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segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Pecados do conservadorismo católico: a visão poética da jornalista Raíssa Abreu


Na Capital Federal, jornalista e escritora mineira lança livro de poemas autobiográficos que expõe pecados do conservadorismo católico do interior


Objeto estranho, recém-editado pela Patuá editora, é uma obra autobiográfica que traz cenas da infância e da adolescência da escritora e jornalista, Raíssa Abreu, 43 anos, reelaboradas numa linguagem onírica a partir de objetos que evocam lembranças, como um snoopy de pelúcia, um clichê de jornal, um monóculo, um terço, um par de sapatos. O cenário é uma comunidade católica tradicional do Sul de Minas Gerais.

Num cenário sombrio-kitsch, de múltiplos silenciamentos e mortes anunciadas na torre da igreja, são esses seres inanimados o pretexto para falar, ainda que pelas beiradas, de assuntos incômodos - a pobreza, a misoginia, a meritocracia, a intolerância, o suicídio - e para insinuar visadas menos trágicas sobre as personagens.

Sinopse

A subversão maior é aquilo que escapa à língua, que fica em algum lugar entre o fim de um verso e o tropeço de outro. No desencontro entre palavra e imagem. O segredo da moça do cabelo alisado. A ave-maria perdida no terço.

A trajetória de um corpo estranho pela vidamorte de uma família cristã numa cidade do interior, marcada pela vigilância da tradição e pela meritocracia. O que pode acontecer à hierarquia bem marcada entre os pontos que giram ao redor do objeto totêmico quando alguém olha para a torre da igreja e enxerga a ponta de um lápis?

"A escrita de Abreu, afeita ao nervo da linguagem, estranhamente torna o simples algo escorregadio, que conduz a uma imersão em imagens pouco vistas, pois os objetos aqui são ricamente ativados pelo que extrapolam em relação às suas acepções, enviesando à imaginação o ordinário e o transformando em preciosidade" (da orelha de Léo Tavares).

A autora

Há 19 anos em Brasília, Raíssa Abreu é jornalista e estuda Letras na UnB. Nascida em em Pedralva, sul de Minas Gerais, teve uma infância em uma casa lotada de papel-jornal e de imagens de Nossa Senhora. Hoje, faz parte do coletivo de poesia cerratense Nexo Grupal.

Objeto estranho é seu livro inaugural. O lançamento acontece na quinta-feira (31/10), a partir das 19h, no Quanto Café, e contará com uma conversa mediada pelo escritor e artista plástico, Léo Tavares, (“Situações” e “O Congresso da Melancolia”) . O bate-papo será seguido de sessão de autógrafos.

Serviço:

  • O que?  Lançamento da obra Objeto Estranho - Ed. Patuá.
  • Quem?  Raíssa Abreu
  • Quando?  31/10, quinta-feira, às 19h
  • Onde?  Quanto Café CLN 103, Bl A

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

As poesias de ACQ, agora em livro

 

*Peia por peia, ludopeia!*

 

Por Chico Sant'Anna

Goiano d’Anápolis, o jornalista da velha guarda na luta contra a ditadura militar, sindicalista, escritor, Antônio Carlos Queiroz, o ACQ, resolveu finalmente mostrar o dedo em poesia. 

ACQ é leitor e feitor de poemas desde a adolescência em Anápolis, Goiás, mas, “autocríticismo em excesso” (tirada assumida de efeito publicitário!), e uma boa dose de rebeldia, rasgou toda a produção anterior a 2015, por aí.

“Ecoei o conselho do Umberto Eco de jogar no lixo os poemas ruins. Não quer dizer que sejam bons os que agora publico!” - adverte ele.

Rebelde como sempre e contrário a rótulos, ACQ diz que não se identifica com nenhuma escola poética. “Mas prefiro a companhia do Lucrécio, do Ovídio, do Horácio, da Emily Dickinson, do Drummond – esse tipo de gente. É que também sigo a lição de outro guru, o Millôr Fernandes, que está completando agora o Centenário: em Ciência, leio sempre os livros mais novos. Em Literatura, os mais velhos” - ressalta.

Dizem os críticos literários que antes mesmo de entender o que um poema diz, ou mesmo entendê-lo, temos a impressão de senti-lo. É preciso identificar a existência da Melopeia (propriedade rítmica, musical e sonora do poema), da fanopeia (a imagem projetada na imaginação do leitor) e da logopeia (a unidade da imagem sonora e da cadência rítmica dentro do poema)? 

