Polêmico, amado ou execrado, mas dominando os acontecimentos na América Latina há 14 anos, ao longo dos quais comandou 16 eleições democráticas em seu país, o presidente da Venezuela é visto aqui a partir do protagonismo que revirou pelo avesso as antigas relações entre os países vizinhos e a situação política em cada país do continente. Por causa do câncer que o obrigou a fazer três delicadas cirurgias, Hugo Chávez permaneceu, em diferentes intervalos, 250 dias em Cuba. Em outra época, o presidente dificilmente resistiria a um golpe de Estado. Como o coronel paraquedista construiu sua blindagem democrática para manter-se no poder há 14 anos é um dos temas centrais do livro “Quem tem medo de Hugo Chávez?”, pela Editora Aquariana, de São Paulo, que estará nas principais livrarias a partir da segunda quinzena de novembro.
Veja aqui imagens do lançamento do livro
De autoria do blogueiro FC Leite Filho, que já atuou como jornalista nos principais jornais do país e escreveuEl Caudillo – Perfil Biográfico de Leonel Brizola, também pela Aquariana, e com prefácio do jornalista Beto Almeida, o livro, que já aborda a última reeleição de Chávez, de sete de outubro último, ainda faz um levantamento da relação especial com Cuba, que ele considera essencial, não apenas para a segurança venezuelana e latino-americana, como também para a popularização das políticas públicas, sobretudo as vinculadas à educação e à assistência médica universal à população.
O livro, porém, não consiste em mais uma das 300 biografias já escritas sobre o presidente bolivariano. É antes uma mirada sobre os ventos renovadores que, desde 1999, varreram o analfabetismo, distribuíram laptops nas escolas públicas e dignificaram os salários em países latino-americanos como o Brasil, Argentina, Equador, Bolívia. Diante de uma Europa que se afunda nos 25% de desemprego da Espanha – contra a média de 7% no Brasil, Argentina e Venezuela -, e uma Suécia e uma Inglaterra, antes exemplos de democracia, que pressionam para entregar Julian Assange aos Estados Unidos, onde enfrentaria a pena de morte, é no Equador, que o diretor do Wikileaks encontra asilo para defender seus direitos humanos e ideais de uma comunicação transparente. Aqui, também, o leitor vai se informar de como esses países se blindaram contra a crise mundial e seus seguidos espasmos que até hoje agrilhoam indistintamente europeus e estadunidenses, enquanto o FMI, não mais nosso verdugo, enfia goela abaixo seus remédios amargos à Grécia, Espanha, Portugal e até a antes gaulilsta e gloriosa França.
Perfil do autor
Jornalista e blogueiro independente, Francisco das Chagas Leite Filho (Sobral-Ce, 1947, e baseado em Brasília a partir de 1968) dedicou-se ao estudo de líderes transformadores que se focaram na educação e na soberania para vencer o atraso e afirmar-se neste novo mundo pluripolar. Desde Leonel Brizola, a quem dedicou seus dois primeiros livros, o autor agora se desdobra para explicar o fenômeno Hugo Chávez, de quem estudou quase 500 discursos, e a arrancada que ele deu para, junto com Lula, Dilma, Cristina, Rafael, Daniel Ortega, Mel Zelaya, Fernando Lugo e Evo Morales, efetivar a integração latino-americana.
Nas principais livrarias do país, a partir de 15/11/2012 - Preço: R$ 45,00
Pedidos também podem ser feitos diretamente no site da Editora Aquariana
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