A internet deve abocanhar cerca de 14% de todo o bolo publicitário neste ano no Brasil, quando os gastos em publicidade online atingirão R$ 4,64 bilhões, de acordo com projeção da IAB Brasil (Interactive Advertising Bureau) apresentada nesta terça-feira, 24. A estimativa é que haja expansão de 39,1% no faturamento, frente aos US$ 3,33 bilhões registrados no ano passado, tornando-o o segundo meio com maior participação publicitária, ultrapassando os jornais e ficando atrás apenas de TV.
Segundo Fabio Coelho, presidente da entidade, o mercado de internet cresce quatro vezes mais que todo o bolo publicitário brasileiro. “Estamos em uma fase de expansão que supera os demais meios. Em 2011, as 100 maiores empresas no Brasil investiram 13,7% de seus orçamentos em mídia digital e isso deve aumentar ainda mais este ano com nossa expectativa de 40%”, afirma.
Os números não incluem a publicidade em redes sociais, já que os principais sites de relacionamentos que atuam no Brasil, como Facebook, Orkut, Twitter e LinkedIn, não revelam dados de desempenho. Daí, o fato de a análise trabalhar com números aproximados, ressalta Coelho.
O estudo revela, ainda, que apenas a publicidade no formato de display – ou display advertising (anúncios em banners, imagens etc.), como também é chamada – deve crescer mais de 25% no ano, contra 19,24% em 2001, quando faturou R$ 1,45 bilhão. Mas a maior expansão deve ocorrer mesmo na publicidade em resultados de buscas, cuja previsão é crescer 50%, totalizando R$ 2,82 bilhões, contra R$ 1,85 bilhão no ano passado. Embora não revele números, o Google deve abocanhar a maior parte desse filão, em razão do domínio absoluto do site no mercado de buscas.
Pesquisa da Pew Internet & American Life Project, divulgada em março, mostra que o Google ainda é o buscador mais usado pelos americanos. De acordo com o instituto, 83% dos internautas nos Estados Unidos usam o mecanismo, sendo que o segundo buscador preferido é o Yahoo, com 6%. O Bing, da Microsoft, tem apenas 3% do mercado. Um analista ouvido pela reportagem de TI INSIDE Online diz que a participação dos três buscadores no mercado brasileiro é praticamente a mesma dos EUA. “No Brasil, o Bing e o Yahoo talvez tenham uma participação menor que nos EUA, em detrimento do Google que supera os 90% de representatividade.”
O analista diz que para que os números sejam mais confiáveis é preciso apresentar um panorama mais completo do mercado digital brasileiro, incluindo segmentos que ainda não são tabulados pelos institutos de pesquisa e pela própria IAB. "É necessário que sejam apresentados dados mais condizentes com a realidade do segmento, caso contrário, a representatividade da internet no bolo publicitário ainda será pequena", completa.
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