Desde 2000, 68 jornalistas foram assassinados e outros 13 estão desaparecidos no México, país assolado pela violência ligada ao narcotráfico, informou a Comissão Nacional de Direitos Humanos (CNDH).
Segundo a CNDH, no mesmo período, foram registrados 21 ataques a instalações de veículos de comunicação. Além disso, desde 2005, foram recebidas 473 queixas de ofensa a repórteres e ativistas de direitos humanos.
A CNDH pediu às autoridades que atuem “com eficiência na defesa e proteção de quem exerce as liberdades de imprensa e expressão" e esclareça de uma vez por todas os casos de ataque à imprensa, segundo o La Jornada.
A maioria das mortes de jornalistas ocorreu no estado de Michoacán, região central do país e berço do violento cartel de drogas La Familia, e nos estados ao Norte do México, na fronteira com os Estados Unidos, explicou o fiscal para a Atenção a Delitos Cometidos contra a Liberdade de Expressão, Gustavo Salas Chávez, citado pela agência Quadratín. De acordo com ele, a maior parte desse crimes está relacionada ao narcotráfico.
Para Salas, porém, um dos principais obstáculos na investigação de crimes contra jornalistas é a falta de colaboração e transparência não só das autoridades estaduais, como das próprias famílias das vítimas, desconfiadas do poder público.
Um relatório recente da Freedom House listou o México entre os países sem imprensa livre, por conta da violência e da intimidação de grupos de criminosos.
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