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terça-feira, 20 de julho de 2021

Saudade da minha terra. O adeus a Jaime Sautchuk

Jaime (de gravata) acompanha discurso de Aldo Arantes.
Ao fundo, à esquerda, Fernando Tolentino,
Estela Landim e Haroldo Lima.
Foto: Arquivo pessoal Fernando Tolentino.


São muitas as lembranças. Nas lutas pela retomada do Sindicato dos Jornalistas, do Clube da Imprensa, do Movimento de Defesa da Amazônia, pela Constituinte (ampla, geral e irrestrita), por Diretas Já, por eleições em Brasília, na campanha de Aldo Arantes (em 1982), na campanha em que fui candidato a deputado federal (por que não?). E também seus vários livros, as diversas redações em que brilhou, até finalmente a Xapuri, a reserva ambiental Linda Serra dos Topázios, que criou em Cristalina, para se recolher nos anos mais recentes, como que deixando entender que "não adianta viver na cidade".

Por Fernando Tolentino

A despedida de tantos amigos queridos havia sido no Campo da Esperança. Ali se encontraram dezenas de colegas do primeiro time do jornalismo brasileiro, não poucos camaradas do PCdoB e companheiros da esquerda em geral.Encontraram-se, falaram das inesquecíveis experiências de convivência com Jaime Sautchuk. E dos "causos".

Muitos choraram e abraçaram-se, talvez pouco lembrados da pandemia, talvez muito confiados na vacina. Afinal, valia a pena se abraçarem. A lembrança comum de Jaime justificava.

São muitas as lembranças. Nas lutas pela retomada do Sindicato dos Jornalistas, do Clube da Imprensa, do Movimento de Defesa da Amazônia, pela Constituinte (ampla, geral e irrestrita), por Diretas Já, por eleições em Brasília, na campanha de Aldo Arantes (em 1982), na campanha em que fui candidato a deputado federal (por que não?). E também seus vários livros, as diversas redações em que brilhou, até finalmente a Xapuri, a reserva ambiental Linda Serra dos Topázios, que criou em Cristalina, para se recolher nos anos mais recentes, como que deixando entender que "não adianta viver na cidade".

Por isso, foi a chance de se marcarem novos encontros, inclusive com os que não puderam comparecer e não se desculpavam. Como a velha base dos jornalistas do PCdoB, com a declarada intenção de reunirem-se com a assumida intenção de reafirmar a presença de Jaime.

Uns poucos insistiram em levar Jaime à despedida final. Sua família e amigos que não conseguiram se afastar antes do último momento.

"De que me adianta viver na cidade.
Se a felicidade não me acompanhar."

A pedido da filha Rosa, o meu celular entoou pianíssimo, a canção preferida de Jaime, "Saudade da Minha Terra", de Goiá.

3 comentários:

blogdoproftrajano disse...

Pois é meu Caro Camarada Tolentino. Eu estava lá para o último adeus ao Camarada Jaime, junto com Zezé

Gilka Bandeira disse...

As lembranças só em mas também consolam como atestado da vida vivida. Fique-se pois com o consolo. Abração

Stella Maris disse...

Só conheci Jaime através de teu escrito, entristeci