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quinta-feira, 17 de junho de 2010

Lusofonia: emissoras de tv buscam mercado luso-africano

Do TelaViva news

Com objetivos diferentes, TVs do Brasil e de Portugal contribuem de alguma forma para a integração entre países de língua portuguesa. Na primeira mesa de um encontro de emissoras de TV da comunidade lusófona que acontece no 11º Forum Brasil – Mercado Internacional de Televisão, que acontece esta semana em São Paulo, TV Brasil, Globo e a portuguesa SIC apresentaram a evolução da internacionalização de seu conteúdo através de canais internacionais. Globo e TV Brasil apontaram na internacionalização a meta de atingir brasileiro expatriados. Com 10 anos de existência, a Globo Internacional chega a 260 mil assinantes, sempre em pacotes premium, em diversos países da África, Europa, além de Estados Unidos e Japão. Segundo Alejandra Moreno, executiva da área internacional da Globo, há dois anos a Globo produz conteúdo local na África, o "TV África".

Já a TV Brasil, que começou há seis meses a transmitir para o mercado internacional, conta distribuição apenas na África, chegando a 49 dos 53 países do continente, incluindo todos os países de língua portuguesa. Segundo Marilena Chiarelli, responsável pela difusão no mercado internacional da TV pública brasileira, já há a produção de conteúdos voltados exclusivamente aos expatriados: uma agenda cultural; um programa que tira dúvidas frequentes entre os que mora fora do país, como emissão de passaportes ou declaração de renda; e o "Conexão Brasil", que leva notícias do país. A ideia é que o canal chegue a países da América Latina e aos Estados Unidos ainda este ano.

Mercado potencial

Já o canal privado português SIC apresentou outra meta com a atuação no mercado internacional. Segundo João Pedro Nava, diretor de distribuição da SIC, o canal chega a 11 países, buscando não apenas portugueses expatriados. "A África representa um enorme potencial para a SIC", disse, destacando que a previsão de crescimento do PIB de Angola é de 8% este ano. "A previsão para Portugal é de 0,5%", disse. Em virtude da aposta, a SIC conta com distribuição de mais um canal em todas as plataformas de TV por assinatura no país.

São Tomé e Príncipe,

A TVS, canal de São Tomé e Príncipe, está prestes a fechar contrato de intercâmbio de conteúdo com a EBC, segundo Mateus Ferreira, representante do canal no Encontro de TVs de Língua Portuguesa, parte da programação do 11° Forum Brasil – Mercado Internacional de Televisão, evento que a Tela Viva promove em São Paulo esta semana. “Queremos fazer acordos que possam internacionalizar os conteúdos”, explica Ferreira. Ele elogiou o programa DocTV CPLP, que propõe a produção de documentários nos países de língua portuguesa para exibição nos canais públicos.
Do TelaViva news

A TVS tem oito horas de programação diárias, com três programas informativos, além de atrações culturais, infantis e esportivas. Segundo Ferreira, um dos desafios do canal é a aquisição de meios e a digitalização.

Angola

Para Suzana Mata, diretora da TV Pública Angolana (TPA), há potencial para cooperação entre televisões de países de língua portuguesa. "É preciso mobilizar recursos para a coprodução entre os países", disse em encontro de TVs de língua portuguesa que acontece durante o 11º Forum Brasil – Mercado Internacional de Televisão. Ela cita como exemplo positivo o DocTV CPLP, o programa de coprodução entre emissoras públicas e produtores independentes da Comunidade de Países de Língua Portuguesa. "A TPA vai continuar apoiando", disse.

Segundo ela, o canal de Angola investiu na construção de um "mini-Projac", que pode contribuir para a coprodução com outras emissoras.

Marilena Chiarelli, da TV Brasil, também cobrou no debate a criação de "novos parâmetros" para coprodução. Além disso, afirmou que o canal público vem negociando com as TVs públicas da CPLP uma troca de conteúdos.

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