Do Portugal Digital
A Folhapar (dona da "Folha de São Paulo") está em negociações com a empresa telefônica portuguesa Portugal Telecom (PT) para comprar dela a participação de cerca de 29% no portal UOL. De acordo com a edição do "Diário Económico", a PT recebeu da Folhapar uma oferta de R$ 320 milhões (cerca de 140 milhões de euros) para vender a sua posição.
O grupo que controla a "Folha de São Paulo" detém 54,87% do capital do UOL e, enquanto parceiro da PT, tem direito de opção de compra sobre a sua participação. Mas, segundo o jornal português, as duas partes ainda não chegaram a acordo.
A família Frias, da Folhapar, pretende prosseguir a estratégia de criação de um grande ‘player' brasileiro na área dos conteúdos de Internet, com a ambição de crescer noutros mercados da América Latina, refere a mesma fonte.
O grupo Folhapar, porém, não é o único interessado nesta participação. Outros ‘players' brasileiros e estrangeiros terão também manifestado interesse junto da PT, segundo o "Diário Económico".
A eventual venda da participação no UOL poderá marcar a terceira venda de activos da PT no Brasil. Consumada que está a alienação da posição de 50% na Brasilcel, pela qual estava presente na Vivo, a PT tem em curso o processo de venda da empresa de "contact centers" Dedic, que vinha como complemento do negócio feito com a Telefónica para a Vivo.
A saída da Vivo está a ter impacto positivo não só para os accionistas da PT, mas também para os seus trabalhadores. A edição de hoje do "Jornal de Negócios" dá conta de que a PT decidiu premiar também os seus trabalhadores pelo negócio da venda da Vivo, que rendeu à empresa 7,5 mil milhões de euros. Até ao final do ano pagará mais 1.200 euros a cada trabalhador, como remuneração extraordinária.
O anúncio foi feito por Zeinal Bava, presidente da Portugal Telecom, no jantar de Natal da empresa, na sexta-feira. O prémio é para os trabalhadores, não incluindo a administração. E esta remuneração suplementar não impede a atribuição dos prémios anuais que habitualmente a PT garante por via da avaliação de desempenho, diz ainda o "Jornal de Negócios".
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