Com base no QuidNovi e no Portal do Sindicato dos Jornalistas do DF
Jornalistas do Fato Online aprovam greve se empresa não pagar salários atrasados.
Trabalhadores
do Portal Fato OnLine aprovaram em
assembleia ontem uma paralisação por tempo determinado se a empresa não
depositar salários e décimo-terceiro em atraso. A redação não recebeu ainda o
salário de dezembro, que deveria ter sido pago em janeiro, nem o
décimo-terceiro.
Após muitas
promessas e adiamentos, a direção da empresa prometeu fazer o pagamento até a
semana que vem. Os trabalhadores decidiram que se o dinheiro não estiver na
conta até o fim do expediente bancário de quinta-feira, 4/2, irão cruzar os
braços a partir das 17 horas daquele dia até a 0 hora de sábado, 6/2,
permanecendo toda a sexta-feira parados.
O Fato OnLine já havia atrasado o salário
de novembro, que foi pago somente no fim de dezembro. E agora, os trabalhadores
novamente sofrem sem o salário que já deveria ter sido pago. Há situações de
pessoas em sérias dificuldades financeiras.
"O
pagamento de salário é o direito mais básico do trabalhador. Os funcionários já
deram vários votos de confiança e mais uma vez estão trabalhando com o prazo
dado pela própria empresa, mesmo com os sucessivos descumprimentos.
A decisão
da paralisação é reflexo da insatisfação e da situação crítica que a direção da
empresa provocou", afirma Jonas Valente, coordenador-geral do SJPDF, que
acompanhou a assembleia.
Ministério
Público do Trabalho
No dia
27/1, foi realizada audiência no Ministério Público do Trabalho para tratar dos
atrasos. Os representantes do Fato OnLine
iniciaram se limitando a dizer que o salário de novembro (objeto inicial da
reclamação) estava quitado. Frente à informação do SJPDF de que permanecia o
atraso de salário de dezembro e do décimo-terceiro a empresa admitiu a situação
e informou que regularizaria as pendências até o dia 20 de fevereiro.
Questionada
sobre quais pendências seriam regularizadas, disse que apenas os salários e o
décimo-terceiro para funcionários contratados com carteira assinada, sem
estender o repasse a quem possui vínculo como pessoa jurídica. O representante
do Sindicato questionou o prazo de 20 de fevereiro para o salário de dezembro, o
que também foi contestado pela procuradora Waleiska Monte, que dirigia a
audiência. Ela fixou prazo de cinco dias úteis para a quitação das pendências.
Caso isso não seja feito, adiantou que irá tomar providências acerca do
problema.
Ligações Políticas
Com
versão impressa e de webtv, o portal Fato
OnLine entrou no ar dia 4 de março de 2015, com um time de profissionais
de primeira: Nomes como os de Sérgio
Assis (diretor geral), Cecília
Maia (diretora de Redação), Rudolfo
Lago (editor-chefe), Achiles
Pantazopoulos (editor da TV Fato), Andrei Meirelles e a ex-ministra das Comunicações Sociais,Helena Chagas (colunistas). Na cobertura de Política, nomes competentes como Lúcio Vaz (editor), Mário Coelho, Edson Luiz, Afonso Morais,Marcelo Rocha e Iva Velloso.
Na Economia: Sheila D’Amorim (editora); Isabel
Sobral; Fábio Graner,
Regina Pires, Laís Lis e Guilherme Waltenberg, Ary Filgueira e Beatriz Ferrari e Joelma
Pereira (repórteres). Na Fotografia: Orlando Brito (editor); Igo
Estrela, Joel Rodrigues e
Sheyla Leal.
Num
período de crise na imprensa, o responsável pelo empreendimento foi Silvio Barbosa Assis, que se apresenta como operador
no mercado financeiro, mas que foi apontado
pelo jornalista Mino Pedrosa, no seu Portal QuidNovi, como sendo lobista, além
de outras qualidades em seu currículo.
"Denunciado
no Amapá – diz Pedrosa - por enriquecimento ilícito associado ao tráfico de
drogas, Assis é considerado um homem de grande habilidade e se apresenta como
afilhado de políticos de renome e caciques de vários partidos, como o
ex-presidente José Sarney. Ele teve de sair de lá às pressas, depois de ter
sido preso por sonegação fiscal. Antes da fuga, porém, já havia sobrevivido a
um ajuste de contas em Macapá, onde recebeu seis tiros à queima-roupa, fazendo
jus à lenda de que o gato tem sete vidas.”
Ainda
segundo Pedrosa, Assis teria captado recursos para ajudar no financiamento da
campanha do atual governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg. Após a
vitória e posse, “Assis convocou
auditores do Detran e o seu diretor geral, Jayme Amorim de Sousa, e comunicou
ser o ‘dono’ da autarquia, e dizendo falar em nome do governador Rodrigo
Rollemberg e da presidente da Câmara Distrital, Celina Leão.”
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