na internet já começa a desenhar a agenda política para as eleições 
do próximo ano, ressalta Rossi. “As redes sociais ainda são arenas de 
gladiadores dos candidatos. Infelizmente, os políticos e seus assessores se 
esquecem que, se utilizadas com profissionalismo, estas são importantes 
ferramentas de diálogo com o eleitor”.

 
 
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