Quando indagado quais dessas propriedades se mostram mais presentes em seus poemas, a resposta é rápida:

– Nada de peia!
Hum, talvez a ludopeia...
O que importa é a gozação, a ironia, o sarcasmo, pra tornar mais leve a vida e evitar a depressão!

Serviço:

Livro: ACQ poemas & prósias
Lançamento: 18 de agosto, às 17h30
Local: Livraria Sebinho, 406 Norte
Contato: https://www.instagram.com/antonio_carlos_queiroz

quinta-feira, 12 de abril de 2018

Jornalista goiana, Maria Félix lança livro de poesias



Em “Versos que me habitam”, vida e morte são recorrentes entre os poemas publicados neste livro, escrito ao longo de muitos anos.


A Confraria do Vento lança “Versos que me habitam”, livro de poesia da jornalista e escritora Maria Félix Fontele. Conforme afirma a própria autora, “semeio esses versos que habitam em mim porque vivo e morro de amor a cada instante.”

Vida e morte são recorrentes entre os poemas deste livro, escrito ao longo de muitos anos, nos quais a poeta veio costurando temas como o próprio amor, o tempo, a família, a amizade, a religiosidade. Maria é de fato uma artesã que tece palavras, buscando sempre fazer emergir sentimentos humanos, puros e complexos. É um livro que visa a leveza, mas sem deixar de lado a complexidade que pode estar oculta nos sentimentos mais simples.

Goiana, Maria Félix Fontele é jornalista e escritora. Há muitos anos está radicada em Brasília. Foi secretária-adjunta e coordenadora de Comunicação Social do Governo do Distrito Federal, além de primeira coordenadora de Comunicação Social da Câmara Legislativa do DF. Atuou como repórter, chefe de reportagem, editora e colunista em diversos veículos de comunicação – entre eles Jornal de Brasília, Jornal do Brasil e Correio Braziliense - e em assessorias de imprensa. Editou revistas e publicações nacionais na área de gestão pública. 

Como escritora, participou de algumas antologias poéticas. Em 1992, venceu o Concurso de Poesia da revista Xicóatl, de Salzburgo (Áustria), com o poema “Retrato”.

Serviço:
Livro: Versos que me habitam, de Maria Félix Fontele
Lançamento: 16 de maio, quarta, a partir das 19h
Local: Carpe Diem, CLS 104 , Brasília

segunda-feira, 25 de março de 2013

Jornalista Ana Maria Lopes lança novo livro de poemas

Risco, novo livro de poemas de Ana Maria Lopes, vai ser lançado nesta quarta-feira, dia 27, no restaurante Carpe Diem da 104 sul a partir das 19 horas. Para a poeta Angélica Torres Lima, "Ana Maria converte as palavras do dia a dia em algo mágico e incorpora essa premissa fazendo surgir linguagem e imagens caleidoscópicas, expondo a mulher multifacetada que é".

Ana Maria Lopes nasceu no Rio de Janeiro, mas é brasiliense por adoção. É jornalista formada pela Universidade de Brasília. Profissionalmente trabalho na TV Nacional de Brasília, TV Alvorada, Jornal O Globo e exerceu a chefia de reportagem e a direção do Núcleo de Videos Especiais da TV Câmara.

Recebeu vários prêmios literários, entre eles a 1ª colocação no concurso patrocinado pela Embaixada de Portugal, Jornal O Globo e Livraria El Ateneo. Posteriormente, recebeu a 1ª colocação no concurso promovido pela Editora Abril. Com sua estreia no conto, obteve a 1ª colocação no concurso da Bloch Editores e a Baume&Mercier.

Em 2006 lançou seu primeiro livro de poemas - Conversa com Verso - publicado pela LGE Editora.

O artista plástico Gougon e o grupo Ciranda do Mosaico criaram um painel com dois de seus poemas que hoje estaão na Biblioteca Demonstrativa de Brasília.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Poema: Censura prévia

Por

censura prévia é previsível -
redes rompem paredes

domesticam o ouvir
higienizam o olfato
narcotizam o olhar
isolam o tato
anulam o sentir
controlam o contato
inibem a atitude
evitam o que soa
reprimem a política
castram a pessoa