Do Tela Viva News
Renato Meirelles, sócio-diretor do Instituto Data Popular, apresentou uma pesquisa exclusiva sobre o perfil do usuário de TV por assinatura da classe C e do interior do país durante o Congresso da NeoTV na manhã desta terça-feira, 23.
Ele mostrou dados que apontam o interior do país como um dos drivers do crescimento econômico, bem como a ascenção da classe D para a classe C. A chamada "nova classe média" cresceu mais no interior que nas capitais, segundo a pesquisa. No interior a classe média representa 56% da população, contra 53% da média brasileira e 50% nas capitais. "De cada dez pessoas da classe média, seis moram no interior do país", diz Meirelles.
Para ilustrar a força desse mercado, ele conta que se fosse um país, o interior seria o 11º do mundo em população e o 15º em consumo, somando R$ 1,5 trilhão anual.
Os serviços também cresceram mais nestas regiões. Nos últimos dez anos as conexões à Internet cresceram 30% no interior, contra 10% nas capitais. Seis em cada dez lares têm computador e 27% declararam ter intenção de assinar banda larga nos próximos 12 meses. "A classe média já representa 51% dos internautas brasileiros, e a classe AB apenas 33%", conta Meirelles.
TV paga
O estudo encomendado pela associação aponta que, atualmente, 29% dos assinantes de serviço de TV por assinatura são “entrantes”. Entre os assinantes de classe C este índice é de 33%. E ainda: de cada cem novos clientes de TV por assinatura, 95 pertencem às classes C e D.
O estudo mostra que um quarto da classe média do interior tem TV por assinatura, e que 79% destes emergentes contrataram o serviço nos últimos dois anos. O estudo projeta que em cinco anos a classe média do interior vai alcançar a penetração de TV por assinatura da classe alta, o que representa um mercado potencial de 14,2 milhões de novos domicílios.
A pesquisa mostrou ainda alguns hábitos de consumo e preferências de conteúdo. Apenas 18% dos entrevistados pararam de assistir TV aberta após contratar TV por assinatura. Na televisão paga, os conteúdos mais procurados são séries e filmes (73%), notícias (57%), esporte (53%) e infantil (35%). Entre os entrevistados, 78% têm aparelho de televisão de tubo e 45% já têm televisores de tela fina.
Internet
“É preciso entender a lógica de investimento da classe C”, observou Meirelles. “O consumo é satisfação, oportunidade, pertencimento. É esquecer o passado de restrição, tangibilizar a conquista. É antes de tudo um investimento. É diferente de consumismo”. Ele destacou durante a apresentação a importância também de desviar um pouco o olhar dos grandes centros.
Além da TV por assinatura, a pesquisa trouxe alguns dados sobre o consumo de Internet. Hoje, 51% dos internautas brasileiros são da classe C e 43% possuem conexão wifi. A casa é o principal local de acesso (72%), seguido por lan house (21%) e trabalho (20%). Entre os hábitos de navegação, 51% procuram informação antes de comprar produto ou serviço e 22% buscam informações sobre programação de televisão.
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