Com base no texto de Leticia Fernandes, publicado em O Globo
“Tá em cana”. Era 21 de abril de 1970 quando Cid Benjamin,
líder estudantil e dirigente do segundo MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de
Outubro), ouviu as palavras do major Moacir Fontenelle. Num gesto instintivo,
aplicou-lhe um golpe de judô — Cid era faixa preta e tinha sido campeão
brasileiro juvenil —, fazendo com que o major caísse sobre o balcão da padaria
no Lins de Vasconcelos, Zona Norte do Rio, “aparelho” onde Cid se encontraria
com um companheiro.
É assim que o jornalista, de 64 anos, começa o seu livro de
memórias, “Gracias a la vida — Memórias de um militante”, que será lançado na
noite do dia 12/02, em Brasília, às 19h, na Livraria Cultura do Casa Park.
Cid Benjamin, ativista partidário, jornalista e professor
universitário, militou na luta armada nas décadas de 60 e 70 e participou
do sequestro do embaixador americano Charles Burke Elbrick, em 1969. Depois de
preso, foi exilado e morou na Argélia, no Chile, em Cuba e na Suécia.
Sua exposição aos fatos nos garante estar diante de um dos
mais consolidados e objetivos relatos sobre esses anos de nossa história. Em
suas memórias, Cid apresenta ainda outros episódios importantes da história do
PT na década de 1990, como as denúncias ao partido e ao ex-presidente Lula e
dos fatos paralelos e comprometedores no episódio do assassinato do prefeito
Celso Daniel, em Santo André, São Paulo..
Sobre o autor:
Nasceu em Recife, filho de militar, foi líder estudantil e
dirigente do Movimento Revolucionário 8 de Outubro - MR8. Engajou-se na luta
armada contra a ditadura militar e participou como protagonista do sequestro do
embaixador dos Estados Unidos. Foi preso, torturado e libertado em troca
embaixador da Alemanha. Ao retornar em 1979 ajudou a fundar o PT e é um dos
fundadores do PSOL
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