As participantes da III
Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir) avaliaram que a
imagem da mulher negra continua sendo estereotipada pela mídia. Para elas, a
conferência deve ser um espaço privilegiado para a criação de novas
estratégias.
Silvana Veríssimo, do Fórum
Nacional de Mulheres Negras e representante da religião de matriz africana, por
exemplo, afirma que a imagem da mulher negra na mídia ainda é estigmatizada.
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III Conapir: Mulheres negras querem políticas de comunicação e tratamento de gênero igualitário
“Nós continuamos como as mulheres que são boas para sexo. A gente precisa
pensar uma estratégia mais forte para poder quebrar este estigma. Mesmo na
televisão, ainda não conseguimos ver uma família negra completa. Sempre aparece
a mulher negra sozinha, sem família, Não podemos aceitar mais isto. Temos
atrizes negras que tem um potencial muito bom e que precisam ser valorizadas
pela mídia”, afirmou Silvana.
Marta Cesária, militante do
Fórum de Mulheres Negras, integrante da Coordenação Nacional de Entidades
Negras (Dandara no Cerrado) e da Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB) do
estado de Goiás, concorda que a imagem da mulher negra precisa mudar e que a
conferência é um espaço privilegiado para este debate. “Apesar de as mulheres
negras apareceram mais na propaganda e nas novelas, sua imagem ainda está
distante da realidade das mulheres negras brasileiras” analisa.
A coordenadora de Cidadania
LGBT e Racial da Prefeitura de João Pessoa, na Paraíba, Socorro Pimentel,
considera a comunicação como uma discussão necessário e central para a
população negra, na perspectiva de democratizar a comunicação no Brasil.
“Queremos uma mídia que tenha o elemento negro em seu conteúdo temático,
fazendo campanhas de combate ao racismo e à intolerância religiosa, tornando
nossa pauta prioritária, tanto na mídia institucional como na mídia
particular”, diz a gestora de João Pessoa.
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