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domingo, 22 de março de 2009

Buscadores na web: quem procura nem sempre acha

O texto que se segue é decorrente de uma das atividades do curso Jornalismo 2.0, mas seu resultado certamente será de interesse de vários internautas, principalmente os que atuam na área da informação e comunicação.
As ferramentas de pesquisa na Internet são importantes para os jornalistas, mas este não pode se habituar em ter este instrumental como sua principal fonte de informação. Pesquisa realizada em torno do temo “cura do stress” em oito buscadores de informação demonstrou em primeiro lugar uma baixa pluralidade informativa. Dentre os cinco linques mais recomendados, muitos se repetem de buscador a buscador, mesmo que a busca tenha ocorrido em diversos idiomas, como foi o nosso caso.
Nos buscadores Google e Yahoo foram habilitados os idiomas português, espanhol, francês e inglês. Idiomas que domino. Nos demais não foi possível fazer a mesma configuração. Nos demais, não foi possível fazer tal configuração, mas a pesquisa se deu em português e em inglês na web como um todo. Nove referências sugeridas por estes buscadores se repetiam entre as mais presentes. Num universo máximo de 40 endereços potenciais, 22 eram repetidos, ou seja, mais de 50%.
Além disso, dezesseis dos sites sugeridos eram patrocinados. Ou seja, o provedor do buscador é remunerado pela apresentação do linque. No Radar UOL, Ask.com, DogPile os cinco primeiros sites referenciados o são de forma remunerada. O fato da priorização hierarquicamente da vizualização de tais linques ser fruto de uma relação comercial coloca em dúvida a neutralidade do critério seletivo. Os jornalistas não devem, portanto, se limitar a consultar os primeiros sites sugeridos pelos buscadores, pois poderão ser levados ao engano. Engano que poderá trazer lucratividade para os mantenedores dos portais beneficiados. O Google, pelo fato de separar à direita e à esquerda da tela os linques patrocinados favorece a quem consulta a nãom incorrer em erros.











A falta de pluralidade informativa propiciada pela repetição dos sítios sugeridos é outro inconveniente que poderá levar o profissional de imprensa e mesmo estudantes e pesquisadores acadêmicos a cometerem erros. A Internet não pode ser colocada assim acima de qualquer suspeita. O fato de um texto, uma informação, um dado estatístico estar publicizado na web não significa que ele é verdadeiro. Esta posição se reforça pelo fato de muitos dos sítios sugeridos serem blogs de caráter pessoal, e tais bogs, embora devam se pautar pela divulgação da correta informação, pelo dado preciso, nem sempre estão preocupados com isto. Com eles também se confundem os gêneros de informação e opinião presentes nos textos. Por exemplo, o Alta Vista remete o leitor ao site 'Desciclopédia que, sem caráter científico, afirma que “ o stress é como câncer, AIDS, virgindade de mulher feia e a própria feiúra: não tem cura...”

Os buscadores Googles e Yahoo se mostraram um pouco mais plurais, diversificados e com menos interferência econômica na relação dos sítios, mas esta diversificação também leva o internauta a muitos endereços desnecessários. Ele pode cair num blog, num vídeo ou mesmo numa tese de doutorado. A primeira vista, isto pode parecer prejudicial, mas cremos que isto incentiva o internauta a não ser preguiçoso e a fazer uma pesquisa mais ampla.

Por fim, damos duas demonstrações do uso de vídeos nos portais. A primeira de caráter mais científico, estava disponível no sitio da http://www.panicaway.com/ que pode ser vizualizado em
http://www.panicaway.com/testimonials/video.htm


O segundo, mais humorístico, estava postado no blog Cura do Stress by Bernie Alexander está em http://www.vimeo.com/2386508

2 comentários:

Curso Jornalismo Online segunda edição disse...

Oi Chico,
Vou comentar os teus textos em um único post. Teu material está excelente em matéria de informação. Você captou bem o sentido do exercício. Mas teria algumas observações para melhorar a edição e facilitar a leitura:
1) Teu esforço para produzir uma imagem da tabela acabou neutralizado pela dificuldade em lê-la. O texto ficou minimo e não dá para examinar o seu conteúdo. Este problema foi comum a vários dos teus colegas. O ideal teria sido reeditar a imagem (acredito que seja um print screen) para torná-la mais legivel, dividindo-a em mais de uma tabela. Fiz comentário idêntico nos blogs do Elcio e da Kelly. Se tiver tempo, leia porque podes captar algum detalhe que me escape aqui.
Outra coisa, você pode adotar um estilo mais descontraído na narrativa. Num blog, a descontração é desejável porque você está se comunicando no sistema pessoa a pessoa, mais coloquial e informal.
Mito interessate o teu uso de pés de página e links para outras fontes. Mostra ao leitor que você pesquisou e está identificando as fontes. Mas evite parágrafos com mais de cinco ou seis linhas e os separe com espaço duplo. Este mesmo problema acontece com vários outros blogs.
Como meus comentários são individuais, seria interessante você ler os que postei noutros blogs de participantes do curso.
Um abraço
Castilho

Chico Sant'Anna disse...

CASTILHO, DE FATO EU TIVE PROBLEMA COM A EDIÇÃO DO PRINT SCREEN, COMO ESTOU TENDO AGORA EM EXPORTAR O AUDIO PARA MP3. USEI O PAINT BRUSH, POIS NÃO TENHO OUTROS EDITORES DISPONIVEL EM MINHA MÁQUINA. CHEGUEI INCLUSIVE A DIVIDIR EM DUAS A TABELA, MAS TIVE PROBLEMA EM TENTAR MAN^TER AS DUAS PARTES JUNTAS. ESTOU ANDA ENGANTINHANDO