Ideia é que os leitores, por meio de uma contribuição voluntária, ajudem a manter o jornalismo praticado, desde 2008, com um valor que caiba no bolso: R$ 12, R$ 24, R$ 36 ou R$ 48 mensais.
O portal Opera Mundi, especializado no noticiário
internacional, lançou quinta-feira, (14/07), uma campanha de assinatura solidária. A ideia é que os leitores, por meio de uma contribuição voluntária,
ajudem a manter o jornalismo praticado, desde 2008, com um valor que caiba no
bolso: R$ 12, R$ 24, R$ 36 ou R$ 48 mensais.
O Opera Mundi consolidou-se como o único veículo brasileiro
a tratar essencialmente de temas internacionais, com cerca de 1 milhão de
visitantes únicos por mês. O foco editorial é a cobertura das regiões com as
quais o Brasil tem relações comerciais e políticas, nem sempre cobertas pelos
tradicionais meios de comunicação.
Opera Mundi cumpre também um papel fundamental em termos de
democratizar o conhecimento sobre as Relações Internacionais, desenvolvendo
diversas iniciativas para abrir novos horizontes sobre política externa e
direito internacional. Exemplo disso é a seção “Duelos de Opinião”, em que dois
expoentes sobre determinado assunto expõem visões opostas sobre um tema, ou o
programa "Aula Pública Opera Mundi" que, desenvolvido em parceria com
a TVT, uma emissora educativa, e
transmitido em canal aberto para grande São Paulo, trabalha com uma linguagem
dinâmica e interativa para debater assuntos de relevância internacional.
Receitas
A iniciativa do portal é uma resposta aos cortes de
publicidade pública decretados pela administração Temer. A atual gestão do
governo federal decidiu cortar toda a verba que era destinada a 16 sites sobre assuntos da política e da
economia,considerados veículos progressistas. O presidente em exercício Michel
Temer cortou R$ 8 milhões que seriam destinados para propaganda de ministérios
e estatais em sites e blogs jornalísticos. A quantia é ínfima, se comparada ao
que é pago à grande mídia.
Segundo dados divulgados pelo UOL, a Rede Globo e as cinco
emissoras de sua propriedade teriam recebido R$ 6,2 bilhões em publicidade
federal durante os últimos doze anos dos governos petistas. A segunda maior verba
foi destinada à Record: R$ 2 bilhões. De 2003 a 2014, o SBT recebeu R$ 1,6 bi,
a Band, R$ 1 bi e a Rede TV! ficou com R$ 408 milhões.
A receita publicitária atual não cobre totalmente os custos
de Opera Mundi, que incluem o trabalho de jornalistas e colaboradores, aluguel
do espaço onde funciona nossa redação em São Paulo, aquisição e manutenção de
equipamentos e serviços de hospedagem, assim como viagens para coberturas
especiais e reportagens em países de diversas regiões do planeta.
O projeto Opera Mundi, que também inclui os sites Revista
Samuel e Diálogos do Sul, sempre teve como principal fonte de receitas a
publicidade, privada ou estatal. Em ambos os casos, enfrentou a resistência
que, tradicionalmente, os veículos independentes encontram. Tanto órgãos
públicos quanto empresas privadas têm um histórico, no país, de concentrarem
seus investimentos em propaganda em poucos veículos de comunicação.
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