Depois de uma sequência de veículos de comunicação fechando redações ou reduzindo seus plantéis na Capital Federal, enfim, uma boa notícia. O jornal carioca, Correio da Manhã, que desde outubro já imprimia um reparte local para Brasília, na própria cidade, passa a contar com uma sucursal no Distrito Federal.
Quem relata os planos do jornal no Planalto Central, em texto na 3ª pessoa, é o jornalista Rudolfo Lago, que será o diretor da sucursal candanga.
Durante boa parte do século passado, o Correio da Manhã, fundado em 1903, foi o jornal mais importante do país. Tinha a vocação de ser o grande jornal da capital do país. Até a perseguição sofrida durante a ditadura militar, que levou então sua proprietária à época, Niomar Moniz Sodré Bittencourt, a fechar as portas do jornal. Agora, sob o comando do jornalista Claudio Magnavita, o Correio da Manhã voltará a ser um jornal da capital, produzido e impresso em Brasília.
Magnavita adquiriu o título Correio da Manhã e retomou a circulação do jornal no Rio de Janeiro em 20 de setembro de 2019, inicialmente como um jornal semanal. Aos poucos, o jornal foi crescendo no Rio e hoje é um jornal diário, com circulação entre segunda e sexta-feiras (quando circula uma edição especial de fim de semana).
Com um tipo de diagramação em módulos, que permite que manchetes e matérias possam ser trocadas sem nova diagramação, o jornal ampliou-se para novos títulos. Hoje, além do Correio da Manhã do Rio de Janeiro, circula o Correio Petropolitano (com sede em Petrópolis), o Correio Sul-Fluminense (com sede em Volta Redonda), o Correio Norte-Fluminense (com sede em Campos). E desde outubro do ano passado o Correio da Manhã Edição Nacional, com sede em Brasília.
Em todas essas regiões, o jornal é impresso em gráficas próprias. Em Brasília, está montada uma gráfica com duas rotativas de oito unidades, instalada no Núcleo Bandeirante. Até agora, porém, a produção de conteúdo da edição nacional estava sendo feita no Rio de Janeiro.
Há três semanas, começou a funcionar a redação de Brasília, que está sendo instalada no Setor Hoteleiro Norte, no Edifício Le Quartier Hotel&Bureau. Inicialmente, será uma estrutura enxuta, formada por um diretor, um repórter e dois estagiários.
O jornalista Rudolfo Lago, com 37 anos de experiência na cobertura política em Brasília, comandará a redação. Que tem como repórter Gabriela Gallo.
Segundo Claudio Magnavita, no início a produção local se concentrará mais na produção própria de conteúdo político, assuntos do Congresso e do governo. Mas em breve o jornal também terá conteúdo próprio de cultura.
O antigo Correio da Manhã foi o pioneiro na produção de um Segundo Caderno cultural. E hoje essa segue sendo uma de suas características. O próprio Magnavita é autor e produtor cultural. Entre outros, ele é o autor do musical Constellation, sucesso que conta a história do voo inaugural Rio/Nova York do avião Super Constellation, na década de 1950.
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