Publicado originalmente no Blog do Zé.
Para o jornalista e presidente do Conselho Curador da Fundação Padre Anchieta, Jorge da Cunha Lima, o caminho traçado pela TV Cultura de imitar a TV Comercial é simplesmente “suicídio”. Sua opinião foi externada, hoje, no artigo “As duas mortes da TV Cultura”, publicado na Folha de São Paulo.
Na visão de Cunha Lima a emissora pública encara, de fato, duas mortes: a perda da autonomia administrativa e a “falta de compreensão da missão da instituição”. E argumenta. Uma TV que tenta seguir os rumos da televisão comercial sem ter os mesmos recursos redunda em fracasso certo.
O jornalista ressalta: “Na televisão pública, o que não tem a mediação da inteligência não produz formação crítica”.
Cunha Lima aponta saídas: “A TV precisa fidelizar o público a partir da estabilidade. Os bons programas tradicionais, como "Metrópole", "Vitrine", "Ensaio", "Roda Viva", "Entrelinhas", "Jornal da Cultura", "Mesa Redonda", "Grandes Momentos do Esporte" e "Repórter Eco" deveriam ser aperfeiçoados, não substituídos a cada três meses”.
E lamenta que a imagem da emissora que possa estar mudando. “Televisão pública precisa de prestígio, coisa que a TV Cultura tinha para dar e vender”, disse citando a excelência dos programas infantis como “Mundo da Lua”, “Rá-Tim-Bum” e “Cocoricó” – iniciativas notórias que marcaram toda uma geração.
Leiam na íntegra o artigo de Cunha Lima, aberto aos assinantes da Folha, aqui, ou sua a versão reproduzida no portal Vermelho, aqui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário