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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

TV em (ou será a) cores faz 50 anos no Brasil

Em 1972, ocorria a primeira transmissão em cores na TV aberta brasileira, no evento histórico da Festa da Uva, em Caxias do Sul Por que vemos a imagem da TV colorida e quais tecnologias evoluíram com o tempo?


Por Larissa Leão


Habituados com uma tecnologia tão moderna e presente no nosso dia a dia, para os mais jovens chega a ser curioso imaginar que há apenas 50 anos ocorria a primeira transmissão em cores da TV aberta no Brasil. Foi uma jornada até esse dia, com estudos e testes, para que a TV analógica, antes preto e branco, ganhasse cores em 19 de fevereiro de 1972, conquistando seu marco na história da comunicação e da televisão brasileira. O evento da Festa da Uva, realizado em Caxias do Sul (RS), ficou popularmente conhecido como o início de uma nova era para a TV, com uma programação sendo transmitida em cores em circuito fechado. 

Segundo Elmo Francfort, diretor do Museu da TV, Rádio e Cinema, a Festa da Uva foi o pontapé inicial, mas apenas em 31 de março de 1972 aconteceu a estreia oficial da TV em cores no Brasil.

Mas, afinal, por que e como conseguimos enxergar as cores nos televisores?

O coordenador do Módulo Técnico do Fórum do Sistema Brasileiro de TV Digital Terrestre (Fórum SBTVD), Luiz Fausto, explica que “o olho humano possui três tipos de receptores de cores diferentes que nos permitem distingui-las: um que absorve mais o vermelho, outro que absorve mais o verde e outro que absorve mais o azul. Assim, as telas coloridas combinam para cada ponto da imagem (chamado "pixel"), esses três componentes de cor (vermelho, verde e azul – ou RGB, do inglês red, green, blue)”. Além disso, Fausto ressalta que para que as telas possam exibir imagens coloridas, as câmeras também precisam ser capazes de separar esses três componentes de cor (RGB).

Evolução da tecnologia em cores

Ao longo do tempo, a tecnologia das telas e das câmeras evoluiu muito, permitindo uma maior precisão na representação das cores, como também, o uso de um espaço de cores maior.

O coordenador explica que na televisão colorida analógica (TV 1.5) o espaço de cores suportado compreendia cerca de 32% das cores visíveis. “Já na TV Digital, a resolução do vídeo melhorou muito (de 480 linhas para 1080 linhas). O espaço de cores também obteve uma melhora, compreendendo cerca de 35% das cores visíveis”, ressalta. Com o suporte opcional a HDR (High Dynamic Range) introduzido na TV 2.5, é possível um aumento do contraste suportado (de 1.000:1 para 200.000:1). Embora o espaço de cor ainda seja o mesmo, o volume de cores aumenta devido a uma faixa maior de ajuste de brilho.

A chegada da TV Digital no país apresentou novas possibilidades, com cores mais próximas da realidade, e, para quem se pergunta se terão novas tecnologias aprimorando o que conhecemos hoje, Luiz Fausto confirma que sim.

“A TV 3.0, além de suportar resoluções de vídeo maiores (incluindo 4K e 8K), vai suportar um espaço de cores ampliado (WCG, Wide Color Gamut), compreendendo cerca de 76% das cores visíveis. Combinando isso com HDR você terá um volume de cor tão grande como se a sua TV fosse uma janela para o mundo real (ou para o mundo das obras de ficção)”, explica.

Além disso, Fausto conta que aumentando o número de bits por componente de cor de 8 para 10, haverá ainda mais precisão na reprodução de cada tonalidade. Por fim, aumentando a taxa de quadros de 29,97 quadros por segundo para até 120 quadros por segundo (HFR – High Frame Rate), cenas com movimentos rápidos como esportes e filmes de ação vão ficar ainda mais nítidas.

Aos novos e mais velhos, definitivamente a maneira com que acompanhamos os conteúdos na televisão, promete ser ainda mais emocionante com as novas transformações.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Publicidade: Direitos e deveres das imobiliárias

A publicidade imobiliária é uma das estratégias para a venda de empreendimentos. Porém, o que pode acontecer é que as informações contidas nesse anúncio não estejam corretas ou não sejam claras o suficientes, causando impasses na venda. É comum que as imobiliárias queiram destacar as qualidades e vantagens de um empreendimento, mas, é de responsabilidade da empresa lidar com a veracidade das informações. Imobiliárias são responsáveis pelas informações divulgadas em publicidade de empreendimentos.

 

Por Verônica Pacheco

Uma imobiliária usa de muitas ferramentas para conseguir concluir a venda de imóveis, sendo uma delas, a publicidade. Responsável pela mediação entre o comprador e o vendedor de empreendimentos, o papel dos corretores e profissionais deste estabelecimento é fazer ajustes e acordos para que seja atendida a necessidade de ambas as partes que estão envolvidas no contrato.

Considerando o maior alcance de divulgação, fazer um anúncio do imóvel é uma prática comum e nele, é normal que sejam evidenciados os benefícios que aquela compra pode possibilitar ao comprador. Todavia, a imobiliária deve estar ciente de que, tudo o que ela propaga como verdade deve ser verídico.

Segundo a advogada especializada em direito tributário Dra. Sabrina Rui, “uma situação bastante corriqueira são as imobiliárias fazerem publicidades dos empreendimentos que estão comercializando com o objetivo de chamar a atenção de possíveis clientes. Todavia, estas devem ficar atentas que também são responsáveis pela propaganda que veiculam e pelos empreendimentos que comercializam”.

Em outras palavras, a imobiliária é responsável pelas promessas e afirmações feitas no momento da venda. “Um bom exemplo que se pode dizer dessa responsabilidade, é da importância de verificar se o empreendimento está regular junto aos órgãos municipais e estaduais, se a documentação está correta e apta a registro, pois, sendo detectada irregularidades, ela poderá responder pelos danos causados”, exemplifica a advogada. 

Assim, para que um empreendimento seja anunciado, a imobiliária deve ter todas as informações possíveis sobre aquela construção e repassá-las ao comprador de forma clara e objetiva. “Os intermediadores das vendas devem sempre pautar-se pela informação completa do empreendimento comercializado e, repassar de forma direta todas condições que permeiam aquela negociação”, afirma a Dra. Sabrina Rui.

Em um exemplo recente, uma imobiliária foi condenada a indenizar os compradores que negociaram lotes de um condomínio. Os compradores que adquiriram os lotes no condomínio acreditaram que o loteamento estaria em situação regular, pois era a informação dada pela imobiliária. Entretanto, após a compra descobriram que não seria possível o registro da propriedade, pois o loteamento não havia sido aprovado pela prefeitura, não sendo possível fazer o registro em cartório.

Portanto, a responsabilidade da publicidade e da veracidade das informações recai especialmente à imobiliária, que é quem passa as informações ao possível comprador. Em relação ao cliente, é prudente que se faça uma pesquisa sobre o empreendimento. Segundo a especialista, “para evitar cair em golpes como esse, é importante ficar de olho nas informações que são comuns sobre determinado empreendimento, e consultar especialista no assunto aumenta a segurança da compra”.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

TV paga: base de assinantes no Brasil fica 13% menor em 2021


Esta queda é bastante superior à erosão de base de 2020, quando o mercado encolheu 830 mil clientes, e maior do que a queda de base em 2019, quando a queda foi de cerca de 1,8 milhão de assinantes.

Por Samuel Possebon, publicado originalmente em TelaViva

Considerando-se os números reais de acessos divulgados pela Anatel referentes a dezembro, é possível dizer que o mercado de TV paga teve uma queda de cerca de 1,9 milhão de usuários, ou 12,7%, em relação ao número de acessos em dezembro de 2021. Os números não são absolutamente precisos porque no meio de 2021 a agência promoveu uma mudança metodológica na contagem dos acessos, criando um segundo número que em um primeiro momento chegou a representar quase 3 milhões de acessos a mais, e hoje significa cerca de 2,6 milhões de usuários al[em do número regular. O que aconteceu é que a agência passou a contar como clientes de TV paga os usuários dos serviços "livres", que consistem em kits de recepção de TV paga habilitados para receber apenas os canais abertos e obrigatórios, sem nenhum tipo de mensalidade.

Em dezembro de 2021 a agência registrou uma base de 16,04 milhões de usuários de TV paga, dos quais pouco mais de 3 milhões foram adicionados até agosto nessa mudança metodológica, e desde então houve uma perda de cerca de 977 mil clientes. Antes da alteração na forma de contar os números, ocorrida em julho de 2021, o dado da Anatel indicavam 13,9 milhões de assinantes. No final de 2020 eram, 14,83 milhões de acessos. Foram, então, cerca de 900 mil assinantes perdidos entre dezembro de 2020 e julho de 2021, e depois mais 977 mil entre agosto de 2021 e dezembro do ano passado, perfazendo a perda estimada de 1,87 milhão, entre assinantes pagantes e usuários do serviço livre.

Esta queda é bastante superior à erosão de base de 2020, quando o mercado encolheu 830 mil clientes, e maior do que a queda de base em 2019, quando a queda foi de cerca de 1,8 milhão de assinantes. Percentualmente, o tombo de 2021 foi também maior que o de 2019, indicando que já podem ter sido totalmente revertidos eventuais efeitos positivos registrados no período inicial da pandemia, quando as  desconexões se atenuaram. Mas a intensificação das quedas de base decorre justamente de uma aceleração, por parte das operadoras, das desconexões dos planos livre, agora computados pela Anatel, justamente para uniformizar os registros de base e evitar distorções.

Os números da agência também mostram que no mês de dezembro de 2021 a queda foi de quase 410 mil clientes, a maior retração já registrada em um único mês. 

A análise individual de cada operadora mostra dados interessantes. A Claro, maior operadora, teria perdido cerca de 834 mil assinantes de TV paga em 2021, considerando pagantes e os clientes "livres". A Sky, seguindo o mermo critério, perdeu 855 mil; a Oi perdeu outros 176 mil; e a Vivo teve um saldo negativo de 133 mil no ano. O dashboard da Anatel com os dados completos está disponível aqui.

 


terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Livro: Atentado ao presidente Prudente de Morais é o foco do jornalista Jorge Oliveira

Para contar essa história, Jorge Oliveira vasculhou os alfarrábios da República, investigou e resgatou documentos durante cinco anos e concluiu que o complô para matar o Prudente de Morais começou em Alagoas, quando Marcellino foi recrutado pelo Exército e transferido para o Rio de Janeiro com a missão de eliminar o presidente. 


Em tempos eleitorais no Brasil e diante da iniciativa de se reabrir a investigação sobre o atentado ao presidente Jair Bolsonaro, um outro atentado presidencial ganha as páginas da literatura. No seu oitavo livro, o jornalista e cineasta Jorge Oliveira brinda os seus leitores agora com uma história esquecida nas gavetas empoeiradas dos museus brasileiros.

Com o seu novo livro Conspiração, o autor resgata uma história que que esteve sepultada há quase dois séculos: o atentado contra Prudente de Morais, o primeiro presidente civil da República, perpetrado pelo soldado Marcellino Bispo de Mello, e planejado pelos militares jacobinos do Exército, aliados do marechal Floriano Peixoto, alagoano, segundo presidente da República. 

Ao investir contra Prudente de Morais, que se defendia dos golpes com a cartola, a arma do recruta falhou e, com um punhal, ele matou o ministro da Guerra da Guerra, Carlos Machado de Bittencourt, e feriu Luiz Mendes de Moraes, chefe da Casa Militar, e Cunha Moraes, ajudante de ordens do presidente, numa das cenas sangrentas jamais vistas no Centro da cidade do Rio de Janeiro.

Para contar essa história, Jorge Oliveira vasculhou os alfarrábios da República, investigou e resgatou documentos durante cinco anos e concluiu que o complô para matar o Prudente de Morais começou em Alagoas, quando Marcellino foi recrutado pelo Exército e transferido para o Rio de Janeiro com a missão de eliminar o presidente. 

Três meses depois, os próprios militares encarregaram-se da queima de arquivo: Marcellino apareceu enforcado dentro do Arsenal de Guerra com um lençol, morte semelhante a do jornalista Vladimir Herzog durante a ditadura militar em 1975. Nas investigações que fez, o autor desmascara a versão de suicídio e prova, com documentos, que Marcellino foi eliminado dentro da cela quando estava imobilizado com algemas nas pernas.

Para tornar a história mais palatável, o autor se transporta para o final do século XIX, época do atentado, para trabalhar como repórter da Gazeta de Notícia. No jornal, ao lado de Machado de Assis e Olavo Bilac, Jorge Oliveira narra a história como a vivesse a no dia-a-dia do movimento tenso da redação de um dos jornais do mais antigos do país, que sobreviveu até o final século XX.

Conspiração é leitura indispensável para quem quer conhecer a maior conspiração do Brasil feita por militares e políticos para derrubar um presidente da república à bala na Praça XV, no Rio de Janeiro, e substitui-lo pelo vice, o baiano Manuel Victorino Pereira, florianista, simpático aos militares, também envolvido no complô. O atentado ocorreu durante uma solenidade festiva no Centro do Rio em homenagem aos soldados que regressavam da Bahia vitoriosos com a morte do beato Antônio Conselheiro.

Apresentação

Coube ao professor de História da UFAL e vice-reitor do Centro Universitário – Cesmac  apresentar Conspiração. 

Confira abaixo o que disse o historiador 

Já disse e redisse que gosto muito dos expoentes surrealistas como André Breton, Magritte e Salvador Dali que cunharam a frase “o belo e a surpresa” ou “a surpresa é o belo”. Jorge Oliveira, em mais uma obra, nos faz pensar na expressão dos vanguardistas da arte moderna.

Pensar que ele estava satisfeito, após tantas obras de sucesso, tantas vitórias, prêmios, com temas interessantes que conquistaram o público. Ledo engano! vem esse cabra da peste ousado a nos brindar com outra produção. A nos contar uma história apaixonante, onde hipótese e realidade se cruzam num trabalho que leva o leitor a se interessar pela narrativa do princípio ao fim.

Para mim a História é uma realidade viva, com personagens humanos complexos, que falam, sentem e agem como se estivessem juntos a nós. E novamente aparece Jorge Oliveira  a desmentir os teóricos da História engessada, como uma lápide de cemitério gravada anos depois. Estática. Parada. A História é também um teatro de dúvidas, mistérios a espera de esclarecimentos, cheia de interrogações que perduram as vezes por anos e séculos.

Como podem os historiadores medianos, no rol dos quais me incluo, competir com um jornalista que faz história com inovação e extraordinária competência em suas produções? Desta feita ele vai buscar nos turbulentos momentos da república nascente brasileira, um episódio que nada fica a dever de situações contemporâneas da chamada teoria da conspiração. Um episódio tenebroso, uma tentativa de assassinar o Presidente da República onde morreu ao tentar salvá-lo, o seu Ministro da Guerra, nas comemorações da horripilante Campanha de Canudos, realizada na Praça XV, no Rio de Janeiro.

Prudente de Morais foi o primeiro presidente civil, após os seus antecessores, Deodoro e Floriano, ambos militares, marechais e nascidos aqui no País das Alagoas. Uma era tempestuosa, de sucessivas crises políticas, institucionais, guerra civil, onde o novo regime ainda não tinha se firmado. Grupos políticos disputavam o poder junto com os militares. Um soldado alagoano de nome Marcellino Bispo de Mello, participava do desfile, foi o autor do atentado frustrado. Imediatamente preso e posto a ferros numa prisão militar da capital da República. O Arsenal de Guerra. E, da mesma forma que no século XX tivemos ocorrências semelhantes, casos Delmiro, Gregório, e mais recentemente Herzog e Manuel Fiel  que guardam semelhanças, mas tem um viés diferente. Essas mortes dentro das prisões apagam vestígios dos mandantes e das verdadeiras razões das conspiratas. E cômodo os verdadeiros responsáveis dormirão tranquilos o sono da impunidade.

Mestre José Honório Rodrigues dizia que a trajetória da História exige sempre revisão dos acontecimentos quando deixam margens a dúvidas. A obra de Jorge Oliveira preenche uma lacuna e ganha o vigor da veemência conhecida do autor. Gostei também de seus comparativos com outros acontecimentos semelhantes. Ele certamente fará do livro mais um roteiro para suas apreciadas produções cinematográficas. Jorge Oliveira presta também um serviço a História com seu faro de investigação e atende aos desafios árduos e sempre fragmentário trabalho dos historiadores.

O autor

Jorge Oliveira, é jornalista e cineasta, trabalhou em grandes redações de jornais no país depois que deixou Alagoas, em 1969. Vencedor de dois prêmios Esso de Jornalismo, além de outros prêmios. Hoje, dedica-se também  à produção de documentários e ao marketing político. Seu filme Perdão, Mister Fielganhou 14 prêmios em festivais no Brasil e no exterior. Em 2013, foi homenageado no Brazilian Endowment for the arts em Nova York com a exibição dos seus documentários.

Onde encontrar o livro:

Conspiração está sendo vendido na Amazon.com.br, Submarino, Lojas Americanas, Nova Livraria, na Rua Iris Alagoense, 438, Farol, tel: (Zap) 99973.3879, em Maceió, e com Sebastião Medeiros, na Livraria digital Quilombada, tel: (Zap) 98155.9787. 

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Comunicação corporativa: NB Press seleciona profissionais

Por Chico Sant'Anna


Boa notícia nesses tempos de pouco emprego e crise na mídia tradicional. A NB Press, agência de assessoria de imprensa, conteúdo e redes sociais, anuncia abertura de vagas. Serão selecionados profissionais para duas vagas: uma de assessor de imprensa e outra de analista de relacionamento com a imprensa, que atuará sob o regime home office. Não foram informados nem salário, nem jornada de trabalho.

Confira abaixo as especificações do perfil dos profissionais desejadosAbaixo as descrições:

Assessor(a) de imprensa

O candidato (a) deve ter pelo menos dois anos de formação em Jornalismo ou Relações Públicas, precisa ter conhecimentos para desenvolver planejamentos com foco estratégico, pautas com a imprensa, relacionamento com a mídia, experiência com acompanhamento de entrevistas presenciais, por e-mail e telefone, produção de press releases, reuniões presenciais, cobertura de eventos e follow up ativo. 

O (a) profissional deve ter de preferência experiência em lifestyle e conhecer jornalistas/produtores de veículos de comunicação que fazem vitrine e pautam produtos. Desde moda, feminino, até gastronomia, infantil, entre outros. O profissional cuidará diretamente dessa área, também do envio de press kits, busca de endereços de jornalistas e follow up ativo.

Analista de relacionamento com a imprensa

A vaga é no regime home office no horário das 10h às 19h. O candidato deve ter ao menos dois anos de formação em Jornalismo ou Relações Públicas, além de experiência em startups, fintechs, e-commerce, varejo e consumo. O profissional será responsável por lidar diretamente com a mídia (follow up ativo), para vender pautas dos clientes da agência, redigir sugestões de pauta e press releases, além de acompanhar entrevistas, eventos, reuniões presenciais, entre outros.

É necessário ter proatividade, espírito de trabalho em equipe, senso de urgência, ser dinâmico, estar disponível para viagens e trabalhos esporádicos aos fins de semana. 



Os interessados devem enviar e-mail para vagas@nbpress.com, contendo informações sobre a pretensão salarial. No assunto do e-mail colocar o cargo ao qual está se candidatando. 

A empresa oferece bonificação variável por pauta conquistada, além do salário. Só serão aceitos CVs contendo essas informações, especialmente, pretensão salarial.

terça-feira, 4 de janeiro de 2022

Internet: Dispositivos móveis somam 91% do tempo de conectividade no Brasil

Os vídeos on-line se destacam no consumo digital global. No Brasil, a média de horas mensais por telespectador foi de 13,2 horas, em agosto de 2021.

Por Ana Paula Sartori

A nova realidade desencadeou um aumento mundial do número de internautas e da quantidade de horas que os usuários passam consumindo todo tipo de conteúdo nas mais diversas plataformas. O Brasil faz parte desse boom: 91% do tempo de navegação na Internet foi por meio de dispositivos móveis.

Nesse sentido, o Brasil cresceu 6% ano a ano, ficando atrás apenas da Indonésia (97%) e da Índia (91%), na lista de países pesquisados pela Comscore em todo o mundo. Em termos de crescimento de audiência, o país apresentou aumento de 4%, assim como a Colômbia. Esse crescimento é inferior ao de países como Peru (10%) e Argentina (5%), mas superior ao de outros mercados importantes como Chile (3%) e México (1%).

O fenômeno faz parte de um contexto de alta conectividade na América Latina. Segundo o mesmo relatório da Comscore, a região é a segunda com maior número de minutos médios por visitante mensal (988), perdendo somente para os mercados europeu e asiático, sendo superada apenas pela América do Norte (1635). A Comscore é uma parceira da NASDAQ e SCOR que foca a cobertura de dados que inclui TV digital, linear, over-the-top (OTT) e inteligência de bilheteria de cinema com insights avançados de audiência.

O detalhe sobre o consumo específico revela que, embora tanto o consumo de notícias, quanto o de comércio eletrónico e serviços financeiros mantiveram crescimento constante de 2020. Por sua vez, o formato de vídeo está muito presente no mercado em nível global, com 1,919 milhões de pessoas consumindo vídeos online, a uma média 7,9 horas, em agosto deste ano.

No Brasil, a média de horas mensais por telespectador no mesmo mês foi de 13,2 horas, respectivamente. Os dois principais grupos de idade que assistem a vídeos são pessoas entre 15 a 24 anos e entre 25 a 34 anos.

A análise da Comscore inclui dados sobre comunicação e arrecadação de fundos de ONGs e o formato de vídeo é amplamente utilizado por ONGs por meio de múltiplas plataformas como Instagram, YouTube e Tiktok. Organizações como UNICEF, Greenpeace e Cáritas, entre outras, geram um grande número de menções nas redes sociais. Isso aumenta quando o conteúdo está diretamente relacionado às suas campanhas de arrecadação de fundos, sendo o Brasil e o México os dois países onde isso mais acontece entre os usuários da faixa etária de 25 a 34 anos.

Não há dúvidas de que a pandemia de coronavírus impulsionou a aceleração digital e estabeleceu um novo  patamar de audiência em diversas categorias de consumidores. O forte engajamento no consumo de vídeos, em especial, indica, em parte, o comportamento digital dos internautas frente a essa nova realidade na qual estamos todos inseridos”, conclui Alejandro Fosk, gerente geral  da Comscore na América Latina.


sábado, 1 de janeiro de 2022

Mídias digitais: Crianças devem ter autorização judicial para fazer publicidade

 


Especialistas alertam sobre cuidados ao expor menores de 18 anos na internet. Outro cuidado que pais e empresas de mídias digitais devem ter ao fazer campanhas que envolvam crianças é não as associar a produtos de qualidade duvidosa, além de ter cuidado com a fala da criança, conforme o produto anunciado.


Por Renata Gimenes

Crianças e adolescentes são seres em formação e muitas vezes não têm discernimento para entender o que é veiculado em comerciais, ainda mais se eles forem os protagonistas da propaganda. Por isso, em especial neste período, é preciso ter cuidado redobrado com peças publicitárias que envolvam crianças.

O tema publicidade infantil é delicado, mas precisa ser debatido. A especialista em Direito das Mulheres e criadora de conteúdo, Sabrina Donatti, afirma que crianças podem aparecer em publicidades na internet, porém não devem falar diretamente com o público infantil.

Graduada em Direito pela Universidade de Pernambuco e pós-graduanda em Direitos das Mulheres Sabrina administra o perfil ‘Mamãe em Construção’, canal em que fala com propriedade sobre maternidade e educação infantil, e diz que as crianças podem aparecer em publicidades na internet, porém não devem falar diretamente com o público infantil. “Por isso, entende-se que um perfil em redes sociais de crianças não deve conter publicidade, já que se presume que quem acompanha o perfil infantil sejam outras crianças”, afirma a advogada, que também é especialista em “Legislação Publicitária direcionada à Crianças e Adolescentes”.

É relevante destacar que, segundo as regras das redes sociais, crianças nem poderiam ter perfis antes dos 13 anos, mas não é isso o que se vê com a justificativa de que quem monitora o perfil são os pais.

Outro cuidado que pais e empresas de mídias digitais devem ter ao fazer campanhas que envolvam crianças, segundo Sabrina, é não as associar a produtos de qualidade duvidosa, além de ter cuidado com a fala da criança, conforme o produto anunciado.

“Não é proibido criança aparecer em publicidade, pois vemos o mesmo na TV, mas o que não pode é direcionar o trabalho da publicidade ao público infantil e, claro, criança falando com criança. A publicidade sempre deve ser sinalizada e direcionada ao público adulto”, conclui.

Para o especialista em marketing de influência, Raphael Dagaz, a orientação é sempre evitar expor crianças, sejam filhos ou não. “Este é o principal conselho que a gente dá internamente, mas há casos em que faz muito sentido, tanto ao conteúdo quanto para a marca, aí nestes casos orientamos a seguir as burocracias exigidas, como alvará da Vara da Infância e da Juventude, entre outros documentos”, explica.

Dagaz lembra que essa documentação é necessária porque criança não deve trabalhar e, a partir do momento em que aparece comercialmente em algum conteúdo pago, é fundamental ter o respaldo legal. “Sempre que um menor de 18 anos aparece, o influencer precisa estar respaldado. Tanto que o valor total ou parcial recebido em comerciais, seja ‘on’ ou ‘off-line’, precisa ser destinado para uma conta da criança”, diz.