Por Samuel Possebon, do Tela Viva News, em 30/07/2009.
A TV por assinatura parece estar recuperando a perda de audiência ocorrida ao longo de 2007 e 2008. No mercado, colocou-se duas hipóteses para explicar a retração da audiência dos canais pagos: a digitalização da base ou a concorrência da Internet e outros aparelhos. A Globosat defendeu, desde o começo, a hipótese de que era apenas um ajuste em função da digitalização das redes de cabo, o que impactou o número de pontos e mesmo a existência de usuários piratas, e que o quadro se reverteria. Segundo dados de audiência conseguidos por esse noticiário, é o que de fato parece estar acontecendo.
O share de audiência da TV paga, que já chegou a 30,14% em 2007, caiu para 24,48% em 2008 e voltou a subir, para 27,18% agora em junho de 2009, no horário nobre. A TV aberta abocanha, entre os telespectadores que têm TV paga, 67,5% do share nesse mesmo recorte.
Olhados outros dados, também há mudanças significativas de 2008 para 2009, em favor dos canais pagos. O tempo de audiência, que chegou a 2,17 horas em 2006, caiu a 1,58 em 2008 e voltou a subir para 2,12 horas em 2009 (junho). A audiência chegou a ser de 5,3 pontos em 2006, caiu para 3,78 pontos em 2008 e voltou a 4,44 pontos em 2009.
Outros aparelhos
Alguns programadores ficaram preocupados com a informação dada pela Folha de S. Paulo no dia 28 de que a TV por assinatura teria audiência menor do que a destinada a outros aparelhos (videogames, DVDs, circuitos internos de TV etc). A informação está certa, mas o levantamento trazido pelo jornal refere-se a todo o universo de domicílios com TV, mas não faz a análise apenas no universo de assinantes de TV paga. Nesse caso, segundo dados de mercado, a audiência do conjunto de canais pagos é até sete vezes maior do que a audiência dos demais aparelhos (no horário nobre). Hoje, a estimativa do Ibope é que 20% dos lares tenha TV paga.
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