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domingo, 3 de julho de 2016

Macri oficializa retirada do sinal da Telesur da Argentina

Publicado originalmente em Pátria Latina

Hoje a emissora está presente em diversos outros países da América Latina, América Central, Caribe, Europa, África e Oriente Médio, além dos Estados Unidos (Gustavo Hernández A).
Depois de um processo um tanto atropelado, o sinal da emissora multiestatal Telesur será oficialmente retirado da Argentina. “Atropelado” porque os diretores da empresa de comunicação só souberam da decisão do governo de Mauricio Macri por meio das notícias dos jornais e não foram notificados formalmente desde o início sobre a decisão governamental.
A presidenta da Telesur, Patricia Villegas, publicou a oficialização do anúncio em suas redes sociais nesta quarta-feira (29). Analistas de todo o continente consideram a decisão do governo argentino como uma “mostra de censura e carência de pluralidade”.
“Fez. Macri fez. Agora barras de cores estão no lugar onde estava a Telesur na TV argentina. Seguiremos lutando e exigindo o fim da perseguição e censura contra nosso sinal”, escreveu Villegas em sua conta pessoal no Facebook.
Organizações sociais e politicas da Argentina manifestaram seu repúdio à saída do sinal da Telesur e consideraram que esta ação atenta contra milhões de pessoas que escolheram escutar diversas vozes sobre a realidade nacional e internacional.
A Telesur foi idealizada pelo ex-presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e estava presente em mais de 90 retransmissoras, possuía convênios com cinco emissoras abertas em diferentes regiões da Argentina e até o dia 29 de fevereiro deste ano havia alcançado mais de 20 milhões de expectadores.
Hoje a emissora está presente em diversos outros países da América Latina, América Central, Caribe, Europa, África e Oriente Médio, além dos Estados Unidos.
Sem argumentos legais, a Telesur foi retirada do pacote básico de TV por assinatura da Argentina no dia 4 de março deste ano. O filósofo mexicano Fernando Buen Abad afirmou que a Telesur deve estar “fazendo algo magnífico para os povos para que tantas oligarquias queiram amordaça-la”.

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