Desde junho, manifestações acontecem em todo o País. Vários profissionais de imprensa já ficaram feridos. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr) |
A pressão dos sindicatos dos jornalistas e dos radialistas do DF, SP e RJ, além da Comissão de Empregados, em relação à segurança dos profissionais da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) nas coberturas da Copa e das manifestações começa a surtir efeito. A direção da empresa anunciou na última sexta-feira, 30/5, a compra de 28 kits de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) que serão utilizados pelos jornalistas durante o evento.
Com o aumento das agressões contra jornalistas durante as coberturas de protestos, as entidades redobraram seus esforços para cobrar a segurança adequada por parte da EBC. A utilização dos equipamentos de proteção está prevista na 53º cláusula do Acordo Coletivo de Trabalho da EBC (confira aqui). As organizações de representação dos trabalhadores também começaram a articular uma campanha para que os empregados não realizassem as coberturas se não houvesse fornecimento de EPIs.
"Desde a primeira reunião de acompanhamento da implantação do Acordo Coletivo, o Sindicato dos Jornalistas do DF, juntamente com outras entidades, vem cobrando o fornecimento desses equipamentos. As equipes estavam sendo mandadas à rua sem nenhuma proteção. Denunciamos isso também junto ao Conselho Curador e a pressão conseguiu garantir essa condição fundamental à cobertura da copa. Também não sabemos se os kits comprados são suficientes para todas as equipes", afirma o coordenador-geral do SJP-DF, Jonas Valente.
Outras medidas
O Sindicato dos Jornalistas do DF também viabilizou a participação de jornalistas da EBC no curso da International News Safety Institute (INSI ) – entidade britânica mundialmente reconhecida por sua atuação no treinamento de jornalistas que trabalham em ambientes hostis e com riscos à sua integridade física (veja mais aqui).
Outras medidas exigidas junto à EBC e outras empresas de comunicação pelos sindicatos são: a presença de auxiliares em todas as equipes de TVs e o direito do profissional se retirar caso identifique que a situação tornou-se perigosa. Esse direito está garantido no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da EBC. "Não é por ter proteção que o profissional deve se arriscar no exercício do trabalho. Temos cobrado das chefias que respeitem este direito e orientamos os jornalistas da EBC a fazer uso dele se identificarem que determinada situação traz ameaça à sua integridade física", diz Soane Guerreiro, diretora do SJP-DF.
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