De O Jornalista
Nem o crescimento semestral de apenas 0,6% na economia no País e a previsão
de que o PIB brasileiro não deve passar os 2% no ano - somados aos temores que
se alastraram a partir da crise financeira na Europa - afetaram o investimento
publicitário no Brasil neste primeiro semestre. Ao todo, os meios receberam R$
14,28 bilhões entre os meses de janeiro e junho. Esse investimento é 11,02%
maior que o do mesmo período do ano passado, quando o mercado recebeu R$ 12,85
bilhões.
O fechamento do semestre sinaliza para o mercado publicitário que os meios
ainda se beneficiam da onda positiva de consumo e crescimento do País. Os
destaques do semestre foram, em termos de crescimento, internet e TV por
assinatura, com 18,14% e 17,99%, respectivamente, consequência da ampliação da
base de usuários e assinantes, cujo efeito ainda tem sido percebido pelos meios
ano após ano. Já a TV aberta não apenas bateu o próprio recorde de faturamento -
de R$ 9,25 bilhões - como também conquistou a maior participação no bolo
publicitário da história do Projeto Inter-Meios, com 64,81%. A participação da
televisão no total é seguida por jornal (11,67%) e revista (6,06%).
Esse primeiro semestre repete o padrão da década - em anos pares o
crescimento tende a ser maior que em anos ímpares, impulsionado pela Copa do
Mundo e Olimpíada, cujo resíduo ainda será sentido nos próximos meses, quando
vários meios recebem as últimas parcelas dos pacotes comerciais. O crescimento
para o ano, segundo previsão do mercado, é também de 11%.
O Projeto Inter-Meios é um relatório de investimentos em mídia no Brasil
tabulado pela empresa de auditoria PricewaterhouseCoopers com exclusividade para
o Grupo Meio & Mensagem, que coordena o projeto. O trabalho mede,
mensalmente, os investimentos em veiculação feitos pelos anunciantes na mídia
brasileira. Estima-se que ele mensure 90% do total das verbas. Os participantes
do projeto encaminham seus dados diretamente à auditoria.
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