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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Livro do Jornalista Cid Benjamin com história da luta armada é lançado em Brasília

Com base no texto dLeticia Fernandes, publicado em O Globo


“Tá em cana”. Era 21 de abril de 1970 quando Cid Benjamin, líder estudantil e dirigente do segundo MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), ouviu as palavras do major Moacir Fontenelle. Num gesto instintivo, aplicou-lhe um golpe de judô — Cid era faixa preta e tinha sido campeão brasileiro juvenil —, fazendo com que o major caísse sobre o balcão da padaria no Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio, “aparelho” onde Cid se encontraria com um companheiro.
É assim que o jornalista, de 64 anos, começa o seu livro de memórias, “Gracias a la vida — Memórias de um militante”, que será lançado na noite do dia 12/02, em Brasília, às 19h, na Livraria Cultura do Casa Park.
Cid Benjamin, ativista partidário, jornalista e professor universitário, militou na luta armada nas décadas de 60 e 70 e participou do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, em 1969. Depois de preso, foi exilado e morou na Argélia, no Chile, em Cuba e na Suécia.
Sua exposição aos fatos nos garante estar diante de um dos mais consolidados e objetivos relatos sobre esses anos de nossa história. Em suas memórias, Cid apresenta ainda outros episódios importantes da história do PT na década de 1990, como as denúncias ao partido e ao ex-presidente Lula e dos fatos paralelos e comprometedores no episódio do assassinato do prefeito Celso Daniel, em Santo André, São Paulo..

Sobre o autor:

Nasceu em Recife, filho de militar, foi líder estudantil e dirigente do Movimento Revolucionário 8 de Outubro - MR8. Engajou-se na luta armada contra a ditadura militar e participou como protagonista do sequestro do embaixador dos Estados Unidos. Foi preso, torturado e libertado em troca embaixador da Alemanha. Ao retornar em 1979 ajudou a fundar o PT e é um dos fundadores do PSOL

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