Perto da meia-noite de um domingo, Marão saía do Setor de Rádio e TV Sul de Brasília, após gravar seu programa de rádio. No térreo, enquanto abria a porta do carro para ir embora, foi atacado por indivíduos em dois veículos da segurança pública.
Por William França, publicado originalmente no Correio da
Manhã - edição DF, coluna Brasilianas
Dia 11 de novembro, completaram-se 40 anos de um fato histórico que abalou Brasília: a morte do jornalista Mário Eugênio. Ele era um verdadeiro mito da reportagem policial. Escrevia no “Correio Braziliense” e tinha um programa diário da Rádio Planalto, o “Gogó das Sete”, líder de audiência.
Em 1984, no último ano da ditadura, ele teve coragem de
denunciar um Esquadrão da Morte montado por militares do Exército e policiais
do DF, que praticavam crimes diversos.
Mário Eugênio acabou recebendo um tiro de escopeta na
cabeça e outros cinco tiros no corpo. Foram disparados pelo atirador de elite
conhecido nos meios policiais como Divino 45.
Perto da meia-noite de um domingo, Marão saía do Setor de
Rádio e TV Sul de Brasília, após gravar seu programa de rádio. No térreo,
enquanto abria a porta do carro para ir embora, foi atacado por indivíduos em
dois veículos da segurança pública.
Este colunista, à época estudante de Jornalismo no CEUB,
era um ouvinte do programa. Acompanhou o noticiário pelo que a equipe do
“Correio Braziliense” divulgava – embora, naquela época, não se soubesse tanto
dos bastidores.
Hoje, sabe-se que a investigação do crime se deu pelos
jornalistas do Correio. Rendeu perseguições, ameaças de morte e um trabalho de
abafa por parte das autoridades da Secretaria de Segurança do DF e do Exército.
Mas também rendeu um Prêmio Esso Nacional à equipe do jornal (o maior prêmio do
Jornalismo brasileiro) e o Prêmio Herzog de Direitos Humanos, da Arquidiocese
de São Paulo.
Toda essa história, rica em detalhes, está contada por um dos mais envolvidos em toda a apuração e resolução do crime, o jornalista Renato Riella. Então secretário-executivo de Redação do “Correio Braziliense”, ele chegou no local do crime quando Mário Eugênio ainda sangrava. “Brasilianas” reproduz o relato de Riella na versão digital da coluna.
Acesse o link
da coluna do jornal e boa leitura